sexta-feira, 26 de novembro de 2010

JSB nas redes sociais
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Bertrand Sousa (*)
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O fato que motivou a produção deste artigo teve origem em uma das redes sociais em que a nossa Juventude Socialista Brasileira (JSB) participa: o Twitter. Segundo estudos, o site deve se tornar a maior rede social do mundo em 2012, alcançando a impressionante marca de 1 bilhão de usuários. E pensar que há alguns meses fazia pouco caso da ferramenta, pois não a utilizava. Voltando ao assunto, a hashtag #JSBonline – etiqueta, marcação ou palavra-chave usada no Twitter – nos levou a refletir e fazer algumas ponderações sobre a presença e, principalmente, a participação da JSB nas redes sociais.
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Até comentei com a @marciarebeca: “A JSB tem uma hashtag e ninguém me avisa?” Desse modo, acredito que devemos aumentar nossa presença no Twitter com a utilização mais frequente do perfil oficial @JSB40 (http://twitter.com/JSB40). Talvez o compartilhamento da senha com duas ou três pessoas, que tenham disponibilidade em horários diferentes, resolva a questão. Sugiro ainda que façamos uma Twitcam mensalmente – transmissão “ao vivo” no Twitter através de webcam. Essa iniciativa tem trazido bons resultados (audiência) pra muita gente. Podemos tentar também!
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Quanto a nossa comunidade no Orkut – rede social mais popular no Brasil – também precisamos atualizar sempre que possível. Desde o final de setembro que ninguém escrevia nada nos tópicos. Mas, sabemos que assuntos para discutir não faltam! Então, vamos lá companheiros(as), ao debate das ideias... que se transformam em ações mediante a luta cotidiana. Lembrando que a comunidade também serve para divulgar os eventos realizados pela JSB em todo Brasil. Vamos utilizar galera! http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=51850
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No que diz respeito ao Facebook, maior rede social do planeta atualmente, não sei como anda nossa participação. Se alguém puder dizer algo a respeito será importante, complementando, assim, nossos escritos. Por outro lado, temos uma comunidade Ning que vem sendo pouco utilizada também: http://jsbrasileira.ning.com Cabe ao pessoal que administra, @s moderador@s e tod@s usuári@s animarem as coisas por lá, publicando mais conteúdo.
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O que tem funcionado bastante (e muito bem!) são as tradicionais listas de discussão. As principais que utilizamos são: http://www.grupos.com.br/group/jsbunificada e a outra sobre o Movimento Estudantil: http://www.grupos.com.br/group/jsbme Um simples cadastro na rede Grupos.com.br e passamos a receber todas as informações diretamente por e-mail, além de poder enviar mensagens para todos(as) e dialogar sobre temas atuais que envolvem a JSB e nosso Partido.
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Para quem gosta de comunicação em tempo real, através de mensagens instantâneas - no MSN, por exemplo - temos o canal mgroup70449@hotmail.com Quem ainda não usa, basta adicionar esse endereço normalmente nos seus contatos do MSN. Militantes do Brasil todo se reúnem por lá, mas nem conversamos muito. Para tornar a ferramenta mais útil e participativa, poderíamos marcar reuniões e debates on-line periodicamente, encurtando as distâncias, afinando o discurso coletivamente.
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Sobre a nossa presença no YouTube, devemos investir em dois aspectos: quantidade e qualidade do material divulgado, criando um canal de abrangência nacional, que reúna todos os vídeos da JSB. Provavelmente temos militantes valorosos(as) que estudam publicidade, propaganda, rádio, TV e cinema, nas universidades espalhadas pelo País. Seriam as pessoas mais indicadas para produzir novos vídeos sobre a JSB em cada um dos Estados, em todas as capitais e cidades onde temos forte atuação. Outra possibilidade seria o custeio pelo Partido de produções profissionais, específicas para a JSB, feitas por agências de publicidade e propaganda. Aí sim, valeria a pena postar no YouTube...
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O texto vai chegando ao fim, mas ainda dá tempo de destacar nossos blogs, começando pelo http://portaljuventude.blogspot.com que faz parte da rede Blogger.com e tem funcionado como portal oficial da JSB, visto que o antigo site http://www.jsb.org.br está praticamente aposentado. Entretanto, temos ótimos blogs da JSB também nos estados – de Norte a Sul e no País inteiro – atualizados com frequência e oferecendo conteúdos relevantes. Falando nisso, aproveito para divulgar o nosso: http://jsbjp.blogspot.com Acessem, comentem e divulguem, por favor!
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Todas as considerações feitas até aqui servem para nossa conscientização sobre o poder que as redes sociais têm hoje e terão no futuro da Internet brasileira: antes, durante e depois dos períodos eleitorais. Analistas afirmam, inclusive, que um dos principais fatores que levaram as eleições presidenciais deste ano para o segundo turno foi a mobilização das pessoas nas redes sociais, defendendo as propostas de seus candidat@s e atacando @s adversári@s em alguns momentos. Enfim, temos que refletir sobre tudo isso e ampliar nossa presença e participação na web, sempre de forma combativa e verdadeira. Saudações socialistas!
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(*) Jornalista e secretário de comunicação da JSB-JP.
