quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

6ª Bienal da UNE: Brasil em destaque
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A 6ª Bienal de Cultura da UNE desembarca em Salvador-BA com o tema “Raízes do Brasil: formação e sentido do povo brasileiro”, até o dia 25 de janeiro. Além de trazer renomados nomes da cultura nacional, poderá revelar novos talentos. Dos 1.506 trabalhos inscritos, a Mostra Estudantil apresenta ao público os 138 selecionados (de diversos estados), divididos em seis categorias: Artes Cênicas, Artes Visuais, Ciência e Tecnologia, Música, Cinema e Literatura.
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Esta 6ª edição marca o retorno do evento para Salvador após uma década, já que em 1999 aconteceu na capital baiana a primeira Bienal da UNE, vinte anos após a entidade ter sido colocada na clandestinidade pela ditadura militar. Outro fator marcante deste evento é a importância da cidade-sede em relação ao tema "Raízes do Brasil: formação e sentido do povo brasileiro", que discute a formação do povo brasileiro de um ponto de vista contemporâneo.
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Mais do que um dos motores que fazem girar o movimento das bienais, as mostras estudantis foram decisivas para retomada do trabalho cultural da UNE. Foi a partir delas que a entidade lançou na 3ª Bienal — realizada em 2001 na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) — o famoso Circuito Universitário de Cultura e Arte (Cuca).
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Uma oportunidade
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Independente do lugar que ocupa no curso da história do trabalho cultural da UNE, as mostras estudantis possibilitam que centenas de estudantes possam, em muitos casos pela primeira vez, divulgar seus trabalhos. Com públicos que costumam superar a marca de 10 mil pessoas, as bienais tornaram-se a grande chance para muitos artistas — antes fadados a apresentar seu trabalho para poucos — de experimentar o gosto da exposição para muitas pessoas.
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De quebra, os trabalhos selecionados da Mostra Estudantil são também publicados. Os artistas responsáveis por estas obras saem do evento podendo não só ouvir, ver e ler sua arte registrada, como também reproduzir a publicação oferecida para divulgar àqueles que desejarem. Outra vantagem diz respeito aos direitos autorais. O que será feito pela UNE, ou por qualquer outra instituição ou pessoa, com o material publicado, é definido pelo próprio artista. Todas as obras devem ser licenciadas em Creative Commons, que se diferencia do Copyright ao disponibilizar opções flexíveis, garantindo a proteção e liberdade para artistas e autores.
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Para além do sabor do grande público e da liberdade de publicação, as bienais ainda oferecem o prazer da diversidade. Como a rede do Movimento Estudantil está presente em todos os estados da federação, não faltam diferentes sotaques, comidas, lendas e miscigenações para apreciarmos durante o evento, incluindo as mostras estudantis. Esta edição do evento conta com a participação não apenas de universitários, mas também de secundaristas e pós-graduandos.
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E tem mais! A oportunidade que as bienais oferecem de revelar artistas não se restringe apenas ao Brasil. Um das novidades desta edição será a 1ª Trienal Latino Americana de Estudantes da Organização Continental Latino-americana e Caribenha de Estudantes (Oclae), que homenageará o célebre brasileiro Darcy Ribeiro.

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