quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Opinião: ensino privado

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Marja Geneviève (*)
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As poderosas instituições privadas pouco respeitam a legislação brasileira sobre educação e tampouco oferecem uma educação de qualidade a seus alunos. Não possuem o mínimo de docentes no regime de dedicação exclusiva, nem o mínimo de mestres e doutores. O ensino-pesquisa-extensão não é uma prioridade e a produção científica é limitada. Qualidades importantes essenciais para instituições que cuidam do futuro intelectual e profissional do País.
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Algumas instituições privadas chegam a impedir a livre organizações de estudantes, funcionários e professores, e quando o fazem, buscam exercer controle total sobre as entidades. E não podemos deixar de comentar o aumento abusivo de mensalidades e a cobrança de taxas e mais taxas por qualquer motivo.
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Muitas discussões já foram travadas sobre essa questão e resultaram na formulação do PL 7200/06 e todas essas discussões precisam sair do papel urgentemente, principalmente a que enquadra a educação como bem público, para que as instituições sejam inseridas nem projeto educacional que não atenda somente as necessidades do mercado, mas também a sua função social. Um dos avanços do PL foi a caracterização do que é Universidade, Centro Universitário e Faculdade, além da garantia da organização estudantil.
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A principal luta hoje é para avançar na regulamentação das mensalidades. A UNE já apresentou ao Congresso o PL 6489/06, que trata da regulamentação das mensalidades, como prazo de 120 dias antes do término do ano letivo para o anúncio do aumento da mensalidade, instalação de comissão paritária para a negociação com entidades de representação, direito a re-matrícula dos inadimplentes, sem suspensão de provas ou retenção de documentos escolares. É por isso que devemos continuar na luta e assim garantir que a Universidade Privada seja de fato colocada a serviço da sociedade.
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(*) Secretária Geral da JSB-AM e vice-Presidente da UEE-AM.
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FONTE: http://portaljuventude.blogspot.com
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Mais um ato irresponsável

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Beth Torres
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Tornar o próximo governo inviável. Essa tem sido a meta do atual governador da Paraíba, José Maranhão, que vem deixando o interesse público de lado, apenas para se vingar do seu adversário político Ricardo Coutinho (PSB). Até parece que o seu lema passou a ser: vingança em primeiro plano e a população que se dane.
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Desta vez, o peemedebista que passou dois anos no poder sem nomear concursados (algumas nomeações só saíram após determinação da Justiça) decidiu nomear de uma vez só todos os aprovados nos concursados para a Saúde e Agentes Penitenciários. Será que tem recursos para tantas nomeações?
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As nomeações dos concursados deveriam ter sido feitas de forma gradativa, além disso, deveria ter sido realizada uma preparação financeira para tornar viável todos os atos. O concurso deveria ser a única forma de ingresso no serviço público, pois é uma forma de se ter pessoas sem comprometimento político e mais preparadas para prestar um serviço de qualidade à população.
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Vale lembrar que o Executivo Estadual já ultrapassa em quase 6% a determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) de gastos com pessoal, que não pode ser superior a 49%. O Governo Maranhão inchou a folha com comissionados, demonstrando interesse algum nos concursados. Agora, que vai deixar o cargo resolveu nomear todo mundo de uma só vez.
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Para completar a herança maldita, José Maranhão de forma irresponsável, em uma atitude de cunho eleitoreiro, sancionou o projeto que garante reajuste a policiais, bombeiros e agentes penitenciários, que ficou conhecida como a PEC 300. O detalhe é que o peemedebista prometeu aumento sem ter orçamento para isso.
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O Tribunal de Contas do Estado, que acompanha todas as receitas e despesas do Estado, já afirmou que o Governo não tem condições de pagar a PEC 300, uma vez, que não dispõe de orçamento para isso. O presidente do órgão, Nominando Diniz, afirmou que o Executivo descumpre a LRF e que desde maio o TCE alerta para isso.
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Por mais que não se goste de um adversário, tem que pensar em primeiro lugar no povo antes de fazer uma maldade. A população paraibana não precisa ser enganada e nem pagar pela disputa de quem quer que seja. Não é honesto e ético inviabilizar um governo em nome da vingança, pois o maior prejudicado é povo.