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Conjuve quer debater PPJs com novo governo
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Ana Cristina Santos
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O Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), convidou a presidenta eleita, Dilma Rousseff, ou representante indicado por ela, a participar do 3º Encontro Nacional de Conselhos de Juventude, que começa neste domingo (28/11). A intenção do Conjuve é fomentar o debate entre a Rede de Conselhos de Juventude e a equipe de transição do governo sobre as perspectivas para políticas públicas de juventude nos próximos quatro anos.
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O debate para o qual foi convidada a presidenta eleita acontecerá na segunda-feira (29/11), das 9h45 às 12h30, e se baseará em três eixos: balanço das políticas públicas de juventude durante o governo Lula; papel dos conselhos de juventude e, desafios e prioridades das políticas públicas de juventude para o próximo governo. Todas as atividades do evento acontecerão no Centro de Convenções do Hotel Lakeside, Brasília (DF).
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O Encontro Nacional de Conselhos de Juventude é um evento que reúne conselhos de juventude de todo o País para analisar, discutir e compartilhar experiências relacionadas às Políticas Públicas de Juventude e tem por objetivo fortalecer a Rede Nacional de Conselhos de Juventude. Nesta edição, 112 conselhos de 24 estados serão devidamente representados.
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A abertura acontece no domingo (28/11), às 19h. Além do presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), Danilo Moreira, e do vice-presidente João Marcos Vidal, anfitriões do encontro, estarão presentes o secretário nacional de juventude, Beto Cury, e o diretor da Organização Iberoamericana de Juventude (OIJ), Alejo Ramirez. Para o encerramento, no dia 30/11, é esperada a participação do ministro Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência da República.
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Na terça-feira (30/11), o debate abordará a construção da 2ª Conferência Nacional de Juventude e o papel dos conselhos de juventude na organização e no fomento da discussão dos eixos temáticos nos respectivos locais de atuação. Os conselheiros também participarão de reuniões e Grupos de Trabalho (GTs) ao longo dos dois dias de programação.
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FONTE: http://www.juventude.gov.br
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Opinião: Assistência Estudantil
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Débora Polyana (*)
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Durante anos de luta em todo o país, o Movimento Estudantil teve mais uma conquista, ao que diz respeito à ampliação do acesso a Universidade Pública. No entanto, não podemos esquecer que ao falar em acesso, é preciso falar em permanência. Afinal, estudando nessas instituições, estão ricos e pobres. Sendo assim, pouco adianta a inclusão dos estudantes de baixa renda na Universidade se não for assegurada a sua permanência ativa na vida acadêmica.
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Assistência Estudantil é um conjunto de políticas que permitem a permanência e o aproveitamento dos estudantes de baixa renda no Ensino Superior. Esse conjunto de políticas que poderiam tornar democrática a passagem desses alunos pela Universidade, vem sido esquecida pelos dirigentes dessas instituições.
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Há equivocados, que afirmam que este é um assunto secundário ou sem importância, por não acreditar que não existe relação com o ensino propriamente dito. No entanto o fator socioeconômico é determinante no desempenho acadêmico. Podemos observar isso ao considerarmos a parcela de estudantes privilegiados que tem condições de dedicar-se exclusivamente aos estudos e a grande parcela que enfrenta dupla jornada: a de trabalhador assalariado e a de estudante, e esta última que por vezes fica comprometida devido a sobrecarga de tarefas.
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É considerável o aumento dos investimentos do Governo Federal em Educação Superior. A ampliação de vagas, contudo, deve estar associada a uma consistente política de assistência estudantil, para garantir a permanência e a conclusão do curso. Mas, infelizmente, como já citado, os dirigentes das instituições de ensino não vem dando muita importância a essa questão.
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Um exemplo disso é a nossa própria UFAM, onde a Assistência Estudantil é pouco valorizada. Podemos observar pela comida oferecida no Restaurante Universitário - onde o estudante paga R$ 1,20 e a Universidade R$ 3,80 - e a comida não é tão saborosa. O próprio espaço destinado ao R.U é precário: não há cadeiras, mesas e talheres suficientes para atender a demanda. Outro exemplo é a Casa do Estudante Universitário, o CEU, que de “céu” não tem nada, onde a moradia e o bem-estar do estudante deixam a desejar.
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Enfim, são tantas as (des)assistências que nossa universidade nos “proporciona”, que não sobraria espaço para falar da deficiência do conjunto de políticas de Assistência Estudantil da mesma. Caros colegas, depois de muita luta obtemos conquistas na ampliação do acesso à universidade pública. Temos certeza que também teremos vitórias no que diz respeito à Assistência Estudantil e a democratização em nossa universidade, se continuarmos esta batalha em prol do Movimento Estudantil.
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(*) Vice-presidente da JSB-Manaus.
Mulher e política: representações do poder
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O impacto proporcionado pela ação política do movimento feminista é responsável pela gradativa mudança de mentalidade que vem se processando na sociedade, juntamente com a implementação de políticas públicas que têm contribuído para a transformação da condição social das mulheres nas últimas décadas. Embora este fato seja observado por diversos autores, existem setores que continuam como “santuários que fogem às mulheres”: o religioso, o militar e o político, como três ordens da Idade Média, constituem segundo Perrot (1998) espaços que continuam quase inacessíveis às mulheres, haja vista a resistência histórica de integrar mulheres neste “redutos”, no qual os homens dominavam e ainda dominam plenamente.
