sábado, 27 de dezembro de 2008

O Movimento Estudantil
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Railan Costa (*)

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Na década de 60, participar do Movimento Estudantil (ME) era, acima de tudo, correr riscos. Risco de perder a vida, a esperança, e o pior de tudo: perder a liberdade. Em uma época em que jovens morriam lutando por seus ideais, a união entre os estudantes era o caminho encontrado por muitos para dar força aos seus ideais e reivindicar uma sociedade mais justa e igualitária.
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Nos dias atuais, com as enormes mudanças no cenário político-econômico do nosso país, muitas idéias originais do Movimento se perderam. Além disso, a maioria dos estudantes parece aprisionada dentro de um sistema que não prioriza o coletivo, comprovando que são frutos da geração i-Pod.

Particularmente, por onde passo vou construindo o “instinto coletivo” que é a verdadeira força do ME. Jovens como eu e tantos outros companheiros considerados por muitos como idealistas e obstinados, nos sobrepomos às dificuldades e continuamos lutando, mostrando que a história do Movimento Estudantil está ligada, sobretudo, à resistência à criação de uma sociedade individualista.
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A importância do ME para a nação brasileira vai muito além do compromisso social de uma parcela da população (a juventude); é um dever de todo cidadão. Com sua dinâmica, o Movimento Estudantil promove discussões de Norte a Sul do País, avaliando questões locais, regionais e nacionais nos encontros, seminários e congressos estudantis. Desse modo, participar do ME significa para o jovem amadureçer e compartilhar idéias, informações e experiências diversas, possibilitando o desenvolvimento de uma consciência política (individual e coletiva) muito importante para o Brasil.
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(*) Diretor de Formação Política da JSB-JP.

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