sábado, 31 de julho de 2010

Caminhada das mulheres com Ricardo 40
.
Nem mesmo a chuva que caiu em João Pessoa no final da tarde desta sexta-feira (30/07) impediu que as mulheres fossem às ruas declarar o seu apoio a Ricardo Coutinho e Dilma Rousseff. O público foi conferir de perto a “Caminhada das Mulheres por uma Nova Paraíba”, realizada no Centro da capital paraibana.
.
Após um apitaço, Ricardo Coutinho, candidato ao Governo do Estado, discursou para uma platéia entusiasmada, na Lagoa do Parque Solón de Lucena. "Na Paraíba, não há políticas públicas realmente voltadas as para as mulheres. É preciso que as mulheres do nosso Estado compreendam que em 2010 elas têm a chance de abrir um novo ciclo político, onde o desenvolvimento econômico e investimento social sejam a lógica presente", declarou Ricardo.
.
Para ele, que ao longo de sua história política seguiu apoiando as mulheres, é preciso efetivar políticas públicas direcionadas à elas. "É preciso implementar as casas abrigo, instalar os juizados de gênero e, nas delegacias da mulher, preparar os profissionais e equipar os policiais, além de aumentar o número de delegacias especializadas", afirmou o candidato do PSB ao governo da Paraíba.
.
"Vinte e sete mulheres foram mortas neste ano só na Paraíba, isso é um dado estarrecedor. É preciso tratar a mulher como um tema muito importante. Nosso compromisso é criar dentro do Empreender-Paraíba, linha de crédito para as mulheres pra que elas possam trabalhar e ter seu sustento", completou o socialista.
.
PSB entrega proposta de Governo a Dilma
.
Gustavo Sousa Jr (*)
.
O presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Eduardo Campos, fez a entrega simbólica das propostas do PSB para o programa de governo da candidata Dilma Rousseff, no último dia 19/07, em Brasília. O ato político ocorreu durante o seminário "Brasil: Desenvolvimento e Inclusão Social", promovido pelo PSB em conjunto com a Fundação João Mangabeira (FJM). O documento reúne propostas em áreas como educação, ciência e tecnologia, questão urbana e o desenvolvimento regional, sempre tendo como premissa o binômio inclusão social e desenvolvimento.
.
Segundo Eduardo Campos, “a retomada do crescimento e a inclusão social – herança do Governo Lula da qual participou não só o PSB, mas todas as forças políticas que trabalharam para criar essas condições – fazem com que o Brasil tenha uma enorme oportunidade de crescer com qualidade e inclusão. É isso que trazem as propostas apresentadas pelo PSB”. O presidente da legenda reforçou que ainda há muito a se fazer, ao observar que é importante construir um Estado que trabalhe no sentido daqueles que precisam de quase tudo, combatendo privilégios e que enxergue os pobres e os excluídos. “Temos vários desafios, como o desafio de fazer a reforma política na perspectiva de alargar a democracia com representação, cada vez mais próxima dos anseios do povo”, declarou.
.
Em relação à candidata Dilma Rousseff, Eduardo foi taxativo ao afirmar que “sua vida política fez acumular experiências que a credenciam à Presidência da República. Temos a confiança de que seu governo saberá ouvir o povo.” E garantiu o apoio integral do PSB ao projeto de elegê-la presidente da República. “Não sabemos fazer as coisas pela metade, só sabemos fazer integralmente, com garra e paixão. Por isso, pode contar com a nossa militância.”
.
Após receber as propostas socialistas, Dilma Rousseff declarou que “o PSB é um aliado fraterno e que participou de forma estratégica das grandes transformações que esse país teve”. Em sua apresentação à militância presente, Dilma ressaltou dois líderes socialistas. Inicialmente citou o ideário legado por João Mangabeira: “Socialismo sem liberdade, socialismo não é. Liberdade sem socialismo, liberdade não é”. Em seguida, lembrou Miguel Arraes, líder que apontou como sendo “um exemplo de compromisso com a luta, sem jamais desistir”. “É de Arraes a capacidade de perceber que não se pode desprezar o fato de que o Brasil tem que ter um olhar nordestino”, declarou Dilma.
.
Diante dos pontos propostos pelo PSB, da necessidade de promover o desenvolvimento do país com inclusão, a candidata ressaltou algumas conquistas obtidas ao longo da gestão do presidente Lula. “Com o governo Lula abrimos uma era de prosperidade onde rompeu-se o tabu de que não era possível que o Brasil crescesse de fato com inclusão. Provamos que o Brasil cresce na medida em que incorpora seus 190 milhões de brasileiros”. Dilma assegurou que o desenvolvimento social é uma questão central de seu programa de governo, não um anexo. “Temos a possibilidade real de fazer com que o Brasil seja um país desenvolvido, uma sociedade desenvolvida, uma economia desenvolvida e uma nação desenvolvida. Temos um conjunto de realizações a apresentar que mostra o que deve ser feito e como deve ser feito”, enfatizou.
.
E ao encerrar sua fala, Dilma afirmou que não haverá espaço para erros em sua gestão e declarou seu vínculo com o PSB. “Não posso errar porque sou mulher e porque, no Brasil, tivemos esse líder fantástico, que é o presidente Lula, que está no legando essa herança que é cuidar do povo brasileiro. Tive a oportunidade de estar com ele nessa caminhada, na qual tive a honra de ter o apoio do PSB, um apoio especial, pela identificação que tenho com seus ideais, bem como pela amizade que tenho com vários líderes desse partido. Tenho certeza que tenho o mesmo rumo que o PSB”. Dilma afirmou ainda que nos estados em que houver dois candidatos majoritários apoiados por ela, ambos contarão com a sua presença.
.
(*) Assessoria de Comunicação do PSB.
No horizonte o girassol
.
Análises sociológicas de qualquer tema são matéria para sociólogos. Eu me digo isso a todo momento para não me perder em teorias incompletas ou chegar a conclusões precipitadas sobre determinados aspectos que observo ao longo da minha vida e que me fazem querer pensar como um cientista social. Um dos fatos que mais me faz parar para refletir é o comportamento político das pessoas da Paraíba. Um estado pobre? Só se for pelos frios paradigmas financeiros das instituições de estatística. Rico em poesia, música, inteligência, cultura e arte no geral. Para analisar esse comportamento eu apelo à sociologia de Max Weber, importante sociólogo alemão, que me parece satisfatória para explicar determinadas condutas.