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Ao analisar a presença das mulheres no legislativo em diferentes países da América Latina, do Caribe, dos Estados Unidos e da África pudemos perceber que a representação feminina ainda é bastante desigual. Mesmo em países que passaram por processos revolucionários recentes como foi o caso de Moçambique a representação das mulheres reflete uma iniqüidade de gênero. No Brasil, a história da participação da mulher no parlamento, tem como marco inicial à conquista do direito ao voto que se deu em 1932. Essa conquista é resultado da luta contínua do movimento sufragista, que emergiu, no Brasil em 1919, culminou com a conquista do direito ao voto pelas mulheres, mas, não foi suficiente para que estes contingentes humanos superassem o processo de exclusão.
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Até a década de 1970 esse quadro de exclusão não sofreu muitas modificações. A partir do final da década de 1980, a situação se modifica, em virtude do crescimento industrial, que contribuiu para um aumento significativo da participação feminina no mercado de trabalho, e, na crescente inserção das mesmas, nos cursos superiores. A isto se aliou o processo de redemocratização do País que se instaurou nesse período. Esses fatos contribuem, para ampliar a participação da mulher nas esferas de poder, encorajando-as, também, a organizarem-se politicamente, o que revela a importância dos movimentos de mulheres nesse processo.
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O momento da elaboração da nova constituição brasileira foi fundamental, para que as mulheres, a partir de sua atuação conquistassem direitos legais e obtivesse legitimidade para suas reivindicações, inclusive na esfera da política institucional. Nesse período foram criados os Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais da Condição Feminina, as delegacias da mulher, os coletivos de mulheres nos partidos e sindicatos, a implementação da Lei das Cotas. Porém, essas instâncias de representação e reconhecimento político não determinaram um equilíbrio entre homens e mulheres em termos de representação no legislativo.
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Lei das cotas e representação das mulheres no poder
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O processo de implementação da política de cotas no Brasil é muito recente. Contudo, esta política vem dando, no mínimo, mais visibilidade à exclusão da mulher nos espaços políticos e às disparidades existentes no âmbito político, entre homens e mulheres. Por esta razão, elas vêm sendo tratadas como um tema central das discussões de gênero e política, sendo consideradas pelo movimento feminista como expressão e reconhecimento público alcançado pelas demandas femininas. Existem muitos equívocos a respeito das cotas que precisam ser elucidados enfatiza Delgado (1996), por exemplo, a de que 30% de participação das mulheres não resolvem a desigualdade: a luta deve ser por 50%. Embora o movimento lute pela paridade, um percentual de 30% representa um ganho político se considerarmos a estrutura da sociedade e a relações patriarcais que perpassam toda a estrutura da mesma.
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Um outro grande equívoco é o de que a Lei das Cotas não garante que a mulher tenha real acesso ao poder. As cotas não irão mudar as relações de poder à curto prazo, uma vez que ela representa um elemento que modifica a composição dos órgãos diretivos, traz novas idéias para o debate e propicia uma nova forma de aprendizagem do exercício do poder. Além disso, as cotas aguçam a participação feminina e tende a criar condições mais favoráveis a ampliação do número de mulheres nas direções de sindicatos, partidos, assembléias, câmaras, etc, que por sua vez irão tornar mais visível seu cotidiano e os obstáculos à sua integração à vida política.
O microcrédito que impulsiona a economia
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As ações do governo para oferecer mais crédito ao cidadão ajudaram a impulsionar a economia brasileira, afirmou o presidente Lula no encerramento da 34ª reunião ordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), realizada no Palácio Itamaraty em Brasília. Apesar de não aparecer muito na imprensa ou mesmo em discussões de acadêmicos, a microeconomia nacional tem demonstrado um vigor impressionante, resultado em boa parte do sucesso das políticas públicas brasileiras.
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O presidente citou, por exemplo, os dados do Banco do Nordeste (BNB), que emprestou R$ 22 bilhões em 2009 – antes do governo Lula, o banco havia emprestado apenas R$ 262 milhões. Outro dado interessante, afirmou Lula, é que a taxa de inadimplência, que era de 37,5%, caiu para pouco mais de 3%. Lula citou também a atuação do BNDES na oferta de crédito a catadores de papel. Agrupados em cooperativas, eles receberam R$ 220 milhões do Banco.
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O presidente comentou ainda que quando foi eleito, o volume de crédito à disposição no Brasil era de aproximadamente R$ 380 bilhões e que em seu governo esse volume subiu para R$ 1,5 trilhão. Lula explicou que vem repetindo os números desta expansão para mostrar à população brasileira aquilo que realizou ao longo destes quase oito anos de governo.
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Ele vibrou também com a proposta do CDES de o governo ter como prioridade a Educação. Este foi um dos nove eixos do documento “Agenda para o Novo Ciclo de Desenvolvimento Brasileiro”, apresentada durante a reunião. Segundo Lula, apesar de não ter passado pelos bancos escolares, encerrará o mandato como o presidente que mais atuou na oferta de cursos universitários e técnicos no País.