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FONTE: http://www.politicapb.com.br
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Juventude e desenvolvimento: um novo tempo

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Danilo Moreira (*)
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Nos últimos oito anos experimentamos um momento especial na história do Brasil. Sob a liderança de um presidente com trajetória fortemente ligada aos movimentos sociais, uma série de temas, antes vinculados exclusivamente à luta destes movimentos, passaram a fazer parte da agenda do Estado Brasileiro. Por meio da criação de Secretarias Especiais, aprovação de leis, implementação de programas governamentais, instalação e fortalecimento de conselhos e realização de conferências, temas como direitos humanos, diversidade sexual, juventude, pessoas com deficiência, igualdade racial e mulheres tornaram-se objeto de políticas públicas, demonstrando que era possível avançar na democratização do Estado, incorporando as demandas por direitos de parcelas significativas da sociedade.
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De uma maneira geral as políticas públicas voltadas para estes segmentos priorizaram ações voltadas ao enfrentamento de situações de extrema vulnerabilidade social a que estavam submetidos estes grupos. Violência contra a mulher, acessibilidade, cotas raciais, combate a homofobia e inclusão social de jovens, só para citar alguns temas, felizmente ganharam destaque no debate público e nas ações de governo. Tais prioridades são compreensíveis e tornam-se ainda necessárias se considerarmos o abismo social existente no Brasil em 2003 e que mesmo com grandes avanços nos últimos anos ainda é uma realidade. Não é mera coincidência que uma das prioridades do Presidente Lula em 2003 foi o combate à fome e um dos principais compromissos da presidente eleita, é a erradicação da miséria; dois estágios diferentes da luta contra as desigualdades sociais.
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Talvez tenha sido a combinação entre inclusão e mobilidade social o fator determinante para que a maioria da população brasileira apostasse na continuidade do projeto iniciado por Lula, elegendo Dilma Rousseff para a Presidência da República. Em oito anos, 24 milhões de brasileiros saíram da pobreza e 36 milhões ascenderam a classe média. Tal situação está inserida em um ambiente economicamente favorável, de fortalecimento da democracia e de surgimento de oportunidades que permitem o nosso país planejar estrategicamente o seu futuro.
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Afinal de contas, a economia em crescimento, um inegável processo de distribuição de renda, as riquezas que podemos extrair com petróleo na camada pré-sal, as possibilidades de melhorias do espaço urbano que poderão ficar como legado da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o ambiente de liberdades democráticas e participação popular não são a projeção de um futuro idealizado, são elementos da nossa realidade e fruto de uma ação consciente das forças políticas que lideraram o Brasil nos último oito anos e que conquistaram nas urnas o direito de seguir liderando nos próximos quatro anos.
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E é exatamente no contexto de um novo ciclo político que se desenvolverá a partir de 2011, que devemos analisar a necessidade da afirmação de um novo paradigma para as políticas públicas de juventude. É indispensável a continuidade de ações que visem o enfrentamento de situações de vulnerabilidade social, da mesma maneira que é oportuno um enfoque diferenciado quando pensarmos em políticas para este segmento populacional. Se no governo Lula iniciativas como o Projovem, Prouni, Pronasci e extensão do benefício do Bolsa Família para jovens adolescentes foram a expressão de uma política pública fortemente voltada para a inclusão social, no próximo governo, esta visão, que prioriza ações para o desenvolvimento da juventude deve ser ampliada e complementada.
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Segundo dados do IBGE e projeções do IPEA, temos hoje a maior população jovem da nossa história em termo absolutos. Algo em torno de 50 milhões de brasileiros e brasileiras entre 15 e 29 anos. Por outro lado temos, neste momento histórico, um número proporcionalmente reduzido de crianças e idosos, em relação a população em idade ativa, o que proporciona uma baixa taxa de dependência econômica. Os especialistas chamam esta situação especial de bônus demográfico.
