segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

DA ORGANIZAÇÃO DA JSB
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Direção Nacional, Direção Estadual, Direção Municipal

DIREÇÃO NACIONAL
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É a instancia responsável em organizar a militância em todo território nacional, além de ter papel na visibilidade da juventude, nos mais diversos níveis de atuação. É a instância máxima de deliberação da juventude. Alguns dos papéis da Direção Nacional são: acompanhar as Direções Estaduais nas suas ações, bem como buscar estruturar o trabalho dos estados juntos aos movimentos organizados pela sociedade. O debate periódico entre estas duas direções auxiliam na construção das bandeiras de lutas da JSB para com o povo brasileiro.
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A Direção Nacional é composta por secretarias que devem organizar nossa atuação, efetivando a formulação de Políticas Públicas na sua respectiva área de atuação, alem de auxiliar as direções estaduais.
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Assim como as demais direções, a Direção Nacional é eleita em congresso, realizado em nível nacional e acompanhado pela militância. Além de eleger os representantes e o Secretário Nacional de Juventude, que representará a JSB na Direção Executiva do Partido Socialista Brasileiro, o momento serve como instrumento para traçar metas e definir eixos de atuação a serem executados pela direção que se constitui.
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EXECUTIVA
Secretário (a) Nacional de Juventude
Presidente Nacional
Secretário (a) Executivo
Secretária (a) de Comunicação
Secretário (a) de Planejamento e Finanças
Secretário (a) de Organização e Formação Política
Secretário (a) de Relações Internacionais
Secretário (a) de Movimento Estudantil
Secretário (a) de Políticas Públicas de Juventude
Secretário (a) de Direitos Humanos
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DIREÇÃO ESTADUAL
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Instancia intermediária entre a Direção Nacional é as Direções Municipais é a responsável direta pela organização da militância no respectivo estado de atuação, sendo responsável subsidiar com maior freqüência os municípios em ações que estimulem a sua organização e atuação.
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A direção estadual é composta por Secretárias que organizam a atuação na sua respectiva área, tendo como responsabilidade garantir o melhor funcionamento das Direções Municipais, através de encontros de formação política, debates, cursos, informativos, entre outros.
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A Direção Estadual é eleita no Congresso Estadual da JSB, onde também se elege o Secretario (a) Estadual que representará a JSB na direção executiva estadual do Partido, sendo o seu mandato de dois anos e sua composição conforme abaixo:
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EXECUTIVA
Secretário (a) de Juventude
Presidente Estadual
Secretário (a) Executivo(a)
Secretário (a) de Planejamento e Finanças
Secretário (a) de Organização e Formação Política
Secretário (a) de Comunicação
Secretário (a) de Políticas Públicas de Juventude
Secretário (a) de Movimento Estudantil
Secretário (a) de Direitos Humanos

DIREÇÃO MUNICIPAL
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É o principal foco de atuação da JSB, nada acontece sem que as Direções Municipais estejam envolvidas. Com as direções fortes e atuantes o trabalho de toda a juventude se torna forte e ganha visibilidade, desta forma facilita a organização de fóruns, encontros, seminários e outras atividades de conscientização da militância e da comunidade. A Direção Municipal é composta por Secretários que organizam a atuação na sua respectiva área (bairros, regiões, distritos, etc.).
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A Direção Municipal é eleita nos Congressos Municipais da Juventude onde se elege o Secretario Municipal de Juventude que representará a JSB na Direção Executiva Municipal do PSB. Nos municípios onde houver mais de uma Zona Eleitoral, estará assegurado constituir o Secretariado e/ou Coordenadoria Plena, a fim de auxiliar nos trabalhos da Direção Municipal.
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A Juventude Socialista Brasileira atua nos Movimentos Sociais, na institucionalidade e na Sociedade em geral (Movimentos Universitário, Secundarista, Cultural, Mulheres, Étnico, Jovens Trabalhadores, Movimento Popular e Política Pública de Juventude). No sentido de fortalecer e organizar melhor a nossa atuação na sociedade e nas mais variadas áreas que a JSB se organiza em Frentes de Atuação e Coletivos.
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(*) Texto: Juventude Socialista Brasileira do Estado de São Paulo
Gestão “Quebrando o Silêncio”
(**) Fotos: arquivo JSB-JP
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Tese do Congresso Paraibano da JSB
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“O difícil se faz logo. O impossível demora um pouco mais.”
(Miguel Arraes)


