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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Comunicação e mídia para o Brasil avançar

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Bertrand Sousa (*)
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As formas de transmissão de mensagens vêm acompanhando o desenvolvimento humano. Na época das cavernas, os povos primitivos comunicavam-se através de gestos entre emissores e receptores. O tempo passou e o homem conseguiu desenvolver a capacidade de falar, organizando a partir daí, códigos verbais entre as diferentes comunidades que habitavam o planeta.
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Nos dias atuais, a informação passou a ter uma dimensão automática, quase instantânea. E desde então vivemos na “era digital”, onde tudo, ou quase tudo, pode ser descrito por códigos binários. Com o advento da Internet, a rede mundial de computadores, as pessoas passaram a conviver diariamente com a velocidade e todo volume de conhecimento gerado pela humanidade nos últimos dois mil anos. A chamada “aceleração do tempo social”, resultante deste processo, trouxe possibilidades de comunicação e obtenção de informações nunca antes vistas, que continuam aumentando, exponencialmente.
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Nesse contexto, todo cidadão brasileiro deveria tratar a Comunicação como direito humano – e exercê-lo sempre – especialmente no que incide sobre a soberania nacional, a liberdade de expressão, a inclusão social, a diversidade étnico-racial, sexual, cultural, religiosa e de gênero, a convergência tecnológica e a regionalização da produção de conteúdos midiáticos. Entretanto, o que observamos, por exemplo, nos veículos de comunicação de massa paraibanos? Nada mais que a simples reprodução dos modelos impostos ao longo do tempo pela mídia conservadora (nacional e internacional), para favorecer as oligarquias familiares que monopolizam o mercado da informação.
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Portanto, os interesses econômicos dos sistemas de comunicação precisam ser revistos, sobretudo quando interferem e impedem a prática do Direito a Comunicação. Faz-se necessário exercer massivamente a cobrança junto aos órgãos competentes para que sejam cumpridas as normas relacionadas às concessões públicas de telecomunicações, que a regulamentação do setor seja aprimorada para respeitar sempre o interesse público e que os veículos de comunicação de massa realizem os processos midiáticos com ética, responsabilidade e qualidade informativa.
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Vale ressaltar que a produção, difusão e acesso às informações são requisitos básicos para o exercício das liberdades civis, políticas, econômicas, sociais e culturais. O monopólio dos meios de comunicação (mídias) representa uma ameaça à democracia e aos Direitos Humanos, principalmente no Brasil, onde a TV e o rádio são os meios de produção e distribuição de bens simbólicos mais disseminados. Por outro lado, o Brasil tem chamado a atenção mundial pela imensa quantidade de participantes em comunidades virtuais e redes sociais. Ferramentas como blogs, wikis e fóruns de discussão têm consolidado o conceito de comunidade virtual, evidenciando alterações na estrutura social brasileira.
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Com efeito, constata-se que as comunidades virtuais e redes sociais têm potencializado o diálogo e a organização de indivíduos - muitos jovens, inclusive - em novas estruturas, coletivas e colaborativas. Comunidades que surgiram na web passam a ter encontros presenciais. E com a multiplicação destas comunidades e grupos, surge uma nova dimensão de poder, que muitas vezes passa despercebida pelos próprios envolvidos. A evolução, a revolução e a transformação dependem de mudanças estruturais no cotidiano, na práxis social. Saudações socialistas!
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(*) Jornalista e secretário de comunicação da JSB-JP.
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terça-feira, 21 de junho de 2011