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Ainda no discurso, Lula destacou programas como Luz para Todos, Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida. Ele comemorou os números apresentados pelo conselheiro Marcelo Néri que, entre outras questões, assegurou que em oito anos uma população do tamanho da França sairá da linha de pobreza no Brasil. Antes do discurso do presidente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez uma exposição sobre o desenvolvimento da economia e a reação do mercado interno na superação da crise financeira global que atuou sobre os mais diversos mercados internacionais desde 2008.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A consolidação da democracia brasileira
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Túlio Vianna (*)
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Em 5 de outubro, nossa Constituição da República completou 22 anos. Somos uma democracia jovem, com apenas três presidentes diretamente eleitos para o cargo desde então. A sucessão presidencial em 1º de janeiro de 2011 consolidará o mais longo período democrático da história de nosso país. Há muito para se comemorar, mas é preciso avançar ainda mais.
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Uma democracia não é uma ditadura da maioria. Também não é um sistema no qual se garante simplesmente o direito de votar nos chefes do poder executivo e nos membros do poder legislativo e de se candidatar a estes cargos. É muito mais complexo que isso. Se, em um edifício residencial com 10 apartamentos, a assembleia de condomínio decidisse por 9 votos a 1 que um dos condôminos não poderia utilizar o elevador por ser negro, esta norma aprovada pela maioria não seria nada democrática e, evidentemente, seria ilegal. Da mesma forma, se 80% da população brasileira – notoriamente cristã – aprovasse, por meio de um plebiscito, uma lei proibindo religiões afrobrasileiras, esta lei não seria nem democrática, nem constitucional, por exemplo.
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Em uma democracia, há direitos que são tão fundamentais que devem ser respeitados mesmo que haja oposição por parte da maioria. Estes direitos estão previstos na Constituição brasileira e não podem ser suprimidos nem mesmo por emenda constitucional. É o caso dos direitos à igualdade e à liberdade religiosa.
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Também não seria nada democrático se, no meio de um campeonato de futebol, a maioria dos clubes se reunisse para alterar as regras de pontuação de forma a impedir que o primeiro colocado se distanciasse dos demais na tabela. Ou, se durante uma eleição presidencial, a maioria do Congresso Nacional decidisse acabar com o segundo turno, de forma a beneficiar um determinado candidato que estivesse à frente das pesquisas, mas que tivesse poucas chances numa eventual aliança no segundo turno entre o segundo e o terceiro colocados.
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Na democracia as “regras do jogo” devem ser respeitadas enquanto se “joga”. Não se pode admitir mudanças oportunistas nas leis a fim de beneficiar quem quer que seja, ainda que a maioria assim deseje. E é por isso que as normas que criam crimes não podem retroagir e as leis eleitorais só devem valer nas próximas eleições.
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A vontade da maioria, ao contrário do que se poderia imaginar, não é soberana nas democracias modernas, pois está limitada por uma série de normas constitucionais que visam garantir primordialmente o respeito às “regras do jogo” e aos direitos fundamentais, ainda que contra a vontade expressa da maioria da população.
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E é fundamental que seja assim, pois a pior das tiranias é a tirania da maioria. Se o opressor é apenas um homem ou um grupo no poder, um dia certamente a maioria se insurgirá contra ele e o derrubará. Se, porém, quem oprime é a maioria, não restará à minoria subjugada sequer uma boa dose de esperanças para acalentá-la. Claro que um estado democrático de direito fundado no tripé soberania popular, direitos fundamentais e respeito à lei não se constrói do dia para a noite. Nos últimos 22 anos de sua História o Brasil evoluiu muito em direção ao ideal democrático, mas alguns fantasmas da ditadura militar ainda nos assombram.
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(*) Túlio Vianna é Professor da Faculdade de Direito da UFMG.
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Leia o artigo completo aqui:
Revistaforum.com.br/noticias/2010/11/10
1º Encontro Nacional de Grêmios da UBES
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Paulo Tonon
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Ao todo, serão quatro dias em que os alunos terão a possibilidade de participar de atividades como oficinas de comunicação, finanças, atividades esportivas e debates sobre o papel da mulher na sociedade, o movimento LGBT, meio ambiente e cultura, como montar o estatuto do grêmio, captação de recursos, entre outros.
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Além de servir como termômetro para diagnosticar como está e o que pode ser feito nas escolas onde os grêmios atuam o encontro ajudará a canalizar todas as experiências de trabalho e de lutas que estão sendo desenvolvidas em todas as escolas do país pelos estudantes. “Realizar essas atividades são muito importantes, principalmente as que orientam os jovens a se organizar dentro da sua escola”, declarou o diretor de grêmios da UBES, Rarikan Heven.
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Yann Evanovick, presidente da UBES, considera o encontro válido levando em consideração o amadurecimento político que o jovem adquire através do grêmio estudantil. “Esse contato dá ao jovem uma bagagem política muito importante para lutar, também, por outras bandeiras”, afirmou.