1. Análises de Conjuntura

1.1 Conjuntura Internacional

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O mundo caminha preocupado com os rumos da crise econômica americana. Ao mesmo tempo observa a definição das eleições ianques. Nesse processo, uma candidatura se destaca com um discurso que, estrategicamente, permeia o âmbito da esquerda. Trata-se do senador Barak Obama, que abertamente manifesta-se contra a Invasão do Iraque; defende um sistema nacional de saúde pública; uma política contra o Aquecimento Global; um plano econômico cuidadoso; entre outras. Idéias que revelam o ‘comprometimento’ da referida candidatura com propostas progressistas, enveredadas a partir da derrocada bélica do governo Bush. Mesmo com todo esse arcabouço propositivo, vale ressaltar que a dinâmica política capitaneada pelos ‘falcões’ de Washington não nos tranqüiliza, por melhor que seja o resultado dessa eleição
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Enquanto isso, na América Latina segue em curso o levante das massas oprimidas contra o projeto neoliberal, que praticamente destruiu o continente através da eleição de governos de caráter nacionalista e popular. Evidencia-se entre os povos a busca por uma nova agenda comum, que permita o crescimento e o desenvolvimento sócio-econômico de cada povo. A última boa notícia foi à vitória Fernando Lugo no Paraguai, marcando a queda do Partido Colorado depois de 60 anos no poder. Além disso, o acontecimento fortaleceu ainda mais o Bloco de paises comandados pela esquerda na América Latina.

Portanto, este alçar de voz em torno de nossas históricas bandeiras se faz urgente, diante da ofensiva da direita que nos países europeus usa argumentos fundamentalistas e xenófobos para atacar e calar o grito por uma nova ordem política e econômica, que construa um mundo mais tolerante e inclusivo.

Propostas:
- O PSB deverá pautar a construção de uma nova agenda mundial, baseada na consolidação de uma matriz energética mundial sustentável, que garanta a preservação do planeta e o abandono progressivo das matrizes poluentes;
- Garantir uma nova relação comercial internacional, que permita a inclusão dos países em desenvolvimento e assegure uma equânime distribuição de renda entre seus habitantes, além da melhoria da qualidade de vida aliada à preservação ambiental;
- Contra a intervenção norte-americana na América Latina e o ressurgimento da ALCA;
- Apoio aos governos populares da América Latina, a exemplo de: Hugo Chávez na Venezuela, Fidel Castro em Cuba, Evo Morales na Bolívia e agora, o de Fernando Lugo.
- Combater todas as formas de discriminação e opressão.