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Ocorre que a partir de 2030 esta tendência se inverterá pois, fruto das decrescentes taxas de natalidade e do aumento da expectativa de vida, teremos cada vez menos pessoas em idade ativa e cada vez mais dependentes especialmente idosos. Ou seja, os próximos 20 anos serão cruciais se quisermos aproveitar este bônus demográfico e explorar cada vez mais o nosso potencial de crescimento. Por isso que cada ação voltada pra formação educacional e científica, de inclusão econômica e cidadã da juventude hoje, não está simplesmente relacionada aos direitos individuais de uma parcela da população. Tal investimento está umbilicalmente ligado com o desenvolvimento do País. Por isso, mais do que nunca, temos que desenvolver programas em grande escala, sem descuidar da qualidade e de mecanismos de avaliação que incluam os próprios jovens participantes destas políticas e programas.
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Podemos aproveitar a força simbólica das Políticas Públicas de Juventude (PPJs) para impulsionar o debate sobre qual modelo de desenvolvimento queremos para o nosso país. Para quem e para que dever ser revertido os frutos deste desenvolvimento, quais formas e métodos de fazer política para viabilizar a construção deste projeto e, acima de tudo, como estas questões podem adquirir um significado para ação coletiva, cotidiana e transformadora para milhões e milhões de jovens brasileiros(as).
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Temos diante nós uma grande oportunidade para afirmar um novo paradigma que aposte na capacidade e no potencial da juventude. Que ao aproveitar este bonus demográfico, integre as políticas públicas para este segmento, com uma estratégia de crescimento econômico ambientalmente sustentável, nos marcos da sociedade do conhecimento, de promoção da justiça social, de valorização da cultura, da extrema necessidade de uma reforma e renovação da política, enfim, que aposte firmemente em uma política de juventude para o desenvolvimento.
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(*) Historiador, Secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Juventude, foi presidente do Conselho Nacional de Juventude.
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FONTE: http://www.juventude.gov.br
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ricardo e o Encontro com as Redes Sociais

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Edileide Vilaça (*)
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Bem ao estilo do programa Altas Horas, apresentado por Serginho Groisman na TV Globo, será o "Encontro com as Redes Sociais 2010", marcado para a próxima quinta-feira, dia 16/12, a partir das 18h, no Teatro de Arena do Espaço Cultural, lugar que perfeitamente nos remete à arena de Serginho.
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O evento é aberto para tuiteiros, orkuteiros, faceboqueiros e outros que formam as redes sociais. Para participar basta levar 2 Kg de alimentos não perecíveis que serão destinados para três instituições de caridade: Amem, Vila Vicentina e o Lar de idosos de Fabiano Villar.
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De acordo com os realizadores, Xhico Raimerson (publicitário e analista/web) e os twitteiros @polianaericacio, @laylson e @jeanerodrigues, “a proposta é fazer um Encontro leve e que vai além de assuntos políticos”. O tema geral do evento é: "Da campanha 2.0 para o Governo 2.0".
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Programação – A abertura e o encerramento serão embalados por muita Música Eletrônica, sob o comando dos DJs AND'y e Subzero. A programação vai contar com a palestra de Xhico Raimerson, que falará sobre a campanha política nas redes sociais, e em seguida fala o governador eleito, Ricardo Coutinho, que também responderá perguntas com temas livres da plateia em formato 360°.
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Ao vivo – O evento será transmitido "ao vivo" pela web e os internautas irão interagir com os convidados utilizando no Twitter a hashtag #ERS2010. Também podem gravar perguntas, propostas e comentários sobre o futuro Governo, postar no YouTube e enviar o link para o endereço que a coordenação irá divulgar em breve.
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(*) Comunicóloga com especialização em Linguística.
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FONTE: http://construviver.blogspot.com
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Instrumentos financeiros de combate à pobreza

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Luiza Erundina (*)
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O compromisso anunciado pela presidenta eleita Dilma Rousseff, de zerar a miséria até 2014, é promissor, tendo em vista que as ações de combate à pobreza do governo Lula precisam ter continuidade e avançar. Para tanto, é necessário que se criem condições para que a economia territorial de base popular se expanda e se consolide. Reconhecer e fortalecer as práticas financeiras das comunidades pobres contribuirá para emancipar a população excluída do segmento econômico tradicional.
