sexta-feira, 30 de setembro de 2011

IV Congresso Municipal do PSB

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O PSB do município de João Pessoa está finalizando os preparativos para O IV Congresso Municipal, que será realizado nesta sexta-feira (30/09) e sábado (01/10) no Auditório do Hotel Ouro Branco, em João Pessoa. De acordo com o presidente municipal do PSB, professor Ronaldo Barbosa, a Comissão Organizadora está toda envolvida nos preparativos finais, com a formulação de convites para as autoridades, lideranças e partidos à participarem da solenidade de abertura, que ocorrerá às 19 horas desta sexta-feira.
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Barbosa informou que toda a infra-estrutura do evento já foi montada peça Comissão Organizadora que nesse momento está se dedicando a checagem dos itens como material gráfico (caderno de teses, crachás e listagens de credenciamento), que aliada a decoração do auditório, sonorização, sinalização, segurança e cerimonial, perfazem os principais pontos prévios da organização.
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A solenidade de abertura está sendo programada juntamente com a área de comunicação do Partido, de forma que seja possível ao trabalho dos veículos de comunicação o melhor ângulo de registro fotográfico e cinematográfico deste que promete ser um dos maiores eventos partidários da Capital.
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O presidente do PSB também informou que já confirmaram presença na solenidade de abertura o prefeito Luciano Agra, governador Ricardo Coutinho, parlamentares estaduais do PSB, vereadores Zezinho do Botafogo, Bira e a vereadora Sandra Marrocos, além de diversos secretários e secretárias socialistas nos governos municipais e estaduais, e uma diversidade de pré-candidatos e pré-candidatas ao parlamento pessoense em 2012. JSB presente!
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FONTE: http://www.psbpb.org.br
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Chapa Limpa vence eleição do DCE-UFPB

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A comunidade estudantil da UFPB elegeu na última semana a nova gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Com 2.295 votos a “Chapa Limpa” saiu vencedora. Em segundo lugar, ficou a chapa “Cantamos, pois gritar só não basta” com 1.800 votos. A terceira colocada foi a chapa “O novo pede passagem”, com 1.286.
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A Comissão Eleitoral ainda impugnou a chapa “Juntos somos mais” por motivo de fraude. De acordo com a Comissão, formada por representantes de todas as chapas participantes do pleito, uma urna foi encontrada na bolsa do membro indicado pela chapa “Juntos somos mais”, Lucas Pereira - integrante da Juventude Democratas.
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Constatada a fraude eleitoral, a chapa 2 foi impugnada. Apesar da confusão, Cleiton Oliveira, coordenador da chapa “Chapa Limpa” e membro da Juventude Socialista Brasileira (JSB) agradece os estudantes da UFPB pela vitória e ratifica o compromisso em defender os direitos estudantis dentro e fora da UFPB. “Vamos reconstruir o movimento estudantil e defender melhorias para os estudantes da Universidade Federal da Paraíba”, disse Cleiton.
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Cleiton ainda afirma que a nova diretoria do DCE irá tomar posse em alguns dias e já programa a realização de uma campanha pela abertura de mais um Restaurante Universitário (RU), pelo cumprimento do direito à meia-entrada em estabelecimentos culturais e pela implantação de conexão wi-fi livre em toda a UFPB.
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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

NOTA DE REPÚDIO

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A Juventude Socialista Brasileira em João Pessoa (JSB-JP) manifesta através desta nota o repúdio às agressões físicas, ofensas verbais e cárcere privado sofrido pela nova secretária Municipal da JSB e sua companheira no último dia 11 de setembro. Este lamentável acontecimento atingiu a honra das duas moralmente e desrespeitou os princípios básicos do ser humano. Leia na íntegra a Nota de Repúdio:
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Caros companheiros(as),
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Venho através deste documento, repudiar a violência física, verbal e moral do qual fomos vítimas eu e minha companheira no “BEBERICOS BAR” – localizado no bairro dos Bancários, zona sul de João Pessoa – no último dia 11 de setembro, aproximadamente ás 20h horas.