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Não perca tempo. Os estudantes de escolas técnicas já podem fazer o seu cadastro para participar do 1º Encontro Nacional de Grêmios da UBES, de 15 a 18 de janeiro, no Rio de Janeiro. Para agilizar o processo de cadastramento, a entidade criou um formulário on-line, permitindo que o participante faça seu cadastro de forma rápida e prática. Faça aqui o cadastro do 1º Encontro Nacional de Grêmios da UBES e fique atento ao portal EstudanteNet. A qualquer momento, informações sobre a programação do encontro e muito mais!
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FONTE: http://www.une.org.br
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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PSB: uma nova força à esquerda
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Rodrigo Martins
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Com seis governadores eleitos, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) emerge nestas eleições como nova força. O partido sai da disputa com o segundo maior número de governos estaduais, ao lado do PMDB e atrás apenas do PSDB- (com sete). No Senado, elegeu três parlamentares, um a mais do que a composição atual. É a legenda que mais cresceu proporcionalmente na Câmara (26%), aumentou a sua bancada de 27 para 34 deputados. Em expansão, a sigla ameaça o poder de partidos como o DEM, que chegou a ter cem representantes em 1998 (com o nome PFL).
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Ainda é, no Congresso, um partido médio, com a sétima maior bancada. Mas com o peso dos governos estaduais deve tornar-se cada vez mais relevante nas articulações políticas, um cenário bem diferente de oito anos atrás, quando lutava para sobreviver à extinta cláusula de barreira, que exigia das legendas ao menos 5% dos votos para garantir representação na Câmara. Para analistas, o ex-partido modesto tem chances, inclusive, de participar de um projeto de poder alternativo ao PT em 2014.
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Na avaliação do senador Renato Casagrande, governador eleito pelo Espírito Santo com 82,3% dos votos, o êxito do partido deve-se a dois fatores. Primeiro, à aliança nacional em torno da candidatura de Dilma Rousseff, que permitiu ao PSB fechar pactos importantes nos estados. Segundo, à boa avaliação dos governos de Cid Gomes, reeleito no Ceará com 62,3% dos votos, e Eduardo Campos, que ficará mais quatro anos à frente de Pernambuco, após obter a votação recorde de 82,8%. "Estas eleições mostraram que o PSB não tem medo de governar e mostrar resultados", afirma Casagrande. "Qualquer partido, para crescer, precisa consolidar seu nome nacionalmente e garantir uma boa representação na Câmara. Entendo, no entanto, que fizemos uma boa escolha ao deixar de lançar um nome na corrida presidencial e garantir apoio nos estados."
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Trata-se de uma aposta bem diferente da feita pelo PSB em 2002, quando lançou a candidatura do ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, à Presidência da República, em vez de participar da coligação que elegeu Lula. O partido havia aberto as portas a Garotinho dois anos antes, quando o político abandonou o PDT após entrar em choque com Leonel Brizola. O novo quadro ficou em terceiro lugar na corrida presidencial. Ajudou a eleger a mulher, Rosinha Garotinho, ao governo do Rio, e o PSB a superar a cláusula de barreira com a eleição de 22 deputados. No ano seguinte, trocaria o PSB pelo PMDB, levando consigo 12 parlamentares.
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Desde o início, importantes nomes do partido mostraram-se refratários ao ingresso de Garotinho no PSB. "De fato, ele não tinha o menor vínculo de identidade com o partido. O PSB perdeu a chance de se aliar à candidatura Lula já no primeiro turno. Se o fizesse, talvez o presidente não precisasse de um leque de alianças tão largo e hetereogêneo, que veio, no futuro, a lhe causar problemas e que impediu o Brasil de avançar mais", avalia a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP).
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Um dos principais ideólogos do partido, Roberto Amaral, vice-presidente do PSB e ministro de Ciência e Tecnologia no primeiro mandato de Lula, avalia que o episódio não deixou marcas negativas. "O PSB não apoiou Sarney, Collor, Itamar Franco nem FHC. Mesmo quando lançamos a candidatura Garotinho, apoiamos Lula no segundo turno. Nossos ideiais continuam os mesmos", afirma. De acordo com ele, um dos principais desafios do partido, agora, é garantir uma maior inserção do partido no Sudeste." Somos muito fortes no Nordeste. As reeleições de Cid Gomes e Eduardo Campos comprovam isso. A expressiva votação de Casagrande no Espírito Santo nos dá um alento, mas a verdade é que ainda não tivemos êxito no que chamo de 'Triângulo das Bermudas': São Paulo, Minas e Rio de Janeiro."
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Amaral insiste que o PSB deve caminhar na articulação de um bloco de esquerda na Câmara, capaz de dar apoio, mas também pautar as políticas públicas. "Se apoiamos Lula e Dilma, é porque vimos pontos de convergência. Só que o PSB também tem um projeto." Quanto às especulações em torno de uma possível aproximação com Aécio, mostra-se reticente. "Você fala em nomes, Cid Gomes, Eduardo Campos… Eu falo em partido. Além disso, não vejo tanta diferença entre Aécio e Serra. Não vejo essa 'oposição progressista' ou menos raivosa de que tanto falam."