.
Weber põe no centro de suas teorias a ação social. Para entender profundamente esse conceito, sugiro uma viagem pela sua obra-prima, Economia e Sociedade. De maneira mais simples, podemos entender ação social como sendo o agir dos indivíduos na coletividade segundo um conjunto de expectativas e determinado pelo comportamento dos outros indivíduos, isto é, baseado na ideia de reciprocidade, motivação.
.
Votar constitui uma ação social. É, além disso, uma ação política, voltada à luta pelo poder, mesmo que inconsciente pelos que agem. Votamos porque outras pessoas determinaram o voto como instituição política, e que, ao fazerem isso, esperam que outros votem, e esses que votam esperam que outros também votem, e que outros recebam esses votos, elejam-se e assim por diante. Ações socias. Expectativas. Reciprocidade. Ainda segundo Weber, as ações sociais constituem ações motivadas. Essas ações podem ser: segundo tradições, segundo sentimentos, segundo valores e segundo fins (racionalizadas por objetivos). Portanto, o voto também é motivado por uma dessas quatro vertentes.
.
O que me chama a atenção é que, aqui na Paraíba, o voto é motivado pelas duas vertentes que não combinam nada com política (de verdade): tradições e sentimentos. Primeiramente, os paraibanos votam segundo tradição. Votam em determinadas famílias. Votam pelo sobrenome. E votam porque seus pais e avós vêm votando naquelas mesmas pessoas há vários anos. O problema é que essas famílias tradicionais foram construídas segundo um coronelismo opressor, voto de cabresto. São latifundiárias, na sua maioria. Escravizam as mesmas pessoas que as colocam no poder. E são, em muitos casos, fonte de uma rede suja de corrupção que as apoiam na sua conquista do controle dessa massa que vota só porque virou costume. Só porque aquelas pessoas já estão no poder.
.
Depois vem o sentimento. Por alguma força desconhecida e que eu ainda não entendo, as pessoas se apegam aos políticos. Não é ao profissional, é à pessoa mesmo. As pessoas passam a gostar de alguns candidatos, independente de eles sequer um dia tiverem olhado para essas pessoas. Independente de eles sequer um dia tiverem ido àquela localidade. É um amor, uma paixão que toma conta da racionalização dessas pessoas e as inpedem de enxergar quem aqueles políticos são. Esse amor todo, a meu ver, é fruto de uma pesada demagogia e de um pesado populismo que tomou conta desse estado desde os seus primórdios federativos. E que se alastra aos dias de hoje nas pessoas mais humildes, que encontram na figura supostamente idônea do político alguém em quem confiar suas dores, seu sofrimento – alguém em quem ter uma esperança fugidia. É um populismo nada tímido, efetivo e que tem funcionado nesses anos todos de domínio.
.
Eu acredito que o que esse Estado precisa é de mudança. Precisa de movimento, de uma nova liderança. De um ideal novo, livre dos males do populismo e da escravização ideológica da tradição latifundiária. O voto deve ser segundo fins e valores. O fim está na luta para que a Paraíba se renove, tome um novo rumo, uma nova cara, que feche as feridas que ardem ainda nas crianças com fome, nos idosos sem assistência, nas mães que perdem seus filhos para o tráfico, para os hospitais ruins, para as escolas que não educam, nos trabalhadores. Os valores são muitos: honestidade, responsabilidade, inteligência, humildade, sinceridade e devoção. Devoção a esse povo que sofre, mas que não se deixa abater nem um minuto sequer, e que merece ser mais bem tratado por nossos governantes.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Plano de Governo e participação popular
.
O Plano de Governo que Ricardo Coutinho (PSB) apresenta aos paraibanos é, antes de tudo, um grito de esperança e fé no amanhã. Resultado de discussões e encontros sistemáticos com inúmeros segmentos da sociedade, ao longo dos últimos meses, o documento ainda agrega experiências bem sucedidas de governabilidade e sintetiza o desejo coletivo de dotar a Paraíba dos meios que a libertem das amarras da estagnação econômica, dos grilhões da debilidade social e das algemas da manipulação política.
.
Entretanto, este não é um Plano de Governo pronto e acabado já que durante a campanha Ricardo Coutinho e sua equipe, bem como os integrantes da coligação “Uma nova Paraíba”, continuarão discutindo e aprofundando as propostas, além de acolher outras.
.
Também não foi engendrado por burocratas encastelados em salas climatizadas, para os quais a realidade popular é fator irrelevante nos propósitos dos grupelhos a quem servem. Além de apontar diretrizes extraídas da vontade do conjunto da sociedade, também contempla exemplos revigoradores de diversificadas esferas administrativas, a partir de 2002, com a instalação da revolucionária “Era Lula”.
.
Quando finalizado, este Plano de Governo contemplará a base de uma futura administração estadual que se pretende intensamente integrada aos municípios, independente de cores partidárias. Portanto, os direcionamentos deverão respeitar as características e potencialidades de cada região. Economia e Ações Sociais deverão seguir juntas, numa equação onde o cidadão é o principal patrimônio a ser zelado e protegido. O restante é conseqüência. Positiva.
Clique aqui para conhecer as propostas.
.
.
Eleição 2010 pode consagrar crescimento do PSB
.
Letícia Alcântara (*)
.
O Brasil se prepara para mais uma eleição. Em outubro, a população vai às urnas escolher o novo presidente da República, senadores, deputados federais e estaduais. O Partido Socialista Brasileiro (PSB) participa do pleito com candidatos expressivos aos governos estaduais em nove estados. Lança ainda sete candidatos ao Senado Federal e tem perspectivas de eleger entre 35 e 40 deputados federais. Para presidência da República, apoia a candidata Dilma Roussef (PT), que substitui Lula nas urnas.
.