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O acesso ao crédito, entendido como um direito de todo cidadão brasileiro, focado no processo de desenvolvimento econômico em curso no país, demonstra a importância dos serviços financeiros para consolidar o círculo virtuoso da superação da miséria. Todavia, não obstante os esforços do atual governo, as instituições financeiras convencionais não estão aptas a prestar serviços aos produtores e consumidores das classes populares, tais como: movimentar pequenas poupanças; oferecer créditos, financiamentos e seguros; possibilitar a circulação de moedas locais; gerir fundos rotativos; emitir cartões de crédito comunitários, entre outros, o que requer mecanismos financeiros adequados e compatíveis com as condições dos que só lentamente ingressam no mercado de bens e serviços.
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O atual quadro de instabilidade econômica em âmbito mundial comprova que as atividades financeiras no nível local não são objeto da atenção das grandes instituições financeiras, até mesmo as oficiais, que não consideram a economia popular. Prova disso é o fato de os governos destinarem volumosos recursos públicos para evitar um colapso financeiro em escala mundial, enquanto cresce o número de pobres no planeta.
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Em 2007, apresentei um Projeto de Lei Complementar regulamentando o artigo 192 da Constituição Federal (PLP n° 93/2007), com vistas a legalizar e normatizar o funcionamento das iniciativas financeiras populares que existem no país: os Bancos Populares de Desenvolvimento Solidário – organizações civis de âmbito local sem fins lucrativos, e voltados a atender a famílias de baixa ou nenhuma renda, mecanismo de erradicação da miséria.
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Além da aprovação desse Projeto de Lei, é necessário que se crie uma política de estado orientada ao fomento de iniciativas de economia popular, inclusive com a transferência de recursos orçamentários necessários à sua consolidação. Acrescente-se, ainda, a implantação de infraestrutura de comercialização, distribuição, assistência técnica e de gestão para os pequenos produtores. A adoção dessas medidas possibilitará a expansão da economia comunitária que gera renda para as famílias socialmente excluídas.
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Por fim, a aprovação do Projeto de Lei Complementar significará importante instrumento para o governo Dilma concretizar o compromisso de eliminar a situação de miséria em que ainda se encontram milhões de cidadãs e cidadãos brasileiros, completando, assim, a extraordinária obra de justiça social iniciada pelo presidente Lula durante seu mandato.
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(*) Assistente social, ex-prefeita de São Paulo e deputada federal reeleita (PSB-SP). É também autora do Projeto de Lei Complementar (PLP) n° 93/2007, que estabelece a criação do Segmento Nacional de Finanças Populares e Solidárias.
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FONTE: http://www.luizaerundina.com.br
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terça-feira, 7 de dezembro de 2010


Lei do Plano Nacional de Cultura é sancionada
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O deputado Gilmar Machado afirmou nesta segunda-feira (06/12) que o principal mérito do Plano Nacional de Cultura (PNC) é definir claramente o papel de cada ente da federação no apoio à cultura e aos artistas. "Agora, quem quer gravar um CD, fazer dança ou teatro vai ter apoio efetivo e o governo terá de colocar fontes claras de financiamento”, disse. Machado é um dos autores do projeto (PL 6835/06) que deu origem à Lei 12.343/10 – sancionada no último dia 02/12 pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
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A Lei define princípios e objetivos para a área cultural para os próximos dez anos; discrimina os órgãos responsáveis pela condução das políticas para a área; e aborda aspectos relativos ao financiamento. O plano está previsto na Constituição, mas não ainda havia sido regulamentado. A primeira revisão do PNC está prevista para daqui a quatro anos, com a participação da sociedade civil.
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O presidente vetou dispositivo que previa, como uma das estratégias para o setor, a articulação dos órgãos competentes para o uso de critérios relativos à valorização da diversidade cultural na regulação dos meios de comunicação, especialmente na internet e nos sistemas públicos de rádio e televisão. “A matéria exige debate mais amplo e aprofundado, que ainda está em curso no Executivo, no Congresso e na sociedade brasileira, além de fugir ao escopo principal do Plano Nacional de Cultura”, diz a justificativa do veto. No Congresso, tramita, por exemplo, o Projeto de Lei 29/07, que estabelece cotas de conteúdo nacional e independente na TV por assinatura (TV a cabo).
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Conforme o texto, o Plano Nacional de Cultura tem como objetivos, entre outros, universalizar o acesso à arte e à cultura; estimular a presença da arte e da cultura no ambiente educacional; valorizar a diversidades cultural, étnica e regional brasileiras; desenvolver o mercado interno de cultura; e qualificar pessoal para a gestão do setor.