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Ao chegarmos ao bar fui direto ao banheiro, enquanto minha companheira procurava alguns amigos e uma mesa para sentarmos. Fiquei na fila do banheiro esperando minha vez. Ao chegar minha vez tentei fechar a porta e me deparei com uma garota desconhecida empurrando a mesma. Neste momento indaguei-a e pedi para que ela aguardasse sua vez. A garota, demonstrando-se alterada, falou que iria entrar comigo no banheiro porque ele tinha dois vasos sanitários e se eu quisesse reclamasse com o dono do bar. Detalhe: o banheiro não tinha divisórias entre os vasos e apenas uma porta.
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Em seguida, lhe dirigi novamente a palavra e pedi que aguardasse sua vez. Após ter falado pela segunda vez tentei fechar novamente a porta. A garota em questão empurrou-a com bastante violência e a porta bateu na minha cabeça. Em seguida ela foi logo entrando e minha atitude foi tentar conversar para que a mesma respeitasse meu direito de entrar sozinha no banheiro, já que o mesmo não tinha divisórias entre os vasos sanitários e a vez era minha. Sem que eu esperasse a garota avançou em meus cabelos e infelizmente chegamos as vias de fato.
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Enquanto estávamos engalfinhadas no chão do banheiro eu tentava me defender da garota. Logo apareceram pessoas para nos separar. Algumas dessas pessoas, junto com um amigo meu, tentavam me acalmar, até porque fiquei perplexa, nunca tinha passado por aquela situação. Eu tremia e chorava ao mesmo tempo. Por sua vez, minha companheira, percebendo o tumulto, correu logo para onde eu estava e disse que iríamos embora dali imediatamente. Mas quando tentamos nos retirar do local a garota que me agrediu, se fazendo de vítima para seus amigos(as), retornou até onde eu estava, no intuito de continuar a briga e as agressões verbais, só que desta vez junta com seus amigos(as) – aproximadamente 5 (cinco) pessoas. Elas me fizeram ameaças, tentando tumultuar ainda mais. Estavam todos visivelmente alterados, sem nem saber o que tinha ocorrido de verdade.
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Quando tentamos sair do bar novamente foi necessário fazer uma espécie de barreira humana ao meu redor e ao chegarmos à única entrada/saída do bar nos deparamos com o proprietário - que até então não tinha aparecido. Durante todo o episódio ele foi totalmente omisso, conivente e co-responsável pelo tumulto, por não haver segurança em seu estabelecimento, que estava lotado. Para piorar, ele não manteve a imparcialidade diante do acontecimento. Ou seja, ficou o tempo todo ao lado do grupo agressor, que estava com a garota bloqueando a única passagem de entrada/saída.
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Vale salientar que tínhamos acabado de chegar ao bar e nem sequer tínhamos consumido nada. Mesmo assim, o dono do bar disse que ninguém sairia de lá sem a chegada da polícia, gerando ainda mais constrangimento e contribuindo para as retaliações do grupo agressor. A medida arbitrária tomada naquele momento pode ser interpretada como cárcere privado, um crime previsto em lei. É necessário frisar também que em nenhum momento o dono do bar nos procurou, ou tentou garantir minha integridade física em seu estabelecimento, nem muito menos dos outros clientes. Meu maior medo era que alguém do grupo agressor estivesse armado.
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Impedidas de sair, meu amigo me puxou para o fundo do bar, para evitar retaliações do grupo agressor. Minha companheira, ao tentar passar para o local onde eu estava foi agredida física e verbalmente por uma das amigas da garota que me agrediu no início. A mesma dirigiu palavras preconceituosas (homofóbicas) a minha companheira, referindo-se a nós duas como “pessoas doentes”, “sapatões”, “vocês são bichos”, “que deveria ter banheiros separados para sapatão e viado”, “que aquele bar era para pessoas normais”, dentre outros absurdos de baixo calão. Achando pouco, jogou uma garrafa de água no rosto de minha companheira e a mesma teve que engolir a raiva para não perder a razão.