Para o 1º Secretário do PSB, Carlos Siqueira, 2010 pode registrar o maior crescimento da legenda. “O diferencial deste pleito não é o número de candidatos, já que em 2002 foram lançados 21 candidatos ao governo, mas a qualidade e densidade eleitoral dos postulantes. Temos candidatos extremamente competitivos e com grandes chances de vitória”, diz.
.
No nordeste, as urnas devem consagrar o bom trabalho desempenhado por Eduardo Campos, em Pernambuco, e de Cid Gomes, no Ceará, que concorrem à reeleição. Os dois governadores do PSB foram o 2º e 3º melhor avaliados pela população, segundo pesquisa do Instituto Dafolha divulgada em 2009.
.
Ainda no nordeste, o PSB lançou Ricardo Coutinho ao governo da Paraíba. Coutinho deixa o segundo mandato de prefeito na capital paraibana, João Pessoa. Assumiu o primeiro mandato em 2004 e reassumiu a capital paraibana em 2008, eleito com 73,85% dos votos da população. No comando de João Pessoa, Coutinho recebeu, entre outros, os prêmios de “Excelência Administrativa do Nordeste” e “10 Melhores Práticas de Gestão para o Desenvolvimento Humano na América Latina e Caribe”, ambos em 2007.
.
O PSB terá também candidatos no Piauí, Wilson Martins, e no Rio Grande do Norte, Iberê Ferreira. Wilson Martins foi deputado estadual pelo Piauí por três mandatos consecutivos, em 1994, 1998 e 2002. Em 2006, foi eleito vice-governador do Estado, assumiu o governo em abril deste ano e concorre à reeleição. Da mesma forma, Iberê Ferreira, que assumiu o governo do Rio Grande do Norte depois da saída de Wilma de Faria (PSB), em abril, concorre à reeleição.
.
Na região Sudeste, São Paulo e Espírito Santo também têm candidatos socialistas. No estado mais rico do Brasil, o PSB lança a chapa puro-sangue, Paulo Skaf ao governo e Marianne Pinotti de vice. Estreante nas urnas, Skaf é presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). O senador Renato Casagrande consagrou-se um dos melhores políticos do país e, depois de quatro anos no Senado, concorre ao governo do Espírito Santo. O trabalho desenvolvido por Casagrande no parlamento é apoiado não só pela população do estado, mas também por 15 partidos que apoiam sua candidatura, incluindo PT e PMDB, os dois principais partidos da aliança.
.
No Amapá, região norte do país, o candidato ao governo é Camilo Capiberibe. Deputado estadual, Capiberibe é o mais novo candidato ao governo da lista do PSB, tem 36 anos, mas uma longa trajetória política. No centro-oeste, o PSB lança a candidatura do empresário Mauro Mendes ao governo de Mato-Grosso. Mendes é presidente licenciado da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
.
(*) Assessora de imprensa da Liderança do PSB na Câmara.
.
Democratizar o dinheiro, a terra, a palavra
.
Emir Sader (*)
.
O problema maior da transição da ditadura à democracia no Brasil é que a democracia se restringiu ao sistema político. Não foram democratizados pilares fundamentais do poder na sociedade: terra, bancos, meios de comunicação, entre outros. O Brasil da democracia teve assim elementos fortes de continuidade com o da ditadura. A política de meios de comunicação, por exemplo, nas mãos de ACM, o ministro de Sarney, completou a distribuição clientelística de canais de radio e televisão e favoreceu a consolidação do monopólio da Globo – os próprios Sarney e ACM, proprietários de emissoras ligadas à Rede Globo.
.
Não se avançou na reforma agrária, nem foi tocado o sistema bancário. É como se a ditadura tivesse sido apenas uma deformação de caráter político aos ideais democráticos. Mas nem os agentes imediatos do golpe e sujeitos políticos do regime – as FFAA – foram punidos. Como se tivesse sido “um mal momento”, até mesmo “um mal necessário”, como diriam as elites políticas tradicionais, que seguem por ai.
.
No entanto o golpe e a ditadura foram extraordinariamente funcionais ao capitalismo brasileiro. O processo que se desenvolvia de democratização política, econômica e social do país não interessava nem aos capitais estrangeiros, nem aos grandes capitais brasileiros. Estes, concentrados em áreas monopólicas, não se interessavam no enorme mercado popular urbano que o aumento sistemático do poder aquisitivo dos salários propiciava, nem no mercado popular rural, a que a reforma agrária apontava.
.
O eixo da indústria automobilística no setor do grande capital industrial e outros setores que produziam para os setores da classe média, para a burguesia e para a exportação, se coligaram com os golpistas no plano político, para impor, mediante o golpe, um modelo que atacava duramente o poder aquisitivo dos salários.
.
O golpe os atendeu imediatamente, com intervenção em todos os sindicatos e com a política de arrocho salarial. Foi uma “lua-de-mel” para os empresários, uma super exploração do trabalho, mais de uma década sem aumento de salários, sem negociações salariais. Bastaria isso para entender o caráter de classe do golpe e do regime e militar. A dura repressão aos sindicatos e a todas as formas de organização do movimento popular contaram com o beneplácito do silêncio dos órgãos de comunicação, que pregaram o golpe e apoiaram a instalação do regime de terror que comandou o país por mais de duas décadas.
.
A democracia reconheceu o que os trabalhadores – com os do ABC na linha de frente – haviam conquistado: a legalização da luta sindical, junto ao direito de existência de centrais sindicais, a legalização dos partidos, o direito de organização dos movimentos populares, entre outras conquistas. Mas os pilares do poder consolidado pela ditadura ficaram intocados. Ao contrário, seu poder monopólico sobre a terra, o sistema bancário, os meios de comunicação, se fortaleceram. Esses temas ficam pendentes: quebrar o monopólio do dinheiro, da terra e da palavra – como algumas das grandes transformações estruturais que o Brasil precisa para construir uma sociedade econômica, social, política e culturalmente democrática.
.
(*) Emir Sader é sociólogo.
.
FONTE: Centro de Estudos Politicos, Econômicos e Culturais.
.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Educação é a base da democracia social
.
