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segunda-feira, 11 de julho de 2011

A reinvenção da política


Rodrigo Savazoni
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Das manifestações no Irã pela liberdade de expressão, via Twitter, aos recentes episódios de mobilização cidadã na Espanha, país onde, desde o dia 15 de maio, milhares de pessoas tomaram as ruas para exigir democracia, são cada vez mais explícitos e frequentes os exemplos de que as tecnologias libertárias, apropriadas pelas pessoas e pelas redes, transformam a forma de se fazer política. No Brasil, uma nova geração de ativistas conectados à Internet está criando os movimentos sociais do século XXI. Por meio de ações de construção democrática e métodos em geral provocativos, esses agrupamentos contemporâneos começam a confrontar as forças estabelecidas. Aqui, no entanto, a conjuntura difere da do Oriente Médio ou da Europa, onde a falta de democracia e a crise econômica estimulam a insatisfação popular. O Brasil atravessa o melhor momento de sua história, com estabilidade democrática, crença nas instituições e uma inédita inclusão econômica. O que há, então, em comum entre os movimentos brasileiros e o de seus pares internacionais? O que querem, afinal, esses novos agrupamentos sociais?
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Não são perguntas fáceis. A primeira característica comum desse movimento de caráter internacional é o fato de serem articulações cuja origem não está nas estruturas partidárias, sindicais ou mesmo nos movimentos sociais surgidos nas três décadas anteriores. São, acima de tudo, forças articuladas em rede, com forte influência do uso das novas tecnologias de informação e comunicação. Há de se considerar também que são grupos que não se prendem a filiações ideológicas rígidas. Sua marca é a ação. Pode-se tentar compreendê-los buscando referências na esquerda libertária, mas boa parte de seus participantes também não se furta a buscar métodos e símbolos na cultura corporativa. Há uma forte conexão com o altermundismo, o movimento por uma outra globalização que se espraiou no final dos anos 1990 e no início da primeira década do século XXI, mas somente essa filiação não explica o que está ocorrendo.
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Se aproximarmos nossa lupa, veremos que é útil buscar respostas na cultura digital, que, conforme nos explica o professor André Lemos, da Universidade Federal da Bahia, é a cultura que se forja a partir do surgimento da internet e da popularização da microinformática, processos iniciados no final dos anos de 1970. Essa cultura, baseada na recombinação e na colaboração, foi se alastrando pelo planeta e produziu um curto-circuito em todas as esferas: comportamento, economia, artes, mídia e, evidentemente, política. A percepção dessas transformações, com a massificação das tecnologias, só faz crescer. Conforme explica o professor Javier Bustamante Donas, em artigo para o livro Cidadania e Redes Digitais, organizado pelo sociólogo Sérgio Amadeu da Silveira, essas tecnologias não são apenas “uma ferramenta de descrição da realidade, mas de construção da mesma”. Técnica e política, portanto, não podem ser observadas em separado.
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Interessante notar que o objetivo desse movimento “tecnológico” é a radicalização da política e da democracia, que vêm sendo paulatinamente aprisionadas pelos interesses econômicos e pelas posturas corporativas da classe política tradicional. Não à toa, surge nesse contexto a questão da transparência, em suas múltiplas acepções. No Brasil, um dos mais interessantes e combativos movimentos contemporâneos é a comunidade Transparência Hacker. Iniciado há quase dois anos, o grupo ganhou notoriedade quando, utilizando-se de uma prerrogativa aberta pela presidência da República do Brasil, clonou o blog do Planalto, que fora lançado sem permitir aos usuários interagirem com o conteúdo. Para evidenciar que o diálogo é a essência da rede, os ativistas hackers criaram uma página semelhante à oficial, a qual reproduzia integralmente os conteúdos originais, com o diferencial de permitir comentários sem qualquer moderação. Ganharam o mundo.
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“Eu gosto de pensar que somos ativistas do direito de fazer. É bizarro perceber a quantidade de impossibilidades a que grupos e indivíduos são submetidos quando querem provocar mudanças”, afirma Daniela Silva, da Esfera e da Casa da Cultura Digital, uma das criadoras da comunidade Transparência Hacker (#THacker). A comunidade na qual atua conta com apoio do escritório brasileiro do W3C, a instituição criada por Tim Berners Lee para manter a web aberta e livre, e já tem em sua lista de discussão mais de 500 membros, entre ativistas, jornalistas, programadores e gestores públicos. Daniela destaca que não existem regras prévias de participação, mas sugere que a “colaboração, liberdade, autonomia, ética hacker, abertura para formas novas de agir e de pensar sobre o mundo, valores políticos emergentes e mutáveis (ou mutantes) e um certo gostinho pela provocação” são as principais características do movimento.