O deputado Rogério Marinho acredita que a medida vai facilitar o acesso a recursos por entidades fora do eixo Rio-São Paulo. O parlamentar, no entanto, diz que o Plano restringe a participação da iniciativa privada neste financiamento: “O Governo Federal tem outras prioridades, além da cultura – como a educação, a saúde e a segurança pública. Então, é importante que se criem mecanismos que permitam à iniciativa privada interagir de forma mais efetiva no financiamento e no estímulo a atividades culturais".
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De acordo com a Lei 12.343/10, o Ministério da Cultura exercerá a coordenadoria-executiva do PNC e será responsável por avaliar periodicamente o alcance das diretrizes e a eficácia do Plano, com base em indicadores nacionais e regionais. Caberá ao ministério também implementar o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC), que deverá coletar e interpretar dados sobre as atividades do setor e as necessidades sociais que permitam a formulação de políticas públicas. O sistema fornecerá estatísticas, indicadores e outras informações relevantes sobre a demanda e a oferta de bens culturais.
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O principal mecanismo de fomento às políticas culturais deverá ser o Fundo Nacional de Cultura (FNC), por meio de seus fundos setoriais. Já o financiamento do Plano Nacional de Cultura deverá estar previsto nos planos plurianuais e nas leis orçamentárias. A ideia do projeto surgiu após as discussões da "1ª Conferência Nacional de Cultura", realizada em Brasília-DF, no ano de 2005.
7ª Bienal de arte e cultura da UNE
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A "7ª Bienal de arte e cultura da UNE", maior e mais aguardado festival estudantil da América Latina, dará início no próximo mês de janeiro, a uma série de grandes eventos sediados pela capital carioca. Os seis dias de Bienal (18 a 23 de janeiro de 2011) terão atividades culturais, científicas e esportivas espalhadas por diversos espaços da "Cidade Maravilhosa". Desse modo, a Bienal promete o diálogo entre cultura, ciência, esporte e outras manifestações da juventude.
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O evento tem o objetivo de reunir as diversas juventudes do Brasil e do continente em uma grande mostra transversal de diversas áreas, consolidando-se hoje como o principal instrumento para o mapeamento e difusão da produção desenvolvida por jovens de todo o país. Além disso, a Bienal sempre apresenta um qualificado rol de convidados especiais entre pensadores, artistas, ativistas e outras figuras públicas em uma programação de debates, grandes shows, exposições e atos públicos.
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Cerca de 10 mil jovens de todas as regiões do Brasil e também do exterior participarão de uma intensa programação de atividades culturais, científicas e esportivas em diversos espaços da capital. A Bienal, que completa 12 anos de experimentação e valorização da identidade nacional, traz desta vez o tema “Brasil no estandarte, o samba é meu combate”. A coordenação da 7ª Bienal informa que estão abertas até o dia 15/12 as inscrições para todos que queiram apresentar seus trabalhos em uma das seguintes categorias da Bienal: artes integradas, música, artes cênicas, audiovisual, artes visuais, literatura, ciência & tecnologia, mostra CUCA (Centro e Circuito Universitário de Cultura e Arte) e atividades autogestionadas. Para fazer sua inscrição online clique aqui: http://bienal.startpro.com.br/form
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"Brasil no estandarte, o samba é meu combate"
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Em suas edições anteriores, as bienais já pautaram a herança africana na cultura do país, os vínculos do Brasil com a América Latina, a cultura popular e as raízes de formação do Brasil. O samba aparece agora, naturalmente, em meio a tal caminho, sintetizando um pouco de todas essas referências em uma manifestação que se tornou, praticamente, sinônima do nome da nação em sua dimensão complexa, festiva, crítica, criativa e redentora. O tema “Brasil no estandarte, o samba é meu combate” abandona, corajosamente, o medo de que o Brasil termine em um imenso carnaval, sem prazo para a última batida. Já participaram da Bienal personagens como Gilberto Gil, Oscar Niemeyer, Ariano Suassuna, Ziraldo, Jorge Mautner, Racionais MCs, Serginho Groisman, Abdias do Nascimento, Aleida Guevara, Chico César, Nação Zumbi, Jards Macalé, Alceu Valença, Marcelo D2, Orlando Silva Júnior, Martinho da Vila, Beth Carvalho, Lenine, O Rappa, Tom Zé, Mr. Catra e Naná Vasconcelos.