Ricardo Coutinho, candidato ao governo pela coligação “Uma nova Paraíba”, mostrou através do twitter que é possível promover realizações na área de educação e explicou como fez isto quando era Prefeito de João Pessoa. “Me empolgo quando falo em educação”, escreveu em seu microblog, “rima com ousadia e futuro. É a principal base de construção de uma democracia social e econômica. A educação liberta”.
.
Ricardo discorreu ainda sobre a segunda etapa do programa ‘João Pessoa Faz Escola’ viabilizado por ele e lançado recentemente pelo seu sucessor , Luciano Agra . “São R$ 37 milhões em recursos próprios, para construir, ampliar e restaurar unidades de ensino”, explicou Ricardo Coutinho (PSB).
.
Serão construídas três novas escolas-padrão, com capacidade para 1.200 alunos, cada uma. Os bairros beneficiados são: Jardim Oceania, José Américo e Bairro das Indústrias. Também estão asseguradas reformas e ampliações em 79 escolas, a construção de dez novos ginásios poliesportivos, a reforma e ampliação de 34 Centros de Referência em Educação Infantil (Creis) e a reforma de seis unidades educacionais.
.
Desde 2005, o Governo Municipal está investindo na ampliação do acesso ao ensino público. Já foram construídas e entregues oito novas escolas e reformadas 105 unidades. Isso resultou em mais 178 novas salas de aula à disposição da rede pública de João Pessoa. Até o final desse ano, serão mais 160, o que contabilizará um total de 338 salas de aula. Além disso, a Prefeitura construiu 24 ginásios poliesportivos e dez Centros de Referência em Educação Infantil. O programa ‘João Pessoa faz Escola’ é uma iniciativa da Prefeitura de João Pessoa (PMJP) em parceria com o Governo Federal.
.
Outra iniciativa de Ricardo, esta já uma proposta para quando assumir o governo da Paraíba, é levar a experiência do Bolsa Universitária, implantado por ele em João Pessoa, para todo o Estado. O Bolsa Universitária concede ajuda de custo a estudantes regularmente matriculados em instituições de ensino de nível superior, pública ou privada, que estejam inseridos no Cadastro Único do Programa Bolsa Família do Governo Federal. O objetivo é auxiliar os estudantes carentes que, muitas vezes, necessitam de uma condição.
Juventude e respeito: avante JSB!
.
Leonardo Pinheiro (*)
.
Você é jovem? Essa é uma pergunta simples, porém, difícil de responder e com inúmeras respostas. Nesse sentido, poderíamos recorrer a instrumentos técnicos para afirmar que ser jovem é ter entre 15 e 29 anos. Poderíamos também transcender a frieza dos números para calorosamente compreender que a juventude é um estado de espírito permanente, uma vez que ser jovem é ser ativo, criativo, é ser aberto a novidades, é ser inovador, é desconhecer a palavra impossível e realizar os seus desejos. Portanto, ambas a respostas estão corretas, entretanto, é apenas o início do nosso debate.
.
Compreender a juventude é uma tarefa das mais árduas, pois, automaticamente ligamos a noção de juventude com o entendimento de futuro. Ligamos o estudante ao futuro profissional, ligamos o uso da camisinha com um conceito de família saudável, ligamos o meio ambiente conservado à saúde dos nossos descendentes, recordamos que enquanto jovens podemos arriscar para em breve chegarmos ao sucesso. E assim começamos a tomar conhecimento da enorme responsabilidade que a juventude tem para com a sociedade.
.
Compreendemos que a juventude é a fase da vida quando o sonho de infância tem a possibilidade de começar a ser realizado; é quando o menino escolhe a profissão; é quando os namorados começam a precisar de maiores esclarecimentos e cuidados de saúde e de educação sexual; é quando a jovem empresária decide abrir o seu negócio; é quando o jovem decide sair da casa dos pais e constituir a sua família; é quando fica claro que ainda é preciso muita luta e trabalho no presente para que um próspero futuro esteja logo ali.
.
Dessa forma, evoluímos na nossa resposta à pergunta lá de cima afirmando que somos jovens porque somos uma parcela da população em constante transformação, e que deve ser compreendida como um contingente populacional passível e clamante por políticas públicas específicas, que contribuam de fato para o seu melhor desenvolvimento. E nesse sentido, é preciso compreender juventude como uma área estratégica para o desenvolvimento do Brasil, posto que o seu conceito, como estamos construindo, estende-se além da faixa etária e de um estado de espírito permanente, e hoje consiste em ser também o maior gargalo social deste País.
.
Mas para tanto devemos compreender as presentes demandas da juventude. Demandas que se assemelham às necessidades da sociedade em geral. Porém, revelam os números que a população jovem é quem mais sofre com as mazelas do cotidiano de um mundo tão desigual. Pois, estes mesmos números afirmam friamente que é entre os jovens o maior índice de desempregados no Brasil; revelam, ainda, que é da juventude a ingrata constatação de que são os jovens que apresentam o maior índice de homicídios e mortes por causas externas no Brasil; indicam, os números, que dentre a população carcerária no Brasil a sua composição é feita por quase 80% de jovens; mostram que a quantidade de partos precoce no Brasil tem aumentado significativamente; além de outras tristes constatações.
.
É bem verdade que os sonhos se realizam com oportunidades e que sempre haverá possibilidade de escolha. Talvez essa seja a maior arte do ser humano: saber escolher. Pois, os obstáculos nos são apresentados a todo o momento, porém, como jovens, afirmamos que hoje as oportunidades encontram-se diminutas e essa grande arte prejudicada, uma vez que escolher no desespero é como não ter a possibilidade de escolha.
.
Nesse sentido, chegamos ao entendimento de que podemos responder que somos jovens, sim, porque temos entre 15 e 29 anos; porque somos ativos, criativos, abertos a novidades, inovadores, porque desconhecemos a palavra impossível; porque somos o presente e o futuro; mas também porque nos encontramos no momento das nossas vidas onde, acima de tudo, começamos a definir e a escolher as nossas prioridades enquanto cidadãos, e como prioridade o jovem deve ser tratado dando-lhe oportunidades de fazer sempre as melhores escolhas. Saudações Socialistas!
.
(*) Secretário de Políticas Públicas de Juventude da JSB-DF.
Vitória da juventude brasileira
.