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A jornalista e ativista recorda que foi justamente quando clonaram o Blog do Planalto que ela e seu grupo puderam sentir a força das redes. Aquilo que começou como uma pequena provocação ganhou notoriedade por evidenciar um jeito de agir que rompia com o tradicional. “Tinha gente da esquerda nos odiando de um lado, e gente da direita odiando mais do outro. Conservadores tarimbados acharam uma graça absurda daquele ato desmedido de liberdade. Libertários ferrenhos pediam nossa cabeça no Trezentos (blog que reúne uma ampla comunidade de defensores do compartilhamento do conhecimento). Uma grande quantidade de pessoas admiráveis achou o máximo”, relembra. Ela pontua que essa ação só foi possível porque o governo Lula adotara o Creative Commons como licença de conteúdo, numa iniciativa pioneira mundialmente. Foi, portanto, o próprio Planalto, a sede do governo brasileiro, que providenciou os meios técnicos para a provocação.
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Software Livre, Cultura Livre
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Voltando à investigação sobre a essência dos movimentos da cultura digital, é preciso recuperar o conceito de software livre, pois é por meio dessa articulação pioneira que o espírito de nossa época começa a se delinear. No início dos anos 1980, um grupo de engenheiros liderados por Richard Stallman criou a Free Software Foundation (FSF), organização com o objetivo de defender a colaboração e o compartilhamento quando os softwares começavam a se tornar instrumentos de enorme ganho financeiro. Para maximizar seus vencimentos, as empresas de tecnologia começaram a adotar patentes e mecanismos de proteção de propriedade intelectual, contrariando assim a essência do desenvolvimento científico, que é baseado na evolução a partir do conhecimento acumulado. Para “amarrar” a liberdade de compartilhar ao modelo de licenciamento, a FSF criou um modelo alternativo (a licença GPL), que passou a ser utilizada pelos desenvolvedores no mundo todo. Essa ação, aparentemente técnica, embutia um confronto político que cresceria desde então: o da luta contra a propriedade na era do conhecimento.
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Essa visão de superação da propriedade privada é comum a todo movimento de cultura digital, e foi estabelecida como diretriz pelos ativistas que, em 2003, participaram da elaboração dos Pontos de Cultura. Convidados a trocarem informações com o poder público, esses agentes propuseram construir em conjunto com os criadores populares noções de compartilhamento do conhecimento e uso do software livre. Essa história vem sendo recorrentemente contada, justamente por ser um caso de sucesso. Pouca gente sabe, no entanto, que na base desse movimento havia uma rede organizada, em processo de construção, que até hoje se constitui como um repositório de ideias inovadoras. Trata-se da rede Metareciclagem.
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“A metareciclagem é mais um foco de potência de ação política – porque as pessoas trocam entre si – do que uma instância política autônoma, que tenha uma coerência”, explica o ativista Felipe Fonseca, um dos remanescentes daquele grupo que formulou o kit multimídia dos Pontos de Cultura e que lançou recentemente o livro Laboratórios do Pós-Digital, disponível para download. “É um espaço de diálogo entre diferentes formas de ambientação política. Isso configura uma forma de ação política em si, mas é muito difícil de tratar dentro da experiência da política tradicional”. Ativa há oito anos, a rede segue produzindo inspiração e articulação. O ponto de contato é estabelecido por meio de uma lista de discussão e da plataforma da comunidade, cujo endereço é www.metareciclagem.org
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FONTE: http://www.revistaforum.com.br
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ricardo e o Encontro com as Redes Sociais

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Edileide Vilaça (*)
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Bem ao estilo do programa Altas Horas, apresentado por Serginho Groisman na TV Globo, será o "Encontro com as Redes Sociais 2010", marcado para a próxima quinta-feira, dia 16/12, a partir das 18h, no Teatro de Arena do Espaço Cultural, lugar que perfeitamente nos remete à arena de Serginho.
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O evento é aberto para tuiteiros, orkuteiros, faceboqueiros e outros que formam as redes sociais. Para participar basta levar 2 Kg de alimentos não perecíveis que serão destinados para três instituições de caridade: Amem, Vila Vicentina e o Lar de idosos de Fabiano Villar.
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De acordo com os realizadores, Xhico Raimerson (publicitário e analista/web) e os twitteiros @polianaericacio, @laylson e @jeanerodrigues, “a proposta é fazer um Encontro leve e que vai além de assuntos políticos”. O tema geral do evento é: "Da campanha 2.0 para o Governo 2.0".
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Programação – A abertura e o encerramento serão embalados por muita Música Eletrônica, sob o comando dos DJs AND'y e Subzero. A programação vai contar com a palestra de Xhico Raimerson, que falará sobre a campanha política nas redes sociais, e em seguida fala o governador eleito, Ricardo Coutinho, que também responderá perguntas com temas livres da plateia em formato 360°.
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Ao vivo – O evento será transmitido "ao vivo" pela web e os internautas irão interagir com os convidados utilizando no Twitter a hashtag #ERS2010. Também podem gravar perguntas, propostas e comentários sobre o futuro Governo, postar no YouTube e enviar o link para o endereço que a coordenação irá divulgar em breve.
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(*) Comunicóloga com especialização em Linguística.
