terça-feira, 25 de maio de 2010

Juventude e violência na Paraíba
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Ziza Maia (*)
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A violência vem sendo tratada pelos governos conservadores, como é atualmente o caso da Paraíba, como um problema que tem raça e faixa etária definida; criminalizando, sobretudo, os jovens negros. Nós, integrantes da Juventude Socialista Brasileira (JSB), entendemos que essa visão retrógrada só alimenta o processo discriminatório, reproduzindo ainda mais a violência.
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Estamos preocupados com os altos índices de violência registrados em nosso Estado, principalmente na Capital, uma vez que os dados contidos no “Mapa da Violência 2010” mostram João Pessoa como a 4ª capital mais violenta do País. Também destacamos, de forma ainda mais preocupante, o aumento da violência contra jovens mulheres e jovens homossexuais.
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A JSB da Paraíba se propõe a debater e construir coletivamente alternativas e políticas públicas que possam reduzir drasticamente estas estatísticas. Neste contexto, reaparece a discussão sobre a Redução da Maioridade Penal, um projeto completamente inviável para a realidade brasileira – de acordo com nosso entendimento. Inclusive, essa proposta deveria ser retirada definitivamente da lista de soluções e dos debates na Câmara Federal sobre a criminalidade no País.
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A questão do crack, cada vez mais consumido por nossos jovens, e sua relação com o aumento da violência é outra pauta fundamental nos dias de hoje. Entendemos que esta droga, de alto poder destrutivo, não pode continuar sendo tratada na Paraíba como uma questão restrita a esfera criminal. Deve ser encarada principalmente como problema (grave) de saúde pública, que necessita de tratamento urgente e intensivo, com respostas rápidas do sistema hospitalar existente, inclusive adotando medidas de redução de danos.
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Por outro lado, os jovens precisam parar de serem tratados pelo Estado como sujeitos(as) causadores(as) da violência, passando a condição de vítimas principais desta tragédia social. Não a criminalização da juventude! Para enfrentar a situação caótica que atingimos, deve-se implantar – o mais breve possível – um conjunto de políticas públicas reais e efetivas por parte do Governo Estadual, combatendo o problema da violência em diversas frentes de atuação. Só assim poderemos mudar esta realidade.
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(*) Secretária Nacional de Gênero da JSB.
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