sábado, 7 de agosto de 2010

Ricardo e a política de alianças
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Alexandre Urquiza (*)
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A trajetória do prefeito Ricardo Coutinho sempre foi marcada pela superação de obstáculos colocados por aqueles que, através de questionamentos, visavam na prática impedir o seu crescimento no cenário político paraibano.Sua candidatura para vereador em João Pessoa não foi considerada prioridade para o Partido dos Trabalhadores na época, apesar da visível aceitação popular. Outros sete candidatos do PT foram considerados prioritários e, ao final do processo, todos eles ficaram com um resultado eleitoral aquém de Ricardo.
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Logo em seguida, Ricardo confirma a sua liderança com a reeleição, a maior votação proporcional que um vereador já teve na nossa cidade. O reconhecimento da sua liderança e do seu trabalho foi reafirmado pelo povo na condição de deputado estadual mais votado na cidade de João Pessoa. Na época, pela perspectiva de vir a ser o mais votado do Estado, começaram as primeiras especulações públicas sobre a sua imagem. A trajetória de sucesso do parlamentar, ainda petista, que agregava cada vez mais a atenção e o respeito da população, provocou uma série de reações que incluem o ataque à imagem pessoal, taxando-o de individualista. Ocorre, na verdade, diante de uma carreira política cada vez mais forte e consolidada, uma reação permeada pelo ciúme por parte daqueles que não conseguiam editar sequer a própria vitória.
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A decisão inicialmente traumática de desligamento do Partido dos Trabalhadores prenunciava para alguns o fim da carreira política. No entanto, tais críticas esqueceram que a arena política se sustenta e se renova com a presença de políticos sérios e comprometidos, como é o caso de Ricardo Coutinho.
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A fácil aceitação e imediata identificação da população de João Pessoa com a candidatura do Deputado Ricardo Coutinho à Prefeitura da capital aproximou inclusive velhos adversários políticos. Construiu-se a aliança com o PMDB, quando Ricardo já tinha sido líder da oposição ao Governador Maranhão. Foi um passo que revelou maturidade política quando Ricardo, visivelmente o nome mais forte para a prefeitura da capital, compôs com o PMDB, através do nome do deputado Manoel Júnior para vice-prefeito.
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Na época, era voz corrente que o caráter tradicional e fisiológico do PMDB iria comprometer o desempenho da candidatura de Ricardo. Além disso, no caso de vitória, também especulava-se sobre a possibilidade de Ricardo ser engolido pelo mesmo, transformando em fiasco toda a trajetória política do jovem parlamentar.
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Na prática, Ricardo colocou a sua marca na administração pública. Revelou-se um excelente administrador, impôs um ritmo de recuperação e de investimentos na cidade, jamais visto, reverteu completamente a expectativa inicial de um administrador refém do PMDB e passou a ser visto como um político autônomo e capaz de implementar e conduzir o projeto aprovado nas urnas pela cidade de João Pessoa.
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A grande surpresa ficou no fato de que pela primeira vez na política da Paraíba, um político começou a fazer exatamente aquilo a que se propôs, ou seja, apresentou um projeto para a sociedade, foi aceito e começou a colocá-lo em prática. Criou o orçamento democrático e na prática dividiu o poder com a população; implementou o terminal de integração e com essa ação, contrariou interesses, sempre primando por um encontro de contas onde a sociedade fosse a beneficiária final. Através do seu trabalho, conquistou ainda mais as camadas populares e também empresários.
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O Empreender-JP foi um passo marcante. É, na prática, o município assumindo para si como ação concreta, uma política de geração de renda que toda vida foi debitada na conta do governo federal. Ricardo instituiu a praça como política pública, enfrentou o problema da ocupação do espaço público, investindo em locais adequados para o comércio ambulante. Criou a política de habitação popular com 5 mil casas em quatro anos e meio; o Mercado Central; o hospital de Trauma de Mangabeira; fez a reforma no hospital Santa Isabel; as unidades do PSF; os campos de pelada devidamente estruturados; criou novas escolas municipais; instalou a política para a juventude; os equipamentos esportivos nas praças. A constatação mais surpreendente é a de que todo investimento, por maior impacto financeiro que tenha, tem como endereço prioritário a periferia da capital.
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Ricardo Coutinho segue crescendo politicamente. Mostrou na prática que sabe legislar e governar. Diante de todo o seu trabalho, da sua maturidade, do seu crescimento político, novas questões são colocadas. Para Ricardo, novas possibilidades de melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem no Estado da Paraíba.
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Para os opositores, resta o trabalho de reeditar as velhas críticas, a despeito do que a cidade vê. Continuam batendo na mesma tecla: “ele é individualista”. Diante do governo mais popular que João Pessoa já viu, diante das melhorias ocorridas em toda a cidade, sobretudo na periferia da Capital, é impossível acreditar que o seu governante só pensa em si!
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Ricardo Coutinho segue a sua trajetória política como começou: trabalhando seriamente, com coerência e determinação, para fazer avançar um projeto democrático e popular. E cada vez mais, pela sua credibilidade, pelo que mostra na prática, conquista mais adeptos, desde as pessoas mais humildes até aqueles que possuem uma trajetória política no Estado. Aliança se faz assim, pelos resultados obtidos no trabalho.
Se hoje Ricardo Coutinho tem a simpatia de diferentes pessoas e grupos políticos, é porque cada vez mais existe o reconhecimento público de que o seu governo é diferente, realmente é a materialização de um projeto popular. Esse é o verdadeiro sentido de uma aliança: a rendição diante de uma gestão que colocou na prática tudo aquilo que foi anunciado durante a campanha eleitoral.
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(*) Membro do Diretório Nacional do PSB.

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