Catherine Fátima Alves
.
O Senado Federal aprovou no último dia 07 de julho a PEC 42/2008, conhecida como PEC da Juventude. A proposta insere o termo juventude no capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais da Constituição Federal, mudança que aponta para o avanço das políticas públicas existentes, elevando-as a um patamar de política de Estado. Ou seja, um legado para os próximos governos e gerações.
.
Aprovada por unanimidade nos dois turnos a PEC da Juventude tramita no Congresso desde 2003. A luta pela sua aprovação, no entanto, ganhou força com a realização da 1ª Conferência Nacional de Juventude, em abril de 2008. O encontro envolveu 400 mil jovens em todos os estados do País e elegeu a PEC da Juventude como símbolo da luta pela ampliação das Políticas Públicas de Juventude.
.
Nas últimas semanas a campanha pela aprovação da PEC da Juventude foi intensificada e conquistou o apoio de parlamentares e artistas. Utilizando o site de microblogs Twitter para eliminar as dificuldades da mobilização presencial, o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), e outras entidades do movimento juvenil convidaram jovens de todo o País a falar com seus representantes no Senado e exigir a aprovação da proposta.
.
Para Marcela Rodrigues, que coordena a Comissão de Parlamento do Conjuve junto com Murilo Parrino, depois do voto aos 16 anos, a aprovação da PEC da Juventude é o momento mais importante da história recente das conquistas juvenis. “A alteração na Constituição dá uma amostra do poder da juventude organizada, agindo enquanto sujeito da sua história. Estamos muito felizes por participar desse marco legal para a juventude brasileira”, afirmou.
.
Além da mobilização via Internet, uma comissão composta pelo presidente do Conjuve, Danilo Moreira, pelo vice-presidente João Vidal e por membros do Conjuve e de entidades estudantis e sindicais, entre outras, percorreu os gabinetes dos senadores e esteve presente até o encerramento da votação.
.
Para o secretário nacional de Juventude, Beto Cury, da Secretaria-Geral da Presidência da República, a aprovação da PEC representa um passo fundamental para que a Política Nacional de Juventude se consolide definitivamente como uma política do Estado brasileiro, que hoje possui 50 milhões de jovens com idade entre 15 e 29 anos.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Políticas de Juventude para mudar a Paraíba
.
Erick Rodrigues Amorim (*)
.
Os anos neoliberais provocaram grandes estragos sobre as condições de vida do povo paraibano e de todos os brasileiros(as). Vieram as privatizações e a redução dos serviços públicos, com a diminuição efetiva das políticas sociais estruturantes. Como amarga herança, o jovem paraibano enfrenta hoje os alarmantes índices de violência e desemprego, além da extrema precarização das relações de trabalho e da educação pública.
.
Neste momento histórico para o PSB paraibano, a Juventude Socialista Brasileira (JSB-PB) esta esperançosa – e confiante acima de tudo – com o registro da candidatura socialista ao Governo do Estado para o mandato de 2011 a 2014. Teremos a oportunidade de ampliar, com mais potencialidade, os projetos bem sucedidos implantados em nossa Capital durante a administração do companheiro Ricardo Vieira Coutinho (PSB), onde a juventude foi protagonista e beneficiada com a implantação de diversas ações.
.
Inclusive, algumas se tornaram bons exemplos para outras cidades e estados, que assistiram nos noticiários ou leram nos mais diversos meios de comunicação o reconhecimento e a premiação da gestão socialista em João Pessoa, através de órgãos nacionais e internacionais. Presenciamos, por exemplo, o forte investimento na Educação Pública, vista sempre como uma das prioridades no Governo de Ricardo à frente da prefeitura da Capital.
.
São legítimos os resultados alcançados até então. Portanto, essas ações devem ser vistas como valiosas sementes que brotarão, com certeza, por toda a Paraíba. O Empreender Jovem (foto) é outro bom exemplo. Uma linha de crédito especial que ainda fornece capacitação para os(as) jovens terem oportunidade de começar seu próprio negócio, despertando, assim, o empreendedorismo juvenil e fortalecendo a economia solidária e participativa.
.
Enfim, muitas outras ações e políticas sociais devem ser implantadas pelo Governo do Estado, utilizando seu potencial e recursos como mecanismo de construção das políticas de juventude. Com a efetivação dessas e outras ações estaremos vivenciando um novo tempo, uma realidade positiva para o segmento juvenil. E nós, jovens socialistas, estaremos lá, propagando e realizando incansavelmente as mudanças necessárias. Estamos certos que a juventude paraibana irá entender que temos a oportunidade em nossas mãos, para transformar, inovar e construir um futuro melhor... E ele já começou!
.
(*) Secretário Estadual da JSB-PB.
.
Convenção 2010 do PSB-PB: sucesso absoluto
.
Bertrand Sousa (*)
.
Na última quarta-feira (30/06) uma verdadeira multidão tomou conta das dependências do Clube Cabo Branco, em João Pessoa, para dizer Sim! às forças de oposição paraibanas. Companheiros e companheiras socialistas das mais diversas e distantes cidades do nosso Estado prestigiaram a Convenção 2010 do Partido Socialista Brasileiro (PSB-PB). E a JSB, como sempre, esteve presente, com sua energia, camisas e bandeiras em vermelho e amarelo.
.
Desde o final da tarde era grande o movimento no Clube Cabo Branco e seus arredores. A militância, as lideranças e os candidatos estavam prontos para fazer uma grande festa democrática. E foi isso que aconteceu! Ao anoitecer já não cabia mais ninguém, de tão cheio que estava o lugar. Estima-se que aproximadamente 15 mil pessoas se reuniram no ginásio e na parte externa do Clube.
.
Na chegada do companheiro Ricardo Coutinho (PSB) tivemos o ponto alto da festa, com muitos aplausos, queima de fogos e palavras de incentivo. A frase “O futuro já começou, Ricardo governador!” podia ser ouvida em alto e bom som por todos os lados. Logo em seguida, o vereador da capital paraibana, Bira Pereira, fez a abertura oficial da Convenção, representando o Diretório Estadual do PSB. Neste momento, o desejo pela renovação na política paraibana era ainda mais visível no rosto de cada participante.
