sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

JSB-PB no 11º Coneg e 10º Enet da UBES
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Bertrand Sousa (*)
Zioeliton Maia (**)

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A reta final de 2008 foi intensa para a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). De 8 a 12 de dezembro aconteceram dois importantes fóruns da entidade: a 11ª edição do Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg), e o 10º Encontro Nacional de Escolas Técnicas (Enet). O Centro Universitário Metropolitano de São Paulo (Unifig), em Guarulhos-SP (há 18 km da capital paulista), foi a sede dos encontros e também serviu como alojamento para os participantes do Brasil inteiro – integrantes das Uniões Municipais e Estaduais secundaristas.
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Ao contrario do que previa o diretor de Políticas Institucionais da entidade, Thiago Mayworn, este não foi uns dos maiores Conegs da UBES. A expectativa baseava-se numa novidade para esta edição do fórum: a estatuinte, ou seja, durante o evento seriam votadas propostas para alterar o estatuto da UBES (novas regras para o Congresso). Além disso, o encontro tinha como objetivo definir as linhas de atuação da entidade para 2009.
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“Pela proposta aprovada, as eleições de delegados para as etapas estaduais do Congresso da UBES passarão a ser diretas, com urnas em todas as escolas. A etapa nacional crescerá a partir da instituição de um número mínimo e máximo de delegados a serem eleitos. As mudanças também buscam trazer mais equilíbrio entre a população estudantil de cada estado e a organização do Movimento naquele local. Para isso, a nova forma de eleição de delegados estabelece uma ponderação entre o número de matriculados em cada estado e o número de delegados que ele enviou ao congresso anterior”.
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A participação da JSB no Coneg foi significativa, principalmente na mudança do estatuto, apesar da modesta participação de entidades estudantis acompanhando nosso grupo. Mesmo assim, ainda participamos da elaboração da Tese do referido Conselho, através de propostas para o setor educacional e o Movimento Estudantil (ME). A seguir, apresentamos algumas que fizeram parte da nossa pré-tese nacional.
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“A situação da educação no Brasil torna-se agonizante. A crise está instalada e é generalizada. Acreditamos que é necessário investir na formação e capacitação dos estudantes para atuação como sujeitos de direitos; estimular e valorizar suas propostas, através da cidadania ativa, combatendo a repressão e dialogando universalmente; implementar progressivamente as políticas previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), Fundeb, reserva de vagas, cotas, entre outras, com intuito de atingir a universalização e o fim do vestibular.
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A UBES deve ser o instrumento de projeção das expectativas dos estudantes secundaristas brasileiros. Cada escola deve ser avaliada como foco de resistência e cada grêmio como instrumento de luta. Devemos aproximar de fato os estudantes do debate em torno das políticas educacionais; desenvolver mecanismos que legitimem o debate proveniente das bases e fazer deste a nossa verdadeira arma contra os abusos e desmandos da política arcaica e desmobilizada das atuais redes deficitárias de ensino; fortalecer as bases e conceder mecanismos eficientes de participação, além de subsídios para o debate em torno das questões nacionais. Uma UBES, ampla, plural e inovadora é possível!”
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Por sua vez, durante o Enet – que não se realizava desde 2005 – debatemos o Ensino Técnico como ferramenta estratégica para o desenvolvimento do País. Esse foi o principal objetivo do Encontro, que também colocou em pauta a estrutura deste tipo de ensino, seu processo de expansão no Brasil, as Instituições Federais de Educação Tecnológica (IFETs), o sistema "S", entre outras questões. Na ocasião, também discutimos qual deve ser o papel do Ensino Técnico em relação a descoberta da Camada Pré-Sal, visto que o Brasil precisa formar profissionais nessa área para garantir a continuidade do desenvolvimento nacional e o controle independente sobre este valioso patrimônio.
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O Presidente da UBES, Ismael Cardoso, afirmou que é preciso radicalizar, tomar as ruas e na Conferência Nacional de Educação apresentar um projeto que contemple todos os itens citados. “No período do governo FHC houve um sucateamento da educação. Hoje nós temos o investimento de 3,7% do PIB em educação, mas precisamos de mais. É necessário que todos entendam que a educação é a principal estratégia para o desenvolvimento do País”, disse.
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(*) Com informações do portal Kizomba.org.br
Secretário de Comunicação da JSB-JP
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(**) Diretor de Políticas Educacionais da UBES,
Integrante da Executiva Estadual da JSB-PB
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