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De acordo com o cientista político Leo-nardo Avritzer, pós-doutor pelo Massachusetts Institute Of Technology (MIT, dos Estados Unidos) e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a aposta numa nova oposição capitaneada por Aécio e líderes do PSB é bastante factível. "Se o PSDB aprender a lição das urnas, o centro do partido deverá se deslocar de São Paulo para Minas. E, dada a proximidade de Aécio com Eduardo Campos e Ciro Gomes – por tabela com o irmão Cid Gomes –, não é delírio imaginar que desse grupo surja o adversário do PT em 2014."
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FONTE: Revista Carta Capital.
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Assinaram o Pacto e foram eleitos pelo País
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Ainda não é o ideal, mas já foi um avanço. Ao todo, 180 candidatos de 17 partidos políticos e dos 27 estados da federação firmaram o compromisso de lutar pela juventude ao assinaram o Pacto pela Juventude. Foram 78 deputados estaduais, 55 federais, 24 senadores, 21 governadores, um vice-presidente e um presidente. Desse total, 41% foram eleitos, o que representa 74 candidatos.
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A maioria dos signatários são de partidos da base aliada do atual governo: 64 do PT (35%), 53 do PCdoB (29,4%) e 22 do PSB (12,7%). O estado que teve a maior adesão foi São Paulo, com 26 candidatos, seguido pela Bahia, 21, e Santa Catarina, 16. São Paulo, que possui a maior quantidade de candidatos do país, já era esperado na primeira colocação, mas Bahia e Santa Catarina são surpresas na lista.
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Quando comparados os candidatos eleitos, a porcentagem do PT aumenta. O partido elegeu 33 candidatos, o que representa um total de 44,5% do total de signatários. Já o PSB, que tem o terceiro maior número de políticos signatários do Pacto, ocupa a segunda colocação (13 candidatos – 17,5%) quando se leva em conta apenas os eleitos. O PCdoB, segundo colocado no total de assinaturas, cai para terceiro com apenas 10 eleitos de 53 que disputaram (13,5% do total de candidatos eleitos). Das 78 pessoas que pleiteavam uma vaga nas Assembléias Legislativas e assinaram o Pacto, 24 alcançaram a meta – totalizando 30,7%.
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Os jovens terão 23 deputados federais (42% do total de deputados signatários) comprometidos com o Pacto. Os estados que mais elegeu foi São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia – com três parlamentares cada um. Sergipe levou à Câmara dos Deputados os seus dois candidatos que assinaram o pacto. Minas Gerais também emplacou dois políticos signatários do documento. No Rio Grande do Sul, a deputada mais votada assinou o documento. Acre, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rondônia e Santa Catarina elegeram um deputado federal cada.
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Muitos estados tiveram candidatos à governador e senador eleitos. Mais da metade dos signatários ganharam a disputa. Foram 11 governadores (52,4% do total) e 13 senadores (54%). O Ceará e o Amazonas elegeram os dois senadores e o governador. No Distrito Federal e na Bahia, ambos os senadores eleitos assinaram o documento. O governador e o senador mais votado no Espírito Santo também aderiram ao Pacto. Já na disputa pelo governo do Maranhão, os dois principais candidatos firmaram apoio ao Pacto – um deles eleito ainda no primeiro turno. Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraíba e Pernambuco também tiveram governadores comprometidos com a juventude eleitos.
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O Pacto Pela Juventude é um documento que contém 12 propostas voltadas para a população situada na faixa etária entre 15 e 29 anos. O Pacto é uma forma de garantir que os futuros políticos e governantes se comprometam a desenvolver políticas públicas para/com a juventude brasileira. Veja abaixo os compromissos firmados pelos candidatos:
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1 – Criação do Sistema Nacional de Juventude;
2 – Aprovação dos marcos legais da juventude;
3 – Garantir educação de qualidade para os jovens;
4 – Assegurar trabalho descente para a juventude;
5 – Implementar políticas afirmativas;
6 – Promover o acesso à cultura, esporte e lazer;
7 – Garantir saúde integral para a população jovem;
8 – Reduzir a mortalidade juvenil;
9 – Assegurar moradia digna;
10 – Promover o direito à comunicação e informação;
11 – Garantir acesso à terra e permanência no campo;
12 – Fortalecer meios de participação democrática.
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FONTE: http://www.infojovem.org.br
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Dilma, 1ª mulher eleita presidente do Brasil
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Luiza Villaméa
Cláudio Sequeira
Hugo Marques
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Exatamente às 20h14, do domingo 31/10, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowsky, condedeu uma pequena entrevista coletiva anunciando que já tinha o resultado das eleições presidenciais de 2010. A poucos quilômetros dali, em uma ampla casa no Lago Sul, uma das regiões mais nobres de Brasília, Dilma Rousseff e seus principais assessores acompanhavam atentamente a fala do presidente do TSE. Mal Lewandowsky terminou de pronunciar a frase “oficialmente eleita”, Dilma bateu com as duas mãos sobre as pernas, levantou-se do sofá e disse: “Acabou!"
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As pessoas que dividiam com ela a ampla sala da casa que se tornou o quartel general da campanha não tiveram dúvidas de que Dilma falava muito mais para si mesma do que para os seus interlocutores. Em poucos segundos um clima de euforia contida tomou conta do ambiente. Dilma foi abraçada de forma efusiva por Fernando Pimentel, pelo deputado federal Antônio Palocci, pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra, e pelo secretário geral do partido, José Eduardo Cardozo, os três mosqueteiros que dividiram as últimas e apreensivas horas com a presidente eleita.