.
O evento, bem organizado e conduzido, serviu para homologar a candidatura de Ricardo Coutinho ao Governo da Paraíba pelo PSB, com o apoio dos demais partidos que formam a coligação “Uma Nova Paraíba”: PPS, PDT, PRP, PTN, PTC, PV, PP, PSDB e DEM. Na ocasião, foram também homologados os demais integrantes da chapa majoritária e os candidatos(as) que postulam uma vaga de deputado estadual ou federal pela coligação.
.
Durante seu discurso, Ricardo assumiu o compromisso de recuperar o caráter público da administração estadual, o que denominou de “republicanizar” o Estado. “Sou candidato para devolver a Paraíba ao povo da sua terra. Vamos dar um choque de democracia e participação popular neste Estado”, afirmou. Para deixar ainda mais claro suas intenções e principais bandeiras da futura administração, foi entregue aos(as) participantes o manifesto “Por uma Nova Paraíba”, reproduzido na íntegra aqui em nosso blog (logo abaixo).
.
As propostas e diretrizes mais específicas para desenvolvimento do Estado, em todas as áreas, deverão ser divulgadas nas próximas semanas, com o lançamento do Plano de Governo. A JSB esta participando ativamente desta construção coletiva, discutindo com a juventude dos outros partidos da coligação as ideias convergentes que mudarão para melhor a vida dos jovens paraibanos da cidade e do campo, a partir da implementação real das Políticas Públicas de Juventude (PPJs) na Paraíba.
.
Ricardo Coutinho também alertou a militância e a população do Estado para a tentativa de golpes que, por ventura, podem ser realizados pelos adversários. “A Paraíba não vai aceitar de forma alguma deixar de votar nas eleições de 2010. Essa é a regra do jogo democrático, é essa regra que precisamos estabelecer para o ano de 2010 e para sempre. É importante que fiquemos atentos a toda manobra que tente impedir o livre direito de escolha dos paraibanos. Estou reproduzindo o sentimento de quem andou por esse estado e sabe o desejo do povo, que é o de votar”, alertou.
.
(*) Jornalista e Secretário de Comunicação da JSB-JP.
.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Por uma nova Paraíba
.
A partir de agora, começa a florescer um novo futuro na Paraíba. Sementes espalhadas pelo povo, por partidos e lideranças políticas estão a germinar, projetando um cenário ampliado, onde outras posturas e ações servirão de adubo para alimentar o tronco das conquistas. As velhas e mesquinhas práticas cedem lugar ao amanhã cidadão. Do chão que regamos e cuidamos não nascerão mais ervas daninhas. O Sol gira para todos e chegou a hora da Paraíba brilhar. À sociedade caberá a tarefa de reluzi-la. Consciente e alegremente. Em paz consigo mesma, pela oportunidade que o destino lhe proporciona em enterrar, na aridez do deserto, os frutos carcomidos pelo tempo e esparramados na sombra do terreno alheio.
.
As raízes da Paraíba são fortes, profundas, porém mal alimentadas, enfraquecidas pelo vendaval de inoperância que varre sua terra seca e campos arados. Será preciso oxigená-las, com águas claras e nutrientes eficazes, para que voltem a sustentar e equilibrar o pomar plantado por visionários ancestrais. Precisamos de um novo modelo de governabilidade e integração social. De progresso e desenvolvimento. De justiça e solidariedade. De um novo tempo de prosperidade real.
.
Aos paraibanos será apresentado, a partir deste início de campanha, um conjunto de propostas e ideias fruto de discussões e encontros sistemáticos com inúmeros segmentos da sociedade, ao longo dos últimos meses, que deve ser entendido como um grito coletivo pela aplicação dos meios que possam livrar nosso Estado das amarras da estagnação econômica, dos grilhões da debilidade social e das algemas da manipulação política.
.
Um roteiro para o breve futuro poderia ser dito. Um esboço onde a tônica principal será a família, a juventude, o agricultor, o trabalhador da cidade e o empreendedor em todos os cantos. Linhas que buscarão fundir desenvolvimento geral com qualificação individual; onde os investimentos na educação de crianças e jovens sejam tão relevantes quanto à construção de estradas e esgotamento sanitário; onde os recursos aplicados na saúde de homens e mulheres sejam proporcionais à construção de casas ou pontes; onde a destinação orçamentária para a produção agrícola seja equivalente ao da segurança pública; onde o artesanato e as manifestações culturais recebam a mesma atenção que as obras estruturantes. Onde todos, todas e tudo sejam untados num ente só: Paraíba.
.
Na busca por esse equilíbrio econômico e social, na objetiva aplicação dos conceitos e diretrizes amealhados em meio aos que sofrem e sonham, apresentamos aos eleitores paraibanos os nossos candidatos a senadores, deputados federais e deputados estaduais, liderados pelo candidato a governador Ricardo Coutinho. A esses a população, através do exercício da democracia representativa, caberá a honrosa e árdua tarefa de humanizar e modernizar a futura gestão governamental. A esses homens e mulheres, forjados na luta e ungidos das massas, deverá ser dada a responsabilidade de implantar uma administração de muitos para todos e não de poucos para alguns. A busca pela descentralização da gestão, aplicando o que dispõe a Constituição Federal em seu primeiro artigo: todo poder emana do povo. Essa determinação precisa sair dos discursos e ganhar as ruas.
.
Além de apontar diretrizes extraídas da vontade do conjunto da sociedade, a coligação “Uma Nova Paraíba” também estará expondo, a partir destes instantes, exemplos revigorantes de diversificadas esferas administrativas, corporificadas a partir de 2002, com a instalação da revolucionária era Lula. Após anos de obstáculos e torpor, finalmente o Brasil acordou para o hoje. Estamos em pleno futuro, em processo de construção e lapidação do que já foi bem feito e do que pode melhorar para os dias que virão. Estamos nos transformando para melhor e a Paraíba tem que fazer parte desse processo, sob pena de perecer, por inanição gerencial e moral.
.
