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Bem vindo(a) ao blog da JSB-JP, segmento organizado do Partido Socialista Brasileiro (PSB), atuando no Extremo Oriental das Américas (João Pessoa-PB).
O poder nu (parte II)
Bertrand Russell (*)
A história grega nos fornece, como num laboratório, um grande número de experimentos em pequena escala que são de grande interesse para os que estudam o poder político. Os governos monárquicos hereditários da época homérica chegaram ao fim antes do começo dos registros históricos, sendo sucedidos por uma aristocracia hereditária. Na altura em que começa a história digna de crédito das cidades gregas, havia uma luta entre a aristocracia e a tirania.
Com exceção de Esparta, a tirania foi vitoriosa, durante certo tempo, em toda a parte, mais foi substituída pela democracia ou por uma restauração da aristocracia, às vezes sob a forma de plutocracia. Esta primeira época de tirania abrangeu uma grande parte dos séculos VII e VI A. C. Não foi uma época de poder nu, como ocorreu no período posterior, de que me ocuparei de modo especial. Não obstante, preparou o caminho para a desordem e a violência das épocas posteriores.
A palavra "tirano" não implicava, originariamente, quaisquer qualidades más no governante, mas apenas ausência de um título legal ou tradicional. Muitos dos primeiros tiranos governaram sabiamente, com o assentimento da maioria de seus súditos. Seus únicos inimigos implacáveis, regra geral, eram os aristocratas. A maioria dos primitivos tiranos era constituída de homens muito ricos, que compravam o poder e se mantinham mais devido a meios econômicos do que militares. Devem ser comparados mais aos Medieis que aos ditadores de nossos dias.
Os primeiros tempos de tirania foram aqueles em que a cunhagem de moeda passou a ser usada, sendo que isso teve o mesmo efeito, quanto ao aumento do poder dos homens ricos, que o crédito e o papel-moeda em tempos recentes. Tem-se afirmado - embora eu não seja competente para julgar se com razão ou não - que a introdução da moeda estava ligada ao aparecimento da tirania; a posse de minas de prata, certamente, era uma ajuda para o homem que ambicionava tornar-se tirano. O uso do dinheiro, quando recente, perturba profundamente os costumes antigos, como se poderá ver em regiões da África que não se acham há muito sob domínio europeu.
Nos séculos VII e VI antes de Cristo, tal efeito foi aumentar o poder do comércio e diminuir o das aristocracias territoriais. Antes do domínio da Ásia Menor pelos persas, as guerras, no mundo grego, eram poucas e sem importância, sendo que apenas uma pequena parte do trabalho de produção era executada por escravos. As circunstâncias eram ideais para o poder econômico, que debilitou o domínio da tradição do mesmo modo que o industrialismo a fez no século XIX.
Enquanto houve possibilidade de que todos fossem prósperos, o enfraquecimento da tradição foi mais benéfico do que prejudicial. Produziu, entre os gregos, um progresso mais rápido da civilização do que jamais ocorrera antes - com a possível exceção dos quatro últimos séculos. A liberdade da arte, das ciências e da filosofia gregas é a de uma época próspera, que não sofreu os entraves da superstição. Mas a estrutura social não possuía o vigor requerido para resistir ao infortúnio, e os indivíduos não tinham os padrões morais necessários para evitar crimes desastrosos, quando a virtude não mais conduzia ao êxito. Uma longa série de guerras diminuiu a população livre e aumentou o número de escravos.
A própria Grécia caiu, finalmente, sob o domínio da Macedônia, enquanto que a Sicília helênica, apesar de revoluções cada vez mais violentas, guerras civis e tiranias, continuou a lutar contra o poder de Cartago e, depois, de Roma. As tiranias de Siracusa merecem a nossa atenção, tanto por apresentar um dos exemplos mais perfeitos de poder "nu", como por haver influenciado Platão, que teve uma disputa com o velho Dionísio e procurou fazer com que o mais jovem se tornasse seu discípulo. As opiniões dos gregos posteriores, de todas as épocas subseqüentes, sobre os tiranos gregos em geral, foram grandemente influenciadas pelos contactos infortunados dos filósofos com Dionísio o Antigo e seus sucessores nos maus governos siracusanos.
(*) Filósofo, matemático, político e ativista.
(continua...)
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Bertrand Sousa (*)
O evento acontece neste sábado (18/04) na Escola David Trindade e na Praça do Coqueiral, ambos localizados em Mangabeira, zona sul de João Pessoa. A partir do tema “Autonomia se conquista com raça”, o Encontro deve reunir diversos coletivos e artistas que integram o Movimento Hip-Hop da Paraíba.
De acordo com Júnior Soh, um dos organizadores, os objetivos são: discutir as relações entre o poder público e a inclusão social; mapear o Movimento Hip-Hop no Estado, para saber com exatidão onde estão os núcleos e artistas, quantos estão em atividade e quem faz parte de cada grupo; defender a organização do Movimento e unificar as lutas municipais a partir da Capital.
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A programação tem início às 09h da manhã, na Escola David Trindade, com oficinas arte-culturais dos quatro elementos da cultura Hip-Hop: dança de rua (Break), grafite, rima e discotecagem. O encerramento acontece a partir das 17h na Praça do Coqueiral, com shows musicais de: (S.D.S) Síndrome do Sistema (PB), Reação (PB), Agregados (RN) , Tiger (PE) e convidados.
O “I Encontro Paraibano de Hip-Hop” tem apoio da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através das secretarias de Juventude, Esporte e Recreação (Sejer), Desenvolvimento Social (Sedes) e Educação (Sedec). O gabinete do vereador Bira, a Juventude Socialista Brasileira na Paraíba (JSB-PB), a Du Cangaço Produções, entre outros, também apóiam esta iniciativa.
Companheiros da JSB estarão participando do evento. É mais um motivo para prestigiarmos a arte e o trabalho dos grupos musicais, rappers, dançarinos de Break, disc-jóqueis e grafiteiros do nosso Estado. Será uma grande celebração do Movimento Hip-Hop, que se fortalece a cada dia nos mais diversos espaços da vida urbana.
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(*) Jornalista e Secretário de Comunicação da JSB-JP.