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Enfim, fomos constrangidas de todas as formas e obrigadas a ficar esperando a chegada da polícia para podermos sair, porque o grupo queria me agredir, assim como fez a garota. A Polícia Militar demorou aproximadamente 45 minutos para chegar ao local e o dono bar nem sequer nos procurou para saber o que tinha ocorrido de fato. Ele esteve totalmente equivocado na hora de lidar com a situação, pois não manteve a imparcialidade. Assim, nos sentimos totalmente discriminadas e humilhadas. Após a chegada da polícia fomos todos(as) para a delegacia fazer o Boletim de Ocorrência.
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“Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...”
(Caetano Veloso)
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Luana Flávia B. de Oliveira
Secretária Municipal da JSB,
eleita recentemente no IV Congresso da JSB-JP

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Homofobia é uma série de atitudes e sentimentos negativos em relação a orientação sexual das pessoas. A Paraíba hoje é um dos estados brasileiros onde mais se pratica a violência homofóbica e, com este episódio, ganha mais um número para compor suas estatísticas. Só em 2011 foram registrados 12 crimes com motivações homofóbicas em nosso Estado.
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Por tudo isso, a Juventude Socialista Brasileira – cada vez mais participativa e consciente sobre as mais diversas questões que envolvem a juventude – já demonstrou que é totalmente contra este tipo de atitude desrespeitosa, que fere os princípios básicos do ser humano. É bom lembrar que está escrito na Constituição Federal Brasileira que “todos são iguais perante a lei". Também existe uma Lei Estadual (n° 7309/03) – de autoria do então deputado Ricardo Coutinho (PSB) – que prevê multa e punição aos locais de lazer, como: restaurantes, boates e estabelecimentos públicos em geral que discriminem pessoas devido à orientação sexual. Entretanto, se faz necessário (com urgência!) que haja a regulamentação desta lei, com a escolha do órgão responsável pelo recebimento das denúncias e aplicação das penas e multas.
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Para finalizar, esperamos que as atitudes deste grupo agressor e do dono do bar sejam punidas exemplarmente, para que isso não se repita com ninguém! Nós, que fazemos parte de uma juventude que luta todos os dias por “direitos igualitários”, não podemos ficar calados diante de um fato grave como este. Não podemos temer, de forma alguma, retaliações preconceituosas e ultrapassadas, se não nunca iremos avançar para construir um mundo melhor.
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João Pessoa, setembro de 2011.
Juventude Socialista Brasileira em João Pessoa (JSB-JP)
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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

JSB-JP realiza seu 4º Congresso

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Bertrand Sousa (*)
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Neste sábado, 10 de setembro de 2011, a Juventude Socialista Brasileira em João Pessoa (JSB-JP), realizou seu 4º Congresso Municipal. A atividade ocorreu no auditório do SINTEP, no Centro da capital paraibana. Destacamos a presença ilustre do prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB); do presidente nacional da JSB, Joubert Fonseca; integrantes das executivas municipal e estadual da JSB; além de dezenas de jovens militantes, comprometidos com a unidade e os avanços da organização partidária.
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O Secretário Municipal de Juventude do PSB, Rômulo Halysson, abriu oficialmente o Congresso da Juventude, apresentando a pauta e metodologia adotada para o andamento dos trabalhos. Em seguida, ouvimos a palestra do professor Lúcio Flávio (UFPB), falando sobre a conjuntura política, econômica e social na Paraíba, no Brasil e no mundo. Logo após, tivemos o debate entre a plenária e o palestrante, aprofundando as análises apresentadas.
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Na sequência da programação realizamos uma rápida avaliação sobre a Comunicação e as estratégias de marketing utilizadas nos últimos anos para fortalecer a JSB enquanto segmento partidário organizado. Pouco depois tivemos o grande momento do Congresso, quando foi apresentada a nova Executiva Municipal da JSB. A composição ficou assim: Luana Flávia (Secretária Municipal); Priscilla Gomes (Presidente); Izabelly Alves (Vice-Presidente); Túlhio Serrano (Secretário Geral); Rayza Miranda (Secretária de Comunicação); Francisco Júnior (Secretário de Movimento Estudantil); e Andréa Patrícia (Secretária de Políticas Públicas de Juventude). Bom trabalho e boa sorte pro pessoal!