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A boa notícia é que a Lapa, bairro que receberá grande parte da programação da Bienal, vai estar de cara nova até o início do festival. Isso porque a moldura de um dos cenários mais efervescentes e boêmios do Rio de Janeiro, o conjunto dos Arcos da Lapa, passa por uma grande reforma promovida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O empreendimento junta técnicas e materiais de construção do início do século XVIII à moderna tecnologia de disseminação da informação do século XXI.
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A reforma pode ser acompanhada através de um site (
www.arcosdagente.com.br) que divulga, entre outras informações, o andamento das obras através de diversas redes sociais, como blogs, Twitter, Facebook e MySpace. A ideia de apostar nas redes sociais é bem interessante: vem do desejo de atingir, principalmente, o público jovem que frequenta muito a noite da Lapa, mas pouco sabe sobre a história dos Arcos, que originalmente faziam parte do sistema de distribuição de água da cidade. O Aqueduto da Carioca foi construído em 1723 e é um dos mais importantes dos 200 monumentos tombados e protegidos pelo Iphan.
Os socialistas e seu papel pós-eleição 2010
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Márcia Rebeca (*)
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Nós socialistas acreditamos que a transformação do Brasil só acontecerá a partir da ampliação dos direitos sociais, da superação das injustiças. Com maior participação do povo na construção dessas conquistas e amplo espaço para o diálogo como único meio eficaz para a realização desses desejos. E já podemos perceber que essa fórmula pode ser colocada em prática observando a transformação com os oito anos de governo do Presidente Lula, período em que as desigualdades que ainda assolam o povo brasileiro, diminuíram de forma vertiginosa. Fruto do início da abertura do debate do Governo Federal com a sociedade.
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Os efeitos não serão sentidos em pouco tempo, mas as marcas que construímos neste período vão ficar para história, pois não aconteceram em qualquer governo, mas sim, no de um metalúrgico, semi-alfabetizado que entrou no Palácio do Planalto nos braços dos seus semelhantes. O povo! E veremos ainda mais agora com a eleição de Dilma, a primeira mulher a chegar a Presidência da República, período que será marcado pela consolidação dos avanços e o empenho que garantirá a erradicação da pobreza em nosso país. É o Brasil ficando com cara de Brasil, com a cara do índio, do negro, da mulher, do jovem, do idoso.
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A população, a partir do momento que enxerga seu papel de agente social, de contribuição para o desenvolvimento do país, passa a ter papel fundamental na formulação e fiscalização de políticas públicas. E este é o grandioso papel que nós socialistas temos que estimular ainda mais. Trabalhando para que a população em geral alcance esta visão participativa, de modo que as ações coletivas sejam decisivas para a garantia de condições dignas de vida para toda a sociedade e em especial para os jovens, segmento da sociedade que precisa de condições prioritárias, pois se encontra numa transição de fases. Essa não é uma tarefa fácil.
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Parte da população brasileira ainda esta acostumada com uma das práticas mais terríveis no meio político, que é a corrupção de eleitores. Preferem receber um benefício pessoal a analisar, refletir e compreender o quanto pode interferir na sua vida uma escolha acertada na eleição. E coloca em risco a garantia de um futuro voltado ao desenvolvimento humano e social em troca de um botijão de gás que não estará cheio no próximo mês por culpa dos mesmos corruptos que por hora compram-lhe o voto.
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Por isso nós, socialistas, devemos nos empenhar para construir uma atuação e intervenção direta na sociedade de modo que esta realidade seja alterada num futuro próximo. É organizando pequenos debates, na militância diária e incansável que conseguiremos transformar a sociedade. Nossa capacidade de mobilização está em franco fortalecimento, somos o partido que melhor se saiu das urnas e isso é reflexo da credibilidade adquirida e do bom trabalho desempenhado por nossos representantes, mas, acima de tudo do bom trabalho executado por nós no dia-a-dia de construção. Nosso crescimento nas urnas é reflexo do nosso crescimento nas instâncias de participação como o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, além de diversas outras frentes do movimento popular. Ainda temos muito por fazer!