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Da mansão no Lago Sul, Dilma saiu diretamente para o Hotel Naoum, onde um batalhão de correligionários, lideranças partidárias e um pequeno exército de jornalistas brasileiros e estrangeiros a aguardava. Lá, em um discurso sem arroubos épicos, afirmativo e conciliador, Dilma reafirmou seu compromisso com a democracia e as liberdades individuais dos brasileiros. “Zelarei pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa. Zelarei pela mais ampla liberdade religiosa. Zelarei, enfim, pela nossa Constituição, dever maior da Presidência da República”, disse a presidente.
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Durante o discurso, de exatos 25 minutos, Dilma Rousseff também procurou dissipar o clima beligerante que tomou conta de todo o segundo turno de uma das eleições mais agressivas do país desde o fim da Ditadura Militar, em 1985. “Aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nessa caminha, estendo minha mão. De minha parte não haverá discriminação, privilégios ou compadrio”, afirmou a presidente eleita, para logo em seguida deixar-se emocionar ao agradecer ao presidente Lula pelo apoio que lhe deu antes e durante toda a corrida eleitoral.
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Ao fim do discurso, Dilma não ficou para a festa. Preferiu ir direto ao Palácio da Alvorada agradecer pessoalmente seu padrinho num encontro reservado e cheio de emoção. Assim que chegou à sua futura residência, Dilma recebeu um abraço apertado de Lula, um beijo no rosto e ouviu: “Parabéns! Você conseguiu! Você foi guerreira, merecedora da vitória”, afirmou o presidente, diante do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
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Mais do que conseguir uma vitória política na noite do dia 31/10, Dilma Rousseff entrou em definitivo para a História do Brasil. Cinco séculos após o descobrimento do País e 121 anos depois da proclamação da República, pela primeira vez uma mulher é escolhida para comandar a uma das cinco maiores democracias do mundo. Eleita com mais de 55 milhões de votos, ou 56% da votação válida, Dilma Vana Rousseff se tornou a 36º presidente e a 19º pessoa a ser escolhida por decisão direta do povo brasileiro para comandar o País. Ainda no começo de seu pronunciamento de vitória Dilma deixou claro que sabe exatamente a dimensão do acontecimento. A presidente eleita fez questão de dizer que seu primeiro compromisso como maior mandatária do País seria honrar as mulheres brasileiras, “para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural”. Leia o texto completo clicando aqui.
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FONTE: http://www.istoe.com.br
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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Secretário do PSB destaca crescimento da legenda
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Hermes de Luna
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O secretário geral do PSB na Paraíba, vereador Bira Pereira, destacou, nesta quarta-feira (03/11), o crescimento do partido no país e na Paraíba com a eleição de governadores em seis Estados, incluindo Ricardo Coutinho, que obteve 1. 079.164 e sagrou-se o primeiro governador do partido na Paraíba. Bira fez uma avaliação positiva do desenpenho eleitoral do PSB que saiu de três para seis governadores eleitos (Paraíba, Pernambuco, Ceará, Piaui, Espírito Santo e Amapá), além de eleger 35 deputados federais e quatro senadores eleitos. “Aumentamos a bancada de governadores em 100%, o que deixa a nossa legenda como a segunda colocada em número de governadores atrás apenas do PSDB e na frente do PT e do PMDB”, ressaltou.
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Bira informou que a executiva Nacional do PSB realiza nesta quinta-feira (04/11), em Brasília, reunião para avaliar o resultado das eleições de 2010 e as perspectivas da legenda para os próximos anos. Participam da reunião os governadores eleitos Eduardo Campos (Pernanbuco), Ricardo Coutinho (Paraíba), Cid Gomes (Ceará), Renato Cassagrande (Espírito Santo), Wilson Martins (Piauí) e Camilo Capiberibe (Amapá), além dos deputados federais e senadores eleitos e reeleitos. “Os novos governantes têm a responsabilidade de consolidar a imagem de gestão pública compromissada com ética, cidadania, responsabilidade e investimentos estruturantes que fazem parte da história do PSB”.
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Segundo o dirigente socialista, o partido irá colocar na mesa o projeto nacional que tem para o Brasil e como vai pautar o governo da presidente Dilma Rousseff que assimirá em janeiro o comando do País. “Estaremos reunidos em Brasília para dizer que o nosso partido se comportará de forma altiva, aguerrida, mas como uma força política consolidada nacionalmente e que merece respeito”, completou Bira.
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De acordo com Bira, o partido tem hoje na Paraíba o sentimento de dever cumprido não apenas pelo fato de Ricardo vencer a eleição em João Pessoa, Campina Grande ou ter “virado o jogo” em cidades menores. Mas pelo fato de ver a Paraíba respirando novos ares e vivendo uma expectativa de mudança que começará a partir do dia 1º de janeiro.“Ricardo colhe hoje as sementes de girassol que plantou no movimento sindical e nos mandatos que exerceu na Câmara, na Assembleia e como prefeito de João Pessoa. A Paraíba também está muito próximo de colher as sementes desse girassol”, concluiu.