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A proposta de tese (resolução) apresentada no 4º Congresso Municipal da JSB trouxe para o debate questões relacionadas à conjuntura pessoense, paraibana, brasileira, latino-americana e mundial, além das análises e propostas relacionadas ao Movimento Estudantil, Cultura, Comunicação e Ciência & Tecnologia, que devem nortear a atuação da JSB-JP nos próximos anos, contribuindo para articular a juventude em torno de suas bandeiras históricas e da garantia de direitos. O documento será entregue ao Diretório do PSB Municipal nos próximos dias.
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Para fechar o evento, tivemos a participação do prefeito Luciano Agra (PSB), recebido sob os aplausos da militância socialista. Ele ressaltou o compromisso permanente e o trabalho da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), desde 2005, para garantir melhores condições de vida para a população jovem da cidade. Luciano destacou ainda a participação ativa e conquista de espaços pela juventude pessoense, através do protagonismo juvenil estimulado pela Secretaria Municipal de Juventude, Esporte e Recreação e dos programas federais executados em parceria com a PMJP. E mais uma vez ficou claro para todos(as) que o futuro já começou! JSB presente, agora e sempre!
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(*) Jornalista e secretário de comunicação da JSB-JP.
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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Comunicação e mídia para o Brasil avançar

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Bertrand Sousa (*)
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As formas de transmissão de mensagens vêm acompanhando o desenvolvimento humano. Na época das cavernas, os povos primitivos comunicavam-se através de gestos entre emissores e receptores. O tempo passou e o homem conseguiu desenvolver a capacidade de falar, organizando a partir daí, códigos verbais entre as diferentes comunidades que habitavam o planeta.
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Nos dias atuais, a informação passou a ter uma dimensão automática, quase instantânea. E desde então vivemos na “era digital”, onde tudo, ou quase tudo, pode ser descrito por códigos binários. Com o advento da Internet, a rede mundial de computadores, as pessoas passaram a conviver diariamente com a velocidade e todo volume de conhecimento gerado pela humanidade nos últimos dois mil anos. A chamada “aceleração do tempo social”, resultante deste processo, trouxe possibilidades de comunicação e obtenção de informações nunca antes vistas, que continuam aumentando, exponencialmente.
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Nesse contexto, todo cidadão brasileiro deveria tratar a Comunicação como direito humano – e exercê-lo sempre – especialmente no que incide sobre a soberania nacional, a liberdade de expressão, a inclusão social, a diversidade étnico-racial, sexual, cultural, religiosa e de gênero, a convergência tecnológica e a regionalização da produção de conteúdos midiáticos. Entretanto, o que observamos, por exemplo, nos veículos de comunicação de massa paraibanos? Nada mais que a simples reprodução dos modelos impostos ao longo do tempo pela mídia conservadora (nacional e internacional), para favorecer as oligarquias familiares que monopolizam o mercado da informação.
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Portanto, os interesses econômicos dos sistemas de comunicação precisam ser revistos, sobretudo quando interferem e impedem a prática do Direito a Comunicação. Faz-se necessário exercer massivamente a cobrança junto aos órgãos competentes para que sejam cumpridas as normas relacionadas às concessões públicas de telecomunicações, que a regulamentação do setor seja aprimorada para respeitar sempre o interesse público e que os veículos de comunicação de massa realizem os processos midiáticos com ética, responsabilidade e qualidade informativa.
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Vale ressaltar que a produção, difusão e acesso às informações são requisitos básicos para o exercício das liberdades civis, políticas, econômicas, sociais e culturais. O monopólio dos meios de comunicação (mídias) representa uma ameaça à democracia e aos Direitos Humanos, principalmente no Brasil, onde a TV e o rádio são os meios de produção e distribuição de bens simbólicos mais disseminados. Por outro lado, o Brasil tem chamado a atenção mundial pela imensa quantidade de participantes em comunidades virtuais e redes sociais. Ferramentas como blogs, wikis e fóruns de discussão têm consolidado o conceito de comunidade virtual, evidenciando alterações na estrutura social brasileira.