A referência desse banho de modernidade e ética, projetada para o Estado, é a capital paraibana, João Pessoa, que desde 2005, com o início da gestão socialista do PSB e aliados, vem promovendo uma ampla e sólida transformação nas práticas, posturas e resultados administrativos de uma cidade que abriga em seus limites e municípios circunvizinhos uma massa de mais de 1 milhão de habitantes, hoje desfrutando de valores humanos, bens e serviços antes desejados, mas nunca conseguidos.
.
Os princípios de uma gestão operosa e real podem ser germinados por toda a Paraíba, se também assim desejarem os conterrâneos que cansaram do oba-oba sem fim, das mesquinharias recorrentes, perseguições, marasmo, coronelismo e manipulações as mais diversas. Não se trata de promessas intermináveis, algumas com décadas de enfadonhas e infrutíferas repetições, mas de um modelo concreto a ser seguido, já testado e aprovado em tempo recorde, com os necessários ajustes e adequações territoriais e operacionais. O conceito, englobando lisura e eficiência, se manterá inabalado, porém.
.
Aos governantes caberá materializar, de forma hábil e transparente, o que a sociedade mentalizou. Ela é a dona dos caminhos que deseja trilhar, para alcançar a tão aguardada qualidade de vida que chegou aos Estados vizinhos e irmãos, mas que não ecoou por aqui. Esse quadro precisa ser revertido. Está nas mãos dos paraibanos a possibilidade de redirecionar seus próprios passos.
.
Tudo o que iremos propor será possível de realização. Serão ideias simples, trabalhadas na lógica da amplitude e na necessidade da rapidez. Não há como esperar por mais 10 ou 14 anos. Iremos mostrar a base de uma futura administração estadual que se pretende intensamente integrada aos municípios, independente de cores partidárias. Insistiremos em que os direcionamentos deverão respeitar as características e potencialidades de cada região. Economia e ações sociais deverão seguir juntas, numa equação onde o cidadão é o principal patrimônio a ser zelado e protegido.
.
Escolas técnicas, de artes e ofícios; irrigação orientada; extração mineral; crédito ao empreendedorismo; turismo sustentável; valorização e estímulo artístico e cultural; saúde de qualidade; segurança pública, plena e efetiva; exploração marítima e fluvial; segurança hídrica; instalação de pólos comerciais regionais; democratização da ciência e tecnologia; valorização do meio ambiente; entre outras vertentes programáticas, comporão o conjunto de propostas que será compartilhado pelas candidaturas da coligação “Uma Nova Paraíba”, conscientes de que a própria campanha servirá para referendar e ampliar o que teve início, mas que não deve ter fim. Os aperfeiçoamentos são inerentes aos seres humanos normais. Políticos e políticas públicas que se mantêm presos a um único modelo do passado, tendem a não promover as mudanças que fazem parte da própria evolução da sociedade a que prometeram servir.
.
Começa a campanha. Com os pés no chão, coração no peito e mente lá na frente, entre 2011 e 2014. Depois disso, o que era intenção passará a ser uma nova história, construída pelas mãos dos próprios paraibanos e paraibanas. Uma herança para todo o futuro. Que tem início a partir de agora, com milhares de girassóis espalhando pólen pelas praças. Com garra e graça, soprados pelos ventos da mudança que se avizinha. Ao trabalho! Até a vitória! Até amanhã!
.
Coligação Uma Nova Paraíba.
.
Petrobrás: a ideologia e o debate real
.
Maior empresa brasileira e uma das grandes petroleiras do mundo, a Petrobrás lançou oficialmente seu plano de investimentos para os próximos quatro anos. Os números são grandiosos e — muito mais importante — as decisões por trás deles afetarão por muitas décadas, para o bem ou o para o mal, a sociedade brasileira.
.
Os investimentos, até 2014, somarão 224 bilhões de dólares — quase 10% do PIB do Brasil — o que tem imensa repercussão econômica e social. Um pequeno exemplo: a decisão adotada pela estatal em 2003, de priorizar fornecedores nacionais, nas compras de plataformas e navios, ressuscitou dois ramos então moribundos da indústria brasileira. Agora, com a empresa fortalecida pela descoberta das reservas de petróleo no pré-sal, este poder está muito ampliado.
.
As consequências mais importante dos planos da Petrobras dizem respeito exatamente à extração de óleo. Segundo Sérgio Gabrielli, presidente da companhia, ela ampliará sua produção em 9,4% ao ano, até 2014. Naquele ano, o Brasil passará a extrair 3,9 milhões de barris por dia — podendo tornar-se o quinto ou sexto produtor mundial e um exportador importante. O aumento, nessa primeira fase, não virá dos campos do pré-sal, o que sinaliza uma aposta no potencial das províncias brasileiras já em operação. Em 2020, a produção passará a 5,4 milhões de barris ao dia.
.
Apesar da importância destes dados, os jornais abordam os projetos anunciados de forma rasteira e ideologizada. O sentido geral das coberturas é repercutir as opiniões de “analistas do mercado”. Para eles, os investimentos são “exagerados” (manchete de O Estado de S.Paulo); podem “secar as fontes de recursos para as empresas privadas (Folha)“; e revelam um movimento semi-disfarçado para ampliar a presença estatal na economia. É como se a Petrobrás estivesse investindo centenas de bilhões de dólares para… fazer política em favor do estatismo. Estranhamente, seus planos supérfluos e dispendiosos despertam interesse de grandes investidores (capitalistas, é claro…) de todo o mundo.
.
Se ficar restrita ao ramerrão da mídia, a sociedade perderá a oportunidade de fazer duas discussões indispensáveis — até agora não abertas, a sério, pelo governo. Qual deve ser o projeto brasileiro para a exploração das reservas de petróleo? E qual o ritmo mais adequado para colocá-las em produção? No primeiro tópico, pode-se discutir como empregar os recursos advindos da exportação de óleo para corrigir dívidas históricas da sociedade para si mesma. Como reduzir a desigualdade? Quais os mecanismos para financiar, com o dinheiro de uma energia suja, a pesquisa e produção de eletricidade a partir de fontes como a solar e eólica? Como livrar as metrópoles da dependência em relação ao automóvel?
.