1.2 Conjuntura Nacional
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A derrota na votação da CPMF foi o primeiro sinal de alarme. Sem expressar a quebra da unidade burguesa em torno da política neoliberal, mostrou que setores da burguesia não querem deixar o cofre cheio para o governo em ano eleitoral.
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Por outro lado, o crescimento econômico de 2007 não se refletiu em outros setores. A saúde pública agoniza em uma crise sem saída, com o reaparecimento da febre amarela; o crescimento da dengue, hanseníase e outras doenças; emergências hospitalares sucateadas e/ou fechadas; altos índices de mortalidade infantil; etc. A defesa de Lula ao agro-negócio levou 2007 a ser o pior ano no que diz respeito à desapropriação de terras. Em contrapartida, o desmatamento avançou devastadoramente nos estados e municípios sob o controle do governo e seus aliados – tais como Pará e Mato Grosso – culminando recentemente com o pedido de demissão da ministra Marina Silva.
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Em meio a todo esse processo de descaracterização política, o desafio estratégico para a atuação e ocupação de espaços se renova para o PSB. Contribuindo para esse processo, a Juventude Socialista Brasileira precisa garantir nos espaços onde atua, o fortalecimento do Partido como alternativa da Esquerda Democrática e do Bloco de Esquerda no parlamento brasileiro. A JSB deve visualizar sua importância estratégica na construção dos rumos que o PSB deverá trilhar no contexto nacional.
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Propostas:
- Retomada do governo Lula para o campo popular e de esquerda;
- Que o PSB cobre de forma sistemática do Governo Federal os investimentos sociais necessários que garantam a diminuição da pobreza e das desigualdades sociais;
- Garantir um novo ciclo de desenvolvimento econômico, onde a política de juros altos e câmbio valorizado, não dificultem o crescimento da indústria econômica nacional;
- Consolidar o Bloco de Esquerda nos estados e municípios, garantindo uma atuação conjunta e organizada para as eleições de 2008 e 2010;
- Construir um projeto de esquerda do PSB para a sucessão presidencial.
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1.3 Conjuntura Estadual
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As eleições de 2006 marcaram uma verdadeira desmoralização no processo eleitoral do nosso estado. Já em 2007, após denúncias e investigações, a Justiça Eleitoral da Paraíba decretou duas cassações ao mandato do governador Cunha Lima. Os processos estão parados a um ano no STJ, devido ao volume de recursos impetrados pela defesa do governador. Enquanto isso, o estado encontra-se totalmente paralisado, com o sistema de saúde em estado crítico; escolas sem nenhuma condição de abrigar os alunos; a greve das polícias Militar e Civil; sem contar o clima de guerra na Assembléia Legislativa, provocada pelos “paladinos da discórdia”, capitaneados pelo presidente da casa (primo do governador).
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Por esses e muitos outros motivos, a Paraíba precisa construir uma agenda efetiva de desenvolvimento, voltada para a saúde, educação pública de qualidade, desenvolvimento social e geração de emprego – sobretudo para a juventude. Sendo assim, precisamos garantir um corpo de candidaturas proporcionais devidamente qualificadas para fortalecer a articulação para 2010. E a JSB precisa contribuir ativamente para este processo: indicando nomes, participando da construção política e, principalmente, propondo ações de juventude para os governos do PSB.
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Propostas:
- O PSB deverá se preparar em todas as regiões da Paraíba para fortalecer os diretórios e comissões provisórias e se estruturar para as disputas futuras;
- Pela imediata instalação de uma comissão de transição para acompanhar a verdadeira realidade da administração pública estadual, com a participação de várias personalidades e instituições da sociedade;
- Participar efetivamente da construção programática, propondo ações em todas as cidades onde o PSB disputará, ampliando as interlocuções com os movimentos juvenis;
- Lançar candidaturas proporcionais para representar o PSB, a JSB, e, sobretudo, os reais interesses da juventude dos municípios paraibanos;
- A JSB precisa se fortalecer em todas as regiões do estado, tendo em vista não só as eleições municipais de 2008, mas, principalmente, a consolidação do nosso projeto de esquerda para Paraíba em 2010.
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2. Políticas Públicas de Juventude (PPJs)
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O número de jovens entre 15 e 29 anos soma hoje 48 milhões, representando quase 40% da população economicamente ativa. É possível afirmar que os jovens estão entre as principais vítimas do tipo de desenvolvimento econômico e social estabelecido nas ultimas décadas. No entanto, essas imagens remetem a estereótipos que não correspondem a todos os jovens. Porém, precisamos ir além destes estereótipos e termos a compreensão adequada da condição juvenil, percebendo o que a torna singular para política pública. Nesse sentido os jovens protagonizam suas histórias e emergem nas discussões de uma política pública específica, que os evidenciem como sujeitos de direitos, dentro de uma lógica construtiva da cidadania juvenil, respeitando suas diversidades e multiplicidades.