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FONTE: http://construviver.blogspot.com
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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

JSB nas redes sociais
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Bertrand Sousa (*)
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O fato que motivou a produção deste artigo teve origem em uma das redes sociais em que a nossa Juventude Socialista Brasileira (JSB) participa: o Twitter. Segundo estudos, o site deve se tornar a maior rede social do mundo em 2012, alcançando a impressionante marca de 1 bilhão de usuários. E pensar que há alguns meses fazia pouco caso da ferramenta, pois não a utilizava. Voltando ao assunto, a hashtag #JSBonline – etiqueta, marcação ou palavra-chave usada no Twitter – nos levou a refletir e fazer algumas ponderações sobre a presença e, principalmente, a participação da JSB nas redes sociais.
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Até comentei com a @marciarebeca: “A JSB tem uma hashtag e ninguém me avisa?” Desse modo, acredito que devemos aumentar nossa presença no Twitter com a utilização mais frequente do perfil oficial @JSB40 (http://twitter.com/JSB40). Talvez o compartilhamento da senha com duas ou três pessoas, que tenham disponibilidade em horários diferentes, resolva a questão. Sugiro ainda que façamos uma Twitcam mensalmente – transmissão “ao vivo” no Twitter através de webcam. Essa iniciativa tem trazido bons resultados (audiência) pra muita gente. Podemos tentar também!
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Quanto a nossa comunidade no Orkut – rede social mais popular no Brasil – também precisamos atualizar sempre que possível. Desde o final de setembro que ninguém escrevia nada nos tópicos. Mas, sabemos que assuntos para discutir não faltam! Então, vamos lá companheiros(as), ao debate das ideias... que se transformam em ações mediante a luta cotidiana. Lembrando que a comunidade também serve para divulgar os eventos realizados pela JSB em todo Brasil. Vamos utilizar galera! http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=51850
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No que diz respeito ao Facebook, maior rede social do planeta atualmente, não sei como anda nossa participação. Se alguém puder dizer algo a respeito será importante, complementando, assim, nossos escritos. Por outro lado, temos uma comunidade Ning que vem sendo pouco utilizada também: http://jsbrasileira.ning.com Cabe ao pessoal que administra, @s moderador@s e tod@s usuári@s animarem as coisas por lá, publicando mais conteúdo.
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O que tem funcionado bastante (e muito bem!) são as tradicionais listas de discussão. As principais que utilizamos são: http://www.grupos.com.br/group/jsbunificada e a outra sobre o Movimento Estudantil: http://www.grupos.com.br/group/jsbme Um simples cadastro na rede Grupos.com.br e passamos a receber todas as informações diretamente por e-mail, além de poder enviar mensagens para todos(as) e dialogar sobre temas atuais que envolvem a JSB e nosso Partido.
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Para quem gosta de comunicação em tempo real, através de mensagens instantâneas - no MSN, por exemplo - temos o canal mgroup70449@hotmail.com Quem ainda não usa, basta adicionar esse endereço normalmente nos seus contatos do MSN. Militantes do Brasil todo se reúnem por lá, mas nem conversamos muito. Para tornar a ferramenta mais útil e participativa, poderíamos marcar reuniões e debates on-line periodicamente, encurtando as distâncias, afinando o discurso coletivamente.
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Sobre a nossa presença no YouTube, devemos investir em dois aspectos: quantidade e qualidade do material divulgado, criando um canal de abrangência nacional, que reúna todos os vídeos da JSB. Provavelmente temos militantes valorosos(as) que estudam publicidade, propaganda, rádio, TV e cinema, nas universidades espalhadas pelo País. Seriam as pessoas mais indicadas para produzir novos vídeos sobre a JSB em cada um dos Estados, em todas as capitais e cidades onde temos forte atuação. Outra possibilidade seria o custeio pelo Partido de produções profissionais, específicas para a JSB, feitas por agências de publicidade e propaganda. Aí sim, valeria a pena postar no YouTube...
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O texto vai chegando ao fim, mas ainda dá tempo de destacar nossos blogs, começando pelo http://portaljuventude.blogspot.com que faz parte da rede Blogger.com e tem funcionado como portal oficial da JSB, visto que o antigo site http://www.jsb.org.br está praticamente aposentado. Entretanto, temos ótimos blogs da JSB também nos estados – de Norte a Sul e no País inteiro – atualizados com frequência e oferecendo conteúdos relevantes. Falando nisso, aproveito para divulgar o nosso: http://jsbjp.blogspot.com Acessem, comentem e divulguem, por favor!
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Todas as considerações feitas até aqui servem para nossa conscientização sobre o poder que as redes sociais têm hoje e terão no futuro da Internet brasileira: antes, durante e depois dos períodos eleitorais. Analistas afirmam, inclusive, que um dos principais fatores que levaram as eleições presidenciais deste ano para o segundo turno foi a mobilização das pessoas nas redes sociais, defendendo as propostas de seus candidat@s e atacando @s adversári@s em alguns momentos. Enfim, temos que refletir sobre tudo isso e ampliar nossa presença e participação na web, sempre de forma combativa e verdadeira. Saudações socialistas!
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(*) Jornalista e secretário de comunicação da JSB-JP.
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