PSB: uma nova força à esquerda
.
Rodrigo Martins
.
Com seis governadores eleitos, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) emerge nestas eleições como nova força. O partido sai da disputa com o segundo maior número de governos estaduais, ao lado do PMDB e atrás apenas do PSDB- (com sete). No Senado, elegeu três parlamentares, um a mais do que a composição atual. É a legenda que mais cresceu proporcionalmente na Câmara (26%), aumentou a sua bancada de 27 para 34 deputados. Em expansão, a sigla ameaça o poder de partidos como o DEM, que chegou a ter cem representantes em 1998 (com o nome PFL).
.
Ainda é, no Congresso, um partido médio, com a sétima maior bancada. Mas com o peso dos governos estaduais deve tornar-se cada vez mais relevante nas articulações políticas, um cenário bem diferente de oito anos atrás, quando lutava para sobreviver à extinta cláusula de barreira, que exigia das legendas ao menos 5% dos votos para garantir representação na Câmara. Para analistas, o ex-partido modesto tem chances, inclusive, de participar de um projeto de poder alternativo ao PT em 2014.
.
.
Rodrigo Martins
.
Com seis governadores eleitos, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) emerge nestas eleições como nova força. O partido sai da disputa com o segundo maior número de governos estaduais, ao lado do PMDB e atrás apenas do PSDB- (com sete). No Senado, elegeu três parlamentares, um a mais do que a composição atual. É a legenda que mais cresceu proporcionalmente na Câmara (26%), aumentou a sua bancada de 27 para 34 deputados. Em expansão, a sigla ameaça o poder de partidos como o DEM, que chegou a ter cem representantes em 1998 (com o nome PFL).
.
Ainda é, no Congresso, um partido médio, com a sétima maior bancada. Mas com o peso dos governos estaduais deve tornar-se cada vez mais relevante nas articulações políticas, um cenário bem diferente de oito anos atrás, quando lutava para sobreviver à extinta cláusula de barreira, que exigia das legendas ao menos 5% dos votos para garantir representação na Câmara. Para analistas, o ex-partido modesto tem chances, inclusive, de participar de um projeto de poder alternativo ao PT em 2014.
.
.
Trata-se de uma aposta bem diferente da feita pelo PSB em 2002, quando lançou a candidatura do ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, à Presidência da República, em vez de participar da coligação que elegeu Lula. O partido havia aberto as portas a Garotinho dois anos antes, quando o político abandonou o PDT após entrar em choque com Leonel Brizola. O novo quadro ficou em terceiro lugar na corrida presidencial. Ajudou a eleger a mulher, Rosinha Garotinho, ao governo do Rio, e o PSB a superar a cláusula de barreira com a eleição de 22 deputados. No ano seguinte, trocaria o PSB pelo PMDB, levando consigo 12 parlamentares.
.

.
Um dos principais ideólogos do partido, Roberto Amaral, vice-presidente do PSB e ministro de Ciência e Tecnologia no primeiro mandato de Lula, avalia que o episódio não deixou marcas negativas. "O PSB não apoiou Sarney, Collor, Itamar Franco nem FHC. Mesmo quando lançamos a candidatura Garotinho, apoiamos Lula no segundo turno. Nossos ideiais continuam os mesmos", afirma. De acordo com ele, um dos principais desafios do partido, agora, é garantir uma maior inserção do partido no Sudeste." Somos muito fortes no Nordeste. As reeleições de Cid Gomes e Eduardo Campos comprovam isso. A expressiva votação de Casagrande no Espírito Santo nos dá um alento, mas a verdade é que ainda não tivemos êxito no que chamo de 'Triângulo das Bermudas': São Paulo, Minas e Rio de Janeiro."
.

.
De acordo com o cientista político Leo-nardo Avritzer, pós-doutor pelo Massachusetts Institute Of Technology (MIT, dos Estados Unidos) e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a aposta numa nova oposição capitaneada por Aécio e líderes do PSB é bastante factível. "Se o PSDB aprender a lição das urnas, o centro do partido deverá se deslocar de São Paulo para Minas. E, dada a proximidade de Aécio com Eduardo Campos e Ciro Gomes – por tabela com o irmão Cid Gomes –, não é delírio imaginar que desse grupo surja o adversário do PT em 2014."
.
FONTE: Revista Carta Capital.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário