domingo, 28 de março de 2010

Frente em Defesa da Ciência e Tecnologia
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Letícia Alcântara
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Com a presença do Ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende (PSB), a Câmara iniciou as atividades da Frente Plurissetorial em Defesa da Ciência, Tecnologia e Inovação. O objetivo do grupo, criado no ano passado, é articular ações governamentais para o desenvolvimento científico e tecnológico e ampliar a capacidade de inovação no País.
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A Frente é composta por membros do legislativo; do Executivo federal; do setor empresarial; e entidades ligadas às áreas científica e tecnológica. “A intenção é envolver diversos setores da sociedade para facilitar o processo de articulação de ações e ampliar também a capacidade de inovação no País”, declarou o deputado Júlio Semeghini, coordenador da frente.
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O ministro Rezende (foto acima) relatou as dificuldades que enfrentou como pesquisador, nos 40 anos de carreira científica, pela falta de políticas e recursos na área. Destacou ainda que essa situação se inverteu nos últimos 15 anos. “Nós estamos vivendo um momento bom. A ciência e tecnologia foi colocada na pauta principal do Congresso Nacional”, ressaltou, lembrando que, há 11 anos foi aprovado o primeiro fundo setorial, o Fundo do Petróleo. Depois várias propostas foram aprovadas para outros fundos com grande rapidez (hoje são 16). Sergio Rezende defendeu o acesso de pequenas e médias empresas a créditos para inovação científica de forma desburocratizada. "Só assim as empresas poderão colocar a pesquisa como parte do processo produtivo, criando uma cultura de inovação no Brasil", afirmou o ministro.
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O líder do PSB na Câmara Federal, deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) destacou que é importante garantir a completa execução orçamentária dos recursos disponíveis, para garantir um volume cada vez maior de recursos a cada ano para o setor. “Um dos trabalhos da Frente é identificar os gargalos que estão impedindo que os recursos destinados à inovação sejam executados”. De acordo com o parlamentar, em 2008, apenas 56,7% dos recursos destinados ao Fundo Setorial foram executados.
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O parlamentar afirmou ainda que o Brasil deve ampliar significativamente sua base educacional, aumentando o número de mestres e doutores, sob o risco da indústria do petróleo recrutar grande parte da mão-de-obra especializada do país. “Isso prejudicará outras áreas do conhecimento e atividades industriais igualmente importantes para a nação”.
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Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro (PTB-PE), também convidado para o evento, o sistema de fomento à inovação é pouco eficaz e não incentiva a participação das empresas privadas na pesquisa científica. "A excessiva burocracia e ineficiência compromete a competitividade internacional", disse.
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FONTE: http://www.psbnacional.org.br
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