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Com efeito, constata-se que as comunidades virtuais e redes sociais têm potencializado o diálogo e a organização de indivíduos - muitos jovens, inclusive - em novas estruturas, coletivas e colaborativas. Comunidades que surgiram na web passam a ter encontros presenciais. E com a multiplicação destas comunidades e grupos, surge uma nova dimensão de poder, que muitas vezes passa despercebida pelos próprios envolvidos. A evolução, a revolução e a transformação dependem de mudanças estruturais no cotidiano, na práxis social. Saudações socialistas!
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(*) Jornalista e secretário de comunicação da JSB-JP.
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Congressos dos segmentos do PSB


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O PSB de João Pessoa realiza neste final de semana mais 4 congressos dos segmentos organizados, dando continuidade ao calendário aprovado pela Direção Municipal. De acordo com o Presidente do PSB da capital, professor Ronaldo Barbosa, nesta sexta-feira (09/09) será realizado o Congresso das Mulheres, a partir das 18 horas, no SINTEP.
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E neste sábado (10/09) serão realizados 3 outros Congressos, todos com início às 9 horas da manhã, sendo em locais distintos. O Congresso da Juventude Socialista Brasileira em João Pessoa (JSB-JP) se realiza no SINTEP. Já o congresso do segmento Meio Ambiente será no SINDSPREV e o do Movimento Sindical no SINTESPB. De acordo com Barbosa, todos esses Congressos são considerados preparatórios ao Congresso Municipal do PSB de João Pessoa, que se realiza no final do mês de setembro, e que deve reunir cerca de 1200 filiados e filiadas.
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A esquerda e a construção do novo

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Dennis de Oliveira
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Adorei a entrevista do Antonio Cândido no jornal Brasil de Fato. Embora discorde de algumas coisas ditas por ele, são discussões assim que elevam a alma da gente, coisa que está totalmente ausente da mídia hegemônica preocupada neste denuncismo seletivo que praticamente poupa as gestões demotucanas embora estas esteja cheias de indícios de irregularidades.
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Cândido lembra a passagem do Ideologia Alemã, de Marx e Engels em que este fala das necessidades humanas serem cumulativas e irreversíveis – isto é, a medida que o ser humano vai incorporando novos artefatos produzidos pelo seu trabalho ao seu cotidiano, vai se transformando e também mudando as suas demandas. É nesta roda irreversível de criação de necessidades e sua superação que o capitalismo assenta suas bases de acumulação. Marx e Engels, no Manifesto Comunista, apontam o grande potencial revolucionário do capitalismo ao incrementar este processo, mas ao mesmo tempo, os entraves causados pelo modo de produção baseado na expropriação da mais valia. Em outras palavras, o capitalismo e sua classe dominante tem um limite no avanço deste processo, o que torna a ruptura para o socialismo uma necessidade histórica.
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Marx escreveu isto no século XIX, foi um visionário e até hoje um pensador de referência. Efetivamente, o capitalismo transformou sobremaneira o ser humano. As necessidades foram se acumulando a ponto de hoje determinados luxos do passado viraram verdadeiras necessidades, não só por status, mas por questões de trabalho, de exigência de mobilidade, de informação, entre outras coisas. Por isto, desconfio sempre daqueles discursos que tentam classificar necessidades reais e necessidades falsas. O que é uma necessidade falsa? Em um outro texto (clique aqui para ler), comentei sobre a questão do uso do automóvel em São Paulo muitas vezes tratada de forma extremamente generalista e que não dá conta das necessidades específicas de determinadas atividades profissionais que uma parte significativa dos cidadãos vive.