Blogosfera: um lugar para construir a liberdade

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Marco Ries
Valério Cruz Brittos
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O termo blogosfera surgiu pela primeira vez em 1999, como uma brincadeira. Após ser replicado por um especialista em comunicação, tornou-se, pela mídia estadunidense, sinônimo do espaço coletivo de blogs. Um blog é o local em que uma pessoa escreve seus pensamentos; já a blogosfera vai além, trata-se de um fenômeno social de comunicação.
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Apesar de estar em voga, a noção de blogs não é algo completamente novo. A ideia de uma ferramenta com a qual usuários possam publicar conteúdos de forma fácil e intuitiva acompanha a evolução do processo comunicativo. Vários fatores aconteceram em paralelo e assim permitiram um aumento significativo do poder de influência dos blogs. O próprio crescimento exponencial da penetração da internet resultou em uma maior popularidade dos blogs. No entanto, esta ampliação da rede gerou um oceano de informação sem organização hierárquica. Assim, mecanismos de busca eficientes têm sido fundamentais para que os blogs sejam encontrados e consequentemente tenham sua popularidade propagada, tornando-se verdadeiros filtros.
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Maior visibilidade
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Outra questão importante foi o barateamento e decorrente crescimento da base instalada de aparelhos celulares e câmeras digitais. Tal fato permitiu que conteúdos de texto, fotos e vídeo sejam registrados e publicados nos blogs via redes sem fio, ultrapassando a necessidade do blogueiro estar obrigatoriamente frente a um computador tradicional.
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Os blogs funcionam como a internet, quanto à liberdade de expressão. Porém, como a internet, também se reportam, direta ou indiretamente, a grandes empresas. Sua popularização provém da facilidade de acesso, suporte ou conhecimento técnico, mas principalmente por adotarem um caráter pseudo-libertário, onde o usuário permite-se fazer uso do blog para expressar qualquer anseio. Assim sendo, trata-se de mais uma rede social. Por demonstrarem certo teor de liberdade de expressão, os blogs foram amplamente adotados por jornalistas, criando pelo mundo uma forte teia de novos lugares jornalísticos. Esse fenômeno deve-se à possibilidade do jornalista expressar opiniões fora do veículo que integra, além de contar como uma visibilidade a mais para o profissional. A partir daí, muitas organizações têm nos blogs espaços da própria empresa, com tudo que isso representa.
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Esperança e liberdade
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O principal diferencial nas ferramentas da internet, incluindo-se o blog, está no imediatismo e simultaneidade junto ao receptor, podendo receber contribuições das mais variadas e dialogar com os públicos com os quais interagem. Desse modo, blogueiros escolhem seus candidatos ou partidos e promovem divulgações, das mais exageradas às mais subliminares.
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Por mais que a blogosfera implique na democratização do meio, aproximando-o do conceito de público, ainda se reporta à indústria da internet e demais setores dispostos a investir no espaço digital. De qualquer maneira, a liberdade de expressão está ligada ao conhecimento do todo que circunda o sujeito, estando nas mãos de poucos. Ao mesmo tempo, surge como uma proposta a mais, um sopro de esperança ao jornalismo e à famigerada liberdade.
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FONTE: http://www.blogmidia8.com
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sábado, 21 de maio de 2011

II Festival Latino-Americano das Juventudes

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De 8 a 11 de outubro de 2011, a Prefeitura Municipal de Fortaleza realiza o "II Festival Latino-Americano das Juventudes", com o tema “O canto de um novo mundo”. Para construir o encontro de forma democrática, poder público e sociedade civil trabalharão juntos na organização do Festival, a exemplo do que ocorreu na primeira edição, em 2010, com a criação do Comitê Local. Formado por Grupos de Trabalho (GTs) com atuação em vários eixos temáticos, o Comitê Local é responsável por propor à coordenação do Festival ideias e encaminhamentos que auxiliem no processo organizativo.
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A proposta é que o Festival seja um espaço de encontro, de convívio, de trocas, de pensamentos sobre os contextos em que as juventudes estão inseridas. Para isso, serão construidos momentos de discussão e de prática, tanto em termos de organizações como de pensamentos. As inscrições para participar do II Festival e para inscrever atividades estão previstas para o período de julho e agosto. Para inscrições de atividades de caráter nacional ou internacional, o contato com a organização do evento já pode ser feito através do e-mail: fdasjuventudes@gmail.com
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O GT de Comunicação e Novas Tecnologias, parte integrante do Comitê Local, convida os representantes de movimentos e organizações juvenis que trabalham as temáticas afins, a participarem das reuniões de construção do II Festival das Juventudes. O convite estende-se aos estudantes de ambas as áreas temáticas e aos demais interessad@s em construir as propostas do eixo de Comunicação e Novas Tecnologias para o evento. Inclusive, a primeira reunião deste GT foi realizada nesta quarta-feira, 18 de maio, no anexo do Gabinete da Prefeita de Fortaleza.
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O "I Festival das Juventudes em Fortaleza – América Latina e as Lutas Juvenis", contou com ampla participação da sociedade civil, desde a construção das atividades que compuseram a programação até a ocupação dos espaços durante o próprio evento. O eixo de Comunicação e Novas Tecnologias propôs e executou a Casa da Comunicação, composta pela comunicação colaborativa e pelo telecentro. Em 2011, a proposta é ampliar a participação do eixo no II Festival das Juventudes, fazendo parte da programação do evento também com atividades de caráter formativo, como: debates, palestras e oficinas, construídas de forma participativa e democrática.
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Contatos
Lívia Manzolillo (85) 8814-4012
Ana Carolina Nogueira (85) 8816-4644
www.facebook.com/FestivaldasJuventudes
E-mail: fdasjuventudes@gmail.com
Twitter: @fdasjuventudes
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FONTE: http://blogdadilma.blog.br
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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Liberdade de Expressão no Brasil