O segundo item envolve uma discussão mais técnica. Foi abordada didaticamente num artigo de André Ghirardi, especialista em petróleo, disponível na Biblioteca Diplô. Em seu texto, ele lembra que as grandes companhias petroleiras estudam, desde os anos 1930, as melhores estratégias para administrar a produção, deslocando-a sempre que possível para períodos em que os preços do óleo sejam mais altos. Este esforço teria se intensificado nos últimos anos, quando ficou claro que a produção mundial começará brevemente a declinar. Os países ricos, por exemplo, explica Ghirardi, têm adiado a exploração de grandes reservas no Oceano Ártico e Golfo do México - cujo enorme potencial apenas começa a ser retirado.
.
Qual a posição do Brasil, diante de debates como esses? Em torno da riqueza do pré-sal, é possível iniciar um grande debate nacional. Ele abriria espaço, inclusive, para a busca de soluções inovadoras em terrenos como educação, ambiente, universalização dos serviços públicos, formas alternativas de distribuição de riqueza, desenvolvimento da ciência e tecnologia. Mas para chegar a tanto, será preciso criar espaços de debate público que superem o discurso rastaquera da mídia.
Do socialismo utópico ao científico (parte IX)
.
Friedrich Engels
.
Na realidade de cada dia, sabemos, por exemplo, e podemos dizer com toda certeza se um animal existe ou não; porém, pesquisando mais detidamente, verificamos que às vezes o problema se complica consideravelmente, como sabem muito bem os juristas, que tanto e tão inutilmente têm-se atormentado por descobrir um limite racional a partir do qual deva a morte do filho no ventre materno ser considerada um assassinato; nem é fácil tampouco determinar rigidamente o momento da morte, uma vez que a fisiologia demonstrou que a morte não é um fenômeno repentino, mas um processo muito longo.
.
Do mesmo modo, todo ser orgânico é, a qualquer instante, ele mesmo e outro; a todo instante, assimila matérias absorvidas do exterior, eliminando outras do seu interior; a todo instante, morrem certas células e nascem outras em seu organismo; e no transcurso de um período mais ou menos demorado a matéria de que é formado renova-se totalmente, e novos átomos de matérias vêm ocupar o lugar dos antigos, por onde todo o seu ser orgânico é, ao mesmo tempo, o que é e outro diferente.
.
Da mesma maneira, observando as coisas detidamente, verificamos que os dois pólos de uma antítese, o positivo e o negativo, são tão inseparáveis quanto antitéticos um do outro e que, apesar de todo o seu antagonismo, se penetram reciprocamente; e vemos que a causa e o efeito são representações que somente regem, como tais, em sua aplicação ao caso concreto, mas que, examinando o caso concreto em sua concatenação com a imagem total do universo, se juntam e se diluem na idéia de uma trama universal de ações e reações, em que as causas e os efeitos mudam constantemente de lugar e em que o que agora ou aqui é efeito adquire em seguida ou ali o caráter de causa, e vice-versa.
.
Nenhum desses fenômenos e métodos discursivos se encaixa no quadro das especulações metafísicas. Ao contrário, para a dialética, que focaliza as coisas e suas Imagens conceituais substancialmente em suas conexões, em sua concatenação, em sua dinâmica, em seu processo de nascimento e caducidade, fenômenos como os expostos não são mais que outras tantas confirmações de seu modo genuíno de proceder. A natureza é a pedra de toque da dialética, e as modernas ciências naturais nos oferecem para essa prova um acervo de dados extraordinariamente copiosos, enriquecido cada dia que passa, demonstrando com isso que a natureza se move, em última instância, pelos caminhos dialéticos e não pelas veredas metafísicas, que não se move na eterna monotonia de um ciclo constantemente repetido, mas percorre uma verdadeira história.
.
Aqui é necessário citar Darwin, em primeiro lugar, quem, com sua prova de que toda a natureza orgânica existente, plantas e animais, e entre eles, como é lógico, o homem, é o produto de um processo de desenvolvimento de milhões de anos, assestou na concepção metafísica da natureza o mais rude golpe. Até hoje, porém, os naturalistas que souberam pensar dialeticamente podem ser contados com os dedos, e esse conflito entre os resultados descobertos e o método discursivo tradicional põe nua a ilimitada confusão que reina presentemente na teoria das ciências naturais e que constitui o desespero de mestres e discípulos, de autores e leitores.
.
Somente seguindo o caminho da dialética, não perdendo jamais de vista as inumeráveis ações e reações gerais do devenir e do perecer, das mudanças de avanço e retrocesso, chegamos a uma concepção exata do universo, do seu desenvolvimento e do desenvolvimento da humanidade, assim como da imagem projetada por esse desenvolvimento nas cabeças dos homens. E foi esse, com efeito, o sentido em que começou a trabalhar, desde o primeiro momento, a moderna filosofia alemã.
.
Kant iniciou sua carreira de filósofo dissolvendo o sistema solar estável de Newton e sua duração eterna - depois de recebido o primeiro impulso - num processo histórico: no nascimento do Sol e de todos os planetas a partir de uma massa nebulosa em rotação. Dai, deduziu que essa origem implicava também, necessariamente, a morte futura do sistema solar. Meio século depois sua teoria foi confirmada matematicamente por Laplace e, ao fim de outro meio século, o espectroscópio veio demonstrar a existência no espaço daquelas massas igneas de gás, em diferente grau de condensação.
.
A filosofia alemã moderna encontrou sua culminância no sistema de Hegel, em que pela primeira vez – e aí está seu grande mérito - se concebe todo o mundo da natureza, da história e do espírito como um processo, isto é, em constante movimento, mudança, transformação e desenvolvimento, tentando ressaltar a intima conexão que preside esse processo de movimento e desenvolvimento. Contemplada desse ponto de vista, a história da humanidade já não aparecia como um caos inóspito de violências absurdas, todas igualmente condenáveis diante do foro da razão filosófica – hoje já madura – e boas para serem esquecidas o quanto antes. Mas como o processo de desenvolvimento da própria humanidade, cabia agora ao pensamento acompanhar em suas etapas graduais e através de todos os desvios, e demonstrar a existência de leis internas que orientam tudo aquilo que à primeira vista poderia parecer obra do acaso cego.
.
(continua...)
.