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Mas o capitalismo hoje sobrevive, e a sua não superação por um outro tipo de sociedade tem trazido problemas sérios, aliás, situações que cada vez mais tornam-se insolúveis nos marcos do atual sistema. É a tal situação do interregno citado por Gramsci, como uma situação em que as estruturas dominantes não conseguem mais dar conta dos problemas surgidos e, ao mesmo tempo, não se vislumbra ou ainda não está totalmente desenhada uma estrutura nova de poder que possa substituir a anterior. Bauman fala disto no texto “O triplo desafio” publicado na revista Cult em 2010.
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Um dos grandes problemas do mundo capitalista contemporâneo é a sustentabilidade do atual modelo de produção e consumo na desigualdade e na exclusão. A produção incessante de artefatos e as criações de novas necessidades geraram um tipo de consumo que só é sustentável se for realizado por poucos. Vamos ver alguns dados: a-) o lixo produzido pela população da metrópole de Londres necessita de uma área quatro vezes maior que a própria área ocupada pela cidade; b-) se todos os habitantes do planeta Terra tivessem o mesmo padrão de consumo do cidadão médio estadunidense seriam necessários cinco planetas Terra para dar conta. Tudo isto só se mantém porque uma parcela muito ínfima consome a esmagadora maioria dos artefatos. Gera-se, assim, um mundo do lixo onde estão a grande maioria da população e um mundo de produção deste lixo.
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Por esta razão, um projeto utópico de superação do capitalismo não se restringe apenas a que todos tenham o mesmo padrão de vida das classes dominantes, mas que haja uma equidade de padrões de vida. Isto passa, necessariamente, em uma rediscussão dos padrões de vida da sociedade. Por exemplo, a utopia possível é que todos tenham automóveis e andem de automóvel, praticamente inviabilizando o trânsito e gerando mais poluição ou que se rediscutam os padrões de mobilidade para todos e também como a economia deve ser organizar para se adequar a isto? Será que para buscar um novo posicionamento geopolítico, os países da América Latina devem buscar um modelo de desenvolvimento idêntico aos seguidos pelos países centrais do capitalismo? Ou ainda, na busca de um desenvolvimentismo a todo custo, sequer pensar em alternativas propostas por grupos sociais locais que tem tradições e história fora dos processos civilizatórios do capitalismo?
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Marx fala dos importantes repertórios de conhecimento construídos na aventura da modernidade. Efetivamente, as descobertas tecnológicas impactaram profundamente – e até positivamente – a vida da maioria das pessoas. Na busca de equidade, é preciso que todo este conhecimento seja aplicado para o bem estar de todos e não apenas de alguns. Principalmente em um país em que sequer serviços de saneamento básico estão universalizados. Ou ainda que o acesso universal ao ensino ainda engatinhe. Mas os conhecimentos ancestrais de determinados grupos sociais também tem contribuições importantes, como as relações com a terra para além da dimensão funcional-produtiva, os conhecimentos ancestrais das plantas e suas propriedades medicinais e, mais que isto, a experiência de construir conhecimento compartilhado em espaços diferentes das experiências da civilização ocidental.
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A importância dos movimentos emancipatórios – de combate ao racismo, ao machismo e dos direitos dos povos originários – não se colocam apenas dentro de uma perspectiva ética e igualitarismo, mas de reconhecimento destes povos como protagonistas de uma nova sociedade a ser construída no continente latino-americano. Parte da esquerda que chega ao poder por vias eleitorais, muitas vezes, estão mais preocupados em se transformar em bons gerentes de um Estado capitalista do que aproveitar o espaço conquistado para dar passos importantes na construção de uma sociedade diferente.
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Por esta razão, papel importante cabe aos movimentos sociais e, principalmente, aos seus protagonismos midiáticos – o midiativismo, o midialivrismo, as mídias radicais e alternativas – na expressão destas necessidades. Os espaços – o institucional e a esfera dos movimentos sociais – são diferentes e apresentam possibilidades diferentes, mas não podem ser visto como antagônicos por uma esquerda que realmente quer construir uma sociedade diferente. Não perder o foco, o objetivo é fundamental para que a doce tentação dos cargos do aparelho de Estado não limite a ação a uma mera competência no gerenciamento dos negócios.