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Em João Pessoa a JSB se faz presente nas discussões de PPJs, envolvendo novos atores sociais e construindo uma demanda de cultura juvenil, pautada na ocupação dos espaços antes obsoletos da sociedade. Agora é preciso caminhar para todo o estado e, através da nossa participação nas instâncias partidárias e nos governos do PSB, efetivar as PPJs em cada recanto da Paraíba e do País.
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Propostas:
- Consolidar efetivamente o debate CONTRA a redução da maioridade penal, tendo em vista que essa medida não garante os direitos constituídos da juventude brasileira;
- Aprovação imediata do estatuto e do Plano Nacional de Juventude, no Congresso Nacional, como forma de garantirem direitos e combater a exclusão dos jovens no Brasil;
- Disseminar o Empreender-Jovem para todas as prefeituras do PSB no estado, tendo em vista a importância do trabalho de geração de renda para a juventude paraibana;
- Construção do plano e dos Conselhos Municipais de Juventude em todo o estado;
- Aprovação da PEC da Juventude.
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3. Movimento Estudantil (ME)
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Mesmo com um processo acentuado de perda das origens de luta no Movimento Estudantil, a JSB vem ocupando espaços estratégicos, através da atuação dos nossos militantes em grêmios estudantis – UMES, na UESP – em CAs, DAs, DCEs, UBES e UNE. No último Coneg da UBES, levamos mais de 30 entidades municipais devidamente cadastradas à combativa UESP (União dos Estudantes Secundaristas da Paraíba).
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É nossa obrigação mudar o rumo e o conceito capitalista que se instalou no ME da Paraíba. Precisamos concentrar nossas forças a partir de uma autocrítica, construindo uma proposta inovadora. Mas, acima de tudo, fortalecendo a unidade e ressaltando a importância de delimitarmos nosso próprio espaço dentro do ME Paraibano. Só assim conseguiremos reescrever essa história. Afinal de contas, um novo olhar é possível!
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Propostas:
- Consolidar junto ao Governo Estadual uma alternativa contundente no que diz respeito aos critérios de confecção das carteiras de identificação estudantil;
- Fortalecer a proposta de atuação pautada na cultura e na formação política do Movimento Estudantil da Paraíba, ocupando as escolas com palestras e atividades culturais, visando à consolidação das idéias da esquerda;
- Construir junto aos Governos Municipais uma proposta viável sobre o Passe Livre, para estudantes de escolas e universidades públicas;
- Dar total apoio logístico e estrutural aos militantes da JSB em suas atuações no Movimento Estudantil.
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4. Cultura
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A cultura tem aparecido em muitas iniciativas e espaços de reivindicação como uma das mais importantes formas de viver a juventude. Nas grandes cidades, um imenso mosaico de expressividades apresenta-se, marcado circunstancialmente pelas ‘tribos urbanas’, evocando particularidades que as distinguem do resto da sociedade. Na maioria das vezes são marcadas pela oposição ao descaso dos representantes públicos. Entre elas, podemos citar: a tribo do Reggae; do Rock; do Hip-Hop; os skatistas, entre outras.
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O Reggae antes de tudo é um movimento que fala das mazelas sociais. Sua música denuncia o descaso dos governantes com a população menos favorecida, além de reivindicar seu reconhecimento cultural. Já o Rock, enquanto movimento social, desencadeou mudanças de comportamento pelo mundo afora, na época em que estava restrito aos jovens e as camadas mais pobres da população. Por sua vez, o Movimento Hip-Hop é sem sombra de dúvidas o verdadeiro porta-voz das periferias das grandes cidades. Sua presença é muito nítida nos espaços de participação da sociedade, no debate em defesa da cultura urbana e, principalmente, das PPJs e da inclusão social. Bem como os skatistas, que fazem da prática esportiva sua vivência e seu espaço de questionamentos.
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Logo, precisamos estabelecer o quanto antes um debate interno sobre nossa participação nestes espaços fundamentais de agrupamento juvenil. Temos companheiros valorosos atuando e vivendo – dia e noite – nesses espaços. A JSB não pode perder isso de vista!
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Propostas:
- Utilizar os pressupostos da cultura urbana como ferramenta de formação política;
- Consolidar a participação da JSB no Movimento Hip-Hop através dos companheiros militantes do Movimento;
- Construir um espaço determinante da JSB dentro das discussões de reestruturação do movimento Rock em nosso Estado;
- Participar efetivamente do processo de organização do movimento Reggae paraibano;
- Construir um canal de articulação com os skatistas da Paraíba.
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Cajazeiras, 17 de maio de 2008
Juventude Socialista Brasileira na Paraíba (JSB-PB)
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JSB-JP apóia Lúcio Flávio para reitor
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Bertrand Sousa (*)