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Luiza Erundina (*)
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A Câmara dos Deputados lançou a “Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular”. É uma iniciativa de parlamentares, em parceria com entidades da sociedade civil, e visa a promover ações que assegurem o direito à liberdade de expressão e o direito à comunicação. O direito à liberdade de expressão, previsto no artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos artigos 5º e 220 da Constituição Federal, enfrenta hoje dois tipos de obstáculos que demonstram a necessidade e justificam a criação desta Frente.
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O primeiro está em ações de órgãos do poder público e de entes privados que cerceiam o exercício dessa liberdade pelos cidadãos e cidadãs brasileiras. É preciso, pois, que se criem mecanismos permanentes para denunciar e combater tais ações. O segundo obstáculo diz respeito à falta de regulação do nosso sistema de comunicação e de políticas públicas que promovam e garantam a liberdade de expressão e o direito à comunicação.
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Atualmente, as condições para o exercício dessa liberdade e o respeito a esse direito são muito desiguais, visto que os canais de mídia, elementos indispensáveis à efetivação desse direito, estão concentrados nas mãos de poucos grupos, cuja prática impõe limites à liberdade de expressão em nosso país, além de ser fortemente marcada pela prevalência de interesses privados em detrimento do interesse público. Assim, não basta denunciar e combater ações que atentem contra a liberdade de expressão; é preciso também propiciar meios para que todos os cidadãos e cidadãs brasileiras tenham plenas condições de exercê-la.
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Enquanto houver limitações ou dificuldades de natureza econômica, cultural, social, técnica e política para o exercício desse direito, é dever do Estado desenvolver ações no sentido de garantir que o maior número possível de cidadãos possa produzir, disseminar e acessar informações e cultura. Ademais, a promoção dos direitos à liberdade de expressão e à comunicação é condição para o pleno exercício da democracia em qualquer país. Sendo os meios de comunicação os principais instrumentos de circulação de ideias e valores, espaço de consumo de informação e cultura pelos cidadãos (ãs), devem então refletir a pluralidade e a diversidade da sociedade, pré-requisito da verdadeira democracia.
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A referida Frente Parlamentar conta com a adesão de significativo número de parlamentares das diferentes bancadas partidárias da Câmara dos Deputados, além de uma quantidade expressiva de entidades sociais. Propõe-se a atuar com vistas à democratização dos meios de comunicação, observando os princípios de complementaridade, indivisibilidade, interdependência e não hierarquização dos direitos humanos.
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Enfim, constituir-se-á como um instrumento do poder legislativo e da sociedade brasileira, no sentido de garantir e ampliar os direitos à liberdade de expressão e à comunicação, além de contribuir para o fortalecimento da democracia em nosso país.
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(*) Deputada Federal do PSB por São Paulo.
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FONTE: http://www.viomundo.com.br
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