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É nossa ação nesses instrumentos de participação popular, nas conquistas garantidas, como a aprovação da PEC da Juventude, bandeira empunhada pela JSB na "1ª Conferência Nacional de Juventude", que contribuem para o nosso crescimento. Esse é o nosso jeito de fazer política, chamando todas e todos para o debate, devendo esta ser a nossa principal marca onde somos governo. O debate não pode deixar de existir para que possamos, constantemente, elaborar nosso programa mínimo de governo, um governo participativo. Somos grandes e todos precisam olhar para os nossos feitos e dizer: "foi o PSB que fez!"
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A identidade, a força e a mobilização que temos no movimento social precisam ser mantidas para que possamos ganhar mais corações e mentes, levantando nossas bandeiras de luta, reivindicando diretos, sobretudo daqueles que são minoria dentro da sociedade. Se for preciso radicalizar nas ações, que radicalizemos. O importante é garantir a conscientização popular para ocupação dos mais diversos espaços de debates e que desde já possamos combater os maus políticos e ajudar na construção de um Brasil melhor, onde todas e todos tenham igualdade de condições para a garantia de um futuro promissor para si e para suas famílias.
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(*) Secretária de Juventude do PSB-AM.
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FONTE: Lista JSB no Movimento Estudantil.
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Festival Mundial da Juventude
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O 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes (FMJE) será em Johanesburgo, África do Sul, entre 13 e 21 de dezembro, sob o tema "Por um Mundo de Paz, Solidariedade e Transformações Sociais, derrotemos o imperialismo!".
O evento é uma das principais expressões das lutas antiimperialistas, antifascistas e anticoloniais conduzidas por jovens. A realização do Festival pela primeira vez na África sub-saariana, em um país que vive importantes transformações e joga um relevante papel na geopolítica mundial, deve incrementar o caráter do evento: além de antiimperialista, este Festival pautará com força a luta da juventude pelas transformações sociais e o mundo em transição, além das questões raciais e de migração.
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Organizado pela Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD) juntamente com a União Internacional dos Estudantes, o 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes será o espaço para o intercâmbio de ideias e experiências, e constituirá uma plataforma para reunir esforços e intensificar as lutas nos países dos jovens participantes. Com 63 anos de tradição, o festival se consolidou no roteiro de organizações que lutam pela paz no cenário internacional.
.No evento são discutidos temas de interesse da juventude mundial como educação, emprego, esporte, cultura, saúde, entre outras inúmeras atividades de intercâmbio social, também exposições, concursos artísticos e torneios esportivos. Na pauta também haverá espaço para reflexões sobre a importância das potências médias no cenário mundial, transformações sociais e análise de experiências de países de expressão na geopolítica mundial.
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A delegação brasileira - que inclui membros do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), da Juventude Socialista Brasileira (JSB) e outras organizações juvenis, como UNE/Ubes - espera discutir o papel da participação brasileira no evento e aprofundar as relações com os países africanos, principalmente nas áreas econômica e cultural, além de avançar na solidariedade e integração entre os povos e socializar a experiência do País, na construção de um mundo de paz, com transformações sociais.
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O festival nasceu em 1947, no contexto do mundo pós Segunda Guerra, e logo tornou-se o maior encontro das juventudes progressistas, assumindo importante papel na organização dos jovens , do mundo, pela paz, contra a guerra, por solidariedade entre os povos e contra o imperialismo. Na ocasião, teve como eixo central a denúncia dos crimes cometidos pelo nazifacismo. De lá para cá, o Festival percorreu os continentes europeu, asiático, africano e latino americano. O mais recente foi organizado na cidade de Caracas, capital da Venezuela, em agosto de 2005. Esta será a primeira vez que o evento ocorrerá na África subsaariana.
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O festival deve reunir mais de 20 mil jovens no mês de dezembro no distrito de Soweto, bairro no subúrbio de Johanesburgo, que ficou mundialmente conhecido como palco de resistência anti-racista na luta contra o Apartheid, como foi o Massacre de Soweto em 1976, quando houve uma repressão policial a uma passeata estudantil com mais de 10 mil participantes. A África do Sul também foi o foco de atenção de todo o mundo por sediar a Copa do Mundo de Futebol, em junho deste ano, vencida pela Espanha.