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Numa segunda-feira (07/04/2008), Dia do Jornalista, a Juventude do Partido Socialista Brasileiro em João Pessoa (JSB-JP), oficializou o apoio à candidatura de Lúcio Flávio e Margareth Diniz ao reitorado da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O anúncio foi realizado durante uma reunião de planejamento, no comitê da campanha.
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De acordo com o professor Lúcio Flávio, a participação da JSB será de grande importância no processo de disputa eleitoral, pois representa uma instância qualificada para o diálogo com o setor estudantil. “Observamos um crescimento contínuo da nossa candidatura entre os três setores acadêmicos (servidores, professores e estudantes), já que existe um clima de indignação enorme por conta do programa administrativo que não foi cumprido pelo atual reitor. Sendo assim, estamos construindo diretamente com estes setores o nosso projeto de gestão para a UFPB, uma alternativa dinâmica e democrática”, comentou Lúcio.
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Na avaliação de Rômulo Halysson, secretário municipal da JSB, o apoio de uma nova força política na chapa encabeçada pelo professor Lúcio Flávio, representa um suporte estratégico no processo de construção de um novo modelo administrativo para a Universidade. “As propostas que Lúcio e Margareth nos apresentaram desmontam toda maquiagem que vem sendo implementada pela atual gestão da UFPB. Além disso, fornecem soluções viáveis para os grandes problemas da instituição, valorizando acima de tudo a classe estudantil, através do fortalecimento do ensino, pesquisa e extensão acadêmica. A JSB compreende este processo de disputa como um marco histórico para sua identidade enquanto força política de juventude, bem como para ampliação da democracia interna naquela instituição”, explicou Rômulo.
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O discurso de oposição aos atuais gestores da Universidade, aliado às propostas inovadoras, vem conquistando a simpatia de várias lideranças e forças políticas que atuam na UFPB. Segundo a professora Margareth Diniz, havia certa inibição da comunidade acadêmica em relação a sua candidatura. “Na medida em que fomos mostrando nossas propostas, também elencamos novas solicitações, nas mais diversas áreas da Universidade. E o eleitorado já percebeu que 90% das promessas feitas pelo atual reitor não foram cumpridas durante seu mandato, o que representa claramente um grave problema de gestão”, disse Margareth.
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(*) Bertrand Sousa, jornalista e Secretário de Comunicação da JSB-JP
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Edson Luís vive!
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Rômulo Halysson (*)
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Desde o início da Ditadura Militar em 1964, o Movimento Estudantil (ME) tornou-se a principal força de oposição. No final de 67 e nos primeiros meses de 68, várias manifestações pelo Brasil foram reprimidas com violência. O Movimento manifestava-se não apenas contra a ditadura, mas também à política educacional do governo, que revelava uma tendência à privatização. Esse processo tinha um duplo significado: estabelecimento do ensino pago, principalmente no nível superior; e direcionamento da formação educacional dos jovens para o atendimento das necessidades econômicas das empresas capitalistas (mão-de-obra especializada).
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Prisões e arbitrariedades eram as marcas da ação do governo em relação aos protestos dos estudantes. Essas agressões à liberdade atingiram seu apogeu no dia 28 de março de 68 com a repressão policial utilizada para desalojar dezenas de estudantes que estavam no Restaurante Universitário "Calabouço" no Rio de Janeiro, protestando contra as péssimas condições do ensino brasileiro. Nesta ocasião foi morto o estudante Edson Luís Lima Souto, de 17 anos.
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O assassinato que comoveu e revoltou todo o País, serviu para acirrar ainda mais os ânimos e fortalecer a luta pelas liberdades. Durante o velório do estudante, o confronto com policiais ocorreu em várias partes do Rio de Janeiro. Nos dias seguintes, manifestações sucediam-se no centro da cidade, com repressão crescente, até culminar na missa da Candelária (02/04/68), em que soldados a cavalo investiram contra estudantes, padres, repórteres e populares.
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No dia 26 de junho de 68, cerca de cem mil pessoas ocuparam as ruas do centro do Rio de Janeiro e realizaram o mais importante protesto contra a Ditadura Militar até então. A manifestação, iniciada a partir de um ato político na Cinelândia, pretendia cobrar uma postura do governo frente aos problemas estudantis e, ao mesmo tempo, refletia o descontentamento crescente com a situação do Brasil. Dela participaram também intelectuais, artistas, padres e um grande número de mães.
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Assim como Edson Luís, muitos morreram na luta contra a ditadura e por um Brasil livre, onde o povo fosse dono de seu destino. Ou seja, onde o povo fosse poder – o poder popular! A Passeata dos Cem Mil foi um dos momentos mais importantes da luta de massas contra a ditadura e a morte de Edson Luís não foi o único fato motivador da manifestação, mas "a gota d'água que fez o copo transbordar".
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Portanto, relembrar os 40 anos da morte de Edson Luís significa refletir sobre a importância da participação popular, sobretudo, a participação da juventude nas transformações sociais do nosso país. Comemorar os 40 anos da "Passeata dos Cem Mil" é homenagear não só Edson Luís, mas todos(as) brasileiros(as) que deram aquilo que tinham de mais importante por esta transformação, suas vidas. Temos certeza que os sonhos revolucionários nunca vão morrer!
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(*) Secretário Municipal da JSB em João Pessoa
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Conversas Socialistas da JSB-JP (1ª edição)
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Bertrand Sousa (*)