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FONTE: http://www.revistaforum.com.br
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Juventude Socialista Brasileira


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O Partido Socialista Brasileiro (PSB) se mantém desde tempos na vanguarda do debate dos diferentes movimentos de juventude, seja atuando dentro das estruturas do movimento estudantil, como na União Nacional dos Estudantes, na União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, seja na base, politizando e transformando a realidade através de nossa militância nos diferentes CAs Das e Grêmios estudantis. Estivemos presentes na derrubada da ditadura, na campanha do petróleo é nosso, nas ruas pedindo “fora Collor”, conquistamos DCEs pelo Brasil afora e lutamos permanentemente pela construção cotidiana da liberdade e da igualdade.
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Vivemos hoje, entretanto, uma situação de profundo paradoxo. Os tempos de liberdade e de democracia política, conquistada após duros embates, trouxeram consigo também a apatia que aprisiona os jovens numa perspectiva individualista da existência. Persiste ainda um sistema de ensino alienante, massificante e autoritário. O jovem é treinado para a competição, para o consumismo sem freios que não dialoga nem se coaduna com as limitações ecológico-ambientais do planeta. Enquanto jovens queremos construir atitudes transformadoras e emancipadoras, sentimos a necessidade de pensar novos rumos para o mundo que nos cerca, com socialismo e solidariedade, contra o rolo-compressor que tenta nos esmagar no dia-dia, contra o tédio e lamúria dos indiferentes.
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Grande parte dos jovens brasileiros rejeita a política, se dizem apolíticos sem nem saber que a política envolve todas as coisas do seu cotidiano: Por outro lado vêem com bons olhos atitudes de preservação do meio-ambiente, preservação da vida, e da ampliação dos horizontes culturais. Acreditam que na política só existe sujeira, jogo de interesses e pouca preocupação com a população. Esquecem que fazer este jogo, da não participação é a forma mais cabal de concordar com o status quo, de deixar as coisas como estão. Afirmamos então que toda atitude de transformação é uma atitude política, pois dialoga com a mudanças nos modos de pensar e agir. Bandeiras históricas - culturais, ecológicas, de segurança, desenvolvimento sustentável, entre outras - se unem na luta pela transformação do modo de vida capitalista em uma sociedade socialista, democrática e justa para todos(as). O correr da vida que muitas vezes nos embrulha, está apenas a nos exigir coragem e perseverança para mudar a realidade.
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Em resposta a isto nós, militantes da JSB acreditamos no poder de mobilização e transformação da Juventude Brasileira. Não aceitamos o comodismo nem apatia, denunciamos a estagnação. Queremos atrair o máximo possível de jovens para a participação nos diferentes movimentos de Juventude. Novos horizontes se abrem quando pensamos nas possibilidades e diálogos trazidos pelos conselhos municipais de Juventude, ONGs, OSCIPS, sindicatos, fundações e demais entidades que militam pela causa do trânsito seguro, da manutenção das florestas, do acesso ao ensino, da reforma universitária, da ampliação do ProJovem, da Reforma Agrária e toda uma gama de novas lutas e diálogos, que refletem a pluralidade do cotidiano da vida dos jovens como ela é.
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Rejeitamos este mundo da forma como ele está, rejeitamos os estereótipos. queremos trazer para centro do debate político este conjunto de lutas do povo, que refletem em nossa concepção a perene impossibilidade do modo de produção capitalista em responder com plenitude aos anseios da vida em sociedade. Rejeitamos sobretudo, a opressão e exploração do homem pelo homem, como única certeza destes tempos. Entretanto, queremos moldar uma nova realidade, mas sem utilizar os velhos moldes e formas pré-concebidas. Queremos ser novos homens e novas mulheres. Acreditamos em nossos sonhos! Ousamos ser diferentes! É hora do socialismo! VENHA PRA JSB!
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FONTE: http://www.psbrs.org.br
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