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FONTE: http://www.hermesdeluna.com.br
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Fundação João Mangabeira

Socialismo e Liberdade, dois pilares que deram origem, em 1947, ao PSB, na fase histórica em que o socialismo era identificado com a experiência autoritária da União Soviética. Proposta profética. Em 1990 foi criada a Fundação João Mangabeira (FJM), com o objetivo de consolidar, aprofundar, difundir e construir o socialismo democrático, na atual fase em que o fracasso da experiência soviética e a arrogância da globalização neoliberal deixam perplexas todas as pessoas que acreditam e lutam por liberdade, democracia verdadeira, ética, solidariedade, justiça social, desenvolvimento sustentável e paz.
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A FJM se propõe a dialogar com todos os militantes do socialismo, independentemente de sua filiação partidária, para debater a construção política que se oponha ao modelo capitalista, modelo individualista, consumista, excludente e devastador.
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O socialismo hoje, no mundo e no Brasil, torna-se viável se soubermos construir o Partido Socialista como espaço de vivência ética, democrática, livre, solidária, respeitosa da natureza de nosso planeta e valorativa das diferenças: culturais, étnicas, de gênero, religiosas e políticas. Para atingir esse objetivo, a Fundação João Mangabeira realiza e apóia a realização de ciclos de estudos, cursos, simpósios, conferências e seminários. Patrocina a realização de pesquisas e estudos de cunho econômico, social, cultural e político. Publica livros e/ou cartilhas que possam contribuir para a formação política do cidadão e da cidadã brasileiro(a).
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Foram elaborados quatro cursos, editados em livros e em DVD: 1. Formação, capacitação e atualização política. 2. Formulação e gestão de políticas públicas. 3. Socialismo em revista. 4. Políticas de juventude. Tais cursos são oferecidos na Internet na modalidade EAD. Com sua nucleação estadual, a FJM realiza uma intensa programação em todo o País, articulada nos municípios e nas micro-regiões de cada estado da Federação.
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A Fundação João Mangabeira é uma entidade sem fins lucrativos, que tem como missão a formação política e a formulação de políticas públicas socialistas. Tem sede em Brasília. Seus órgãos de direção são o Conselho Curador, a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal.
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FONTE: http://www.fjmangabeira.org.br
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Brasil: por uma nova agenda de desenvolvimento
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Fabio Caldeira
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Quando temos a oportunidade de reciclar e/ou acrescentar conhecimentos em centros de excelência, seja no Brasil ou no exterior, agregamos duas questões básicas: a consolidação e o aprimoramento em um tema específico em bases mais sólidas, e a reformulação de conceitos e aspectos programáticos de acentuada relevância, não detectados anteriormente. Em sua segunda edição, o BID (Indes-Prodev) promove na capital norte-americana um dos seus mais conceituados e importantes cursos para integrantes de administrações públicas dos países que o integram. O curso trata da efetividade de políticas públicas para alcançar o desenvolvimento.
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Algumas conclusões e constatações emergem por sua relevância. Respeitando as devidas diferenças entre os países latino-americanos, vemos similitudes nos aspectos políticos, sociais e econômicos entre os mesmos. A realidade mostra que após um período de governos ditatoriais, apenas Cuba em toda a região não é reconhecida como um país democrático, não obstante grande parte dos demais apresentarem apenas um sistema democrático no aspecto formal.
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No campo econômico, excetuando os Estados Unidos e Canadá, praticamente todos apresentaram nas décadas de oitenta e noventa altas taxas de inflação e crise fiscal, e adotaram o nefasto receituário do Consenso de Washington. Em relação às questões sociais, foram agravadas pela aplicação de políticas econômicas equivocadas, proporcionando à região o agravamento da dívida social, aumento da pobreza e da desigualdade.
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No Brasil, o enorme abismo entre ricos e pobres o coloca na posição de um dos mais desiguais do planeta. Os estudos são explícitos no sentido de que, não obstante um acentuado aumento nos gastos sociais na região nas últimas décadas, os problemas não foram reduzidos de maneira satisfatória. Logo, há uma necessidade premente de reavaliar como os recursos estão sendo aplicados.
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Esta constatação nos remete a vários aspectos, que vão desde um novo arranjo organizacional das instituições públicas, passando por formas mais eficientes de controle dos recursos públicos, avaliação e monitoramento mais adequada dos programas sociais e uma gestão pública mais eficiente e eficaz, dentre outras de relevância não menor, não desconsiderando em hipótese nenhuma, temas mais amplos e polêmicos, como o tão falado e pouco efetivado pacto federativo e no campo político a definição e implementação de um novo e moderno sistema político - eleitoral.
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E em termos de Brasil, por estarmos em ano eleitoral, momento mais do que oportuno e pertinente para que os candidatos em todos os níveis da federação, tanto a cargos executivos como legislativos, apresentem suas propostas e idéias para uma maior efetivação das políticas públicas, visando alcançar uma sociedade menos desigual e com projetos de curto, médio e longo prazo para alcançar um desenvolvimento sustentado.
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FONTE: www.psbbh.com/formacao-politica/artigos
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