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A Juventude Socialista Brasileira, núcleo João Pessoa (JSB-JP) – observando a necessidade de aprofundar e trocar idéias sobre temas importantes para o País – deliberou sobre a realização de eventos periódicos que pudessem atender esta necessidade. Surgiam as “Conversas Socialistas da JSB-JP”.
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A primeira edição realizou-se durante à tarde do dia 23/02/2008, no auditório 411 do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O tema escolhido foi o Movimento Estudantil (ME) e suas formas de organização/atuação no âmbito secundarista e universitário da Paraíba.
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Porém, na abertura dos trabalhos tivemos uma breve apresentação da proposta do Encontro e de seus participantes – membros da Executiva Municipal da JSB e alguns filiados, dispostos a contribuir com a discussão. Além disso, recebemos um convidado especial, o professor, cientista social e chefe do CCHLA, Lúcio Flávio Vasconcelos. Atendendo gentilmente nosso convite, Lúcio fez uma análise da conjuntura política mundial, nacional, estadual e local. Em seguida, iniciamos o debate a respeito do conteúdo apresentado.
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Na sequência chegamos ao ponto principal do evento, analisando a conjuntura do ME em nosso Estado e relacionando-a com os aspectos levantados anteriormente. Após algumas intervenções da platéia, conduzimos o debate para os desafios da JSB no Movimento Estudantil de João Pessoa, observando o quadro político (adversidades e oportunidades), mas também estabelecendo propostas de ação.
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(*) Bertrand Sousa, jornalista e Secretário de Comunicação da JSB-JP

sábado, 27 de dezembro de 2008

JSB-PB no 37º Congresso da UBES
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Bertrand Sousa (*)
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O Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) reuniu de 7 a 10 de dezembro de 2007, em Goiânia, 2.500 estudantes dos 27 estados do Brasil. “As principais lideranças estudantis do País se reuniram a fim de elaborar propostas para fortalecer a entidade e criar condições para que um número cada vez maior de estudantes se mobilize para ajudar a garantir as mudanças na educação”, afirmou o presidente eleito da entidade, Ismael Cardoso.
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O movimento “Não vou me adaptar” – liderado pela União dos Estudantes Secundaristas da Paraíba (UESP), além de integrantes da Juventude Socialista Brasileira, seção Paraíba (JSB-PB) – desembarcou em Goiânia com força total após a etapa estadual do Congresso, ocorrida em Campina Grande. A bancada paraibana teve uma participação histórica no evento e trouxe muitas recordações na bagagem.
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Entre os debates ocorridos durante o 37° Congresso da UBES, destacou-se a discussão acerca do Programa Universidade para Todos (ProUni), implantado pelo Governo Federal no ano de 2005, e que já permitiu o ingresso de 400 mil estudantes nas universidades brasileiras, até o segundo semestre de 2007.
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Outro tema em destaque durante o encontro estudantil foi o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que prevê o investimento de R$ 8 bilhões até 2010. O Plano, defendido pelas teses vitoriosas no Congresso, tem como meta investimentos que garantam o aumento salarial para os professores, luz em todas as escolas, inclusão digital, financiamento para transporte em regiões afastadas, Fundeb, entre outras medidas.
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Depois de quatro dias de discussões em grupos, que debateram: conjuntura nacional e internacional, movimento estudantil, educação, cultura, entre outros assuntos, o 37° Congresso aprovou também a realização do Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg) da UBES, que ocorreu no segundo semestre de 2008.
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(*) Com informações do site Horadopovo.com.br
(**) Bertrand Sousa, Secretário de Comunicação da JSB-JP
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O Movimento Estudantil
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Railan Costa (*)

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Na década de 60, participar do Movimento Estudantil (ME) era, acima de tudo, correr riscos. Risco de perder a vida, a esperança, e o pior de tudo: perder a liberdade. Em uma época em que jovens morriam lutando por seus ideais, a união entre os estudantes era o caminho encontrado por muitos para dar força aos seus ideais e reivindicar uma sociedade mais justa e igualitária.
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Nos dias atuais, com as enormes mudanças no cenário político-econômico do nosso país, muitas idéias originais do Movimento se perderam. Além disso, a maioria dos estudantes parece aprisionada dentro de um sistema que não prioriza o coletivo, comprovando que são frutos da geração i-Pod.

Particularmente, por onde passo vou construindo o “instinto coletivo” que é a verdadeira força do ME. Jovens como eu e tantos outros companheiros considerados por muitos como idealistas e obstinados, nos sobrepomos às dificuldades e continuamos lutando, mostrando que a história do Movimento Estudantil está ligada, sobretudo, à resistência à criação de uma sociedade individualista.
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A importância do ME para a nação brasileira vai muito além do compromisso social de uma parcela da população (a juventude); é um dever de todo cidadão. Com sua dinâmica, o Movimento Estudantil promove discussões de Norte a Sul do País, avaliando questões locais, regionais e nacionais nos encontros, seminários e congressos estudantis. Desse modo, participar do ME significa para o jovem amadureçer e compartilhar idéias, informações e experiências diversas, possibilitando o desenvolvimento de uma consciência política (individual e coletiva) muito importante para o Brasil.
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(*) Diretor de Formação Política da JSB-JP.