Resgatando o Movimento Estudantil
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Manoel Medeiros Neto (*)
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Manoel Medeiros Neto (*)
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As pesquisas a respeito do movimento estudantil no País encontram em Pernambuco um pioneiro campo de estudos. Há quase quatro anos, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com o apoio de professores de mais de 20 universidades Brasil afora, iniciaram o Proenge, um projeto focado inicialmente na memória dos movimentos nas escolas de Engenharia – campo formado por alunos com tradição nos embates políticos juvenis.
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Os estudos tornaram-se referência nacional e já alcançam um espectro bem mais amplo: as análises perpassam desde a segunda metade do século passado até a ação dos movimentos hoje. Entre o acervo já pesquisado, destacam-se mais de 15 mil cópias de documentos, duas mil fotos e trezentas entrevistas. “Nosso objetivo é destacar a multiplicidade das juventudes inseridas no processo político”, afirma Otávio.
Os estudos tornaram-se referência nacional e já alcançam um espectro bem mais amplo: as análises perpassam desde a segunda metade do século passado até a ação dos movimentos hoje. Entre o acervo já pesquisado, destacam-se mais de 15 mil cópias de documentos, duas mil fotos e trezentas entrevistas. “Nosso objetivo é destacar a multiplicidade das juventudes inseridas no processo político”, afirma Otávio.
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Parte da extensa documentação, antes limitada à academia, já está disponível ao público por meio da publicação de três livros: Movimento estudantil brasileiro e a educação superior (2007); Juventude e movimento estudantil: ontem e hoje; e Movimentos Juvenis na Contemporaneidade (2008). “Esses livros são importantes já que dão voz a diversos atores do processo”, destaca Otávio. Apesar de possuírem enfoques diferentes, as obras são similares no fato de buscarem uma saída para clichês relacionados aos movimentos. “Nossa pesquisa vai além do eixo Rio-São Paulo”, explica o pesquisador. Ele também ressalta os movimentos ocorridos no Estado como uma das “vítimas” da historiografia oficial. Como exemplo, cita o atentado ao estudante Cândido Pinto, na Ponte da Torre, há mais de 40 anos.
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Para 2009, o grupo pretende reduzir o ritmo de produção de novos estudos para, enfim, centrar-se na divulgação das pesquisas concluídas. Entre os projetos já encaminhados, estão o lançamento de dois livros. Com os títulos provisórios de Pensamento das juventudes no século XX e Perfis da juventude na contemporaneidade: ensaios e pesquisas, as obras seguirão o padrão das anteriores, elaboradas a partir de entrevistas e textos de personalidades ligadas às manifestações.
Para 2009, o grupo pretende reduzir o ritmo de produção de novos estudos para, enfim, centrar-se na divulgação das pesquisas concluídas. Entre os projetos já encaminhados, estão o lançamento de dois livros. Com os títulos provisórios de Pensamento das juventudes no século XX e Perfis da juventude na contemporaneidade: ensaios e pesquisas, as obras seguirão o padrão das anteriores, elaboradas a partir de entrevistas e textos de personalidades ligadas às manifestações.
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Outro avanço para este ano é a possibilidade de publicação da íntegra dos documentos na internet. Hoje, os pesquisadores já disponibilizam através de um blog uma série de textos. O processo de liberação das imagens, no entanto, ainda passa por dificuldades devido aos direitos autorais. “Será mais uma injeção de animo para que a juventude se mobilize”, prevê Machado.
Outro avanço para este ano é a possibilidade de publicação da íntegra dos documentos na internet. Hoje, os pesquisadores já disponibilizam através de um blog uma série de textos. O processo de liberação das imagens, no entanto, ainda passa por dificuldades devido aos direitos autorais. “Será mais uma injeção de animo para que a juventude se mobilize”, prevê Machado.
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A atuação dos movimentos estudantis é hoje uma das principais preocupações do projeto da UFPE. “Nós estamos preocupados em fazer a ligação entre o passado e o presente”, ressalta o pesquisador Otávio Luiz Machado. A diferença dos cenários - entre 1968 e 2009, por exemplo – é representativa. Para o pesquisador, na década de 60, os estudantes combatiam os governos militares e seus atos repressivos.
A atuação dos movimentos estudantis é hoje uma das principais preocupações do projeto da UFPE. “Nós estamos preocupados em fazer a ligação entre o passado e o presente”, ressalta o pesquisador Otávio Luiz Machado. A diferença dos cenários - entre 1968 e 2009, por exemplo – é representativa. Para o pesquisador, na década de 60, os estudantes combatiam os governos militares e seus atos repressivos.
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O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFPE, Rafael Sena, concorda na apatia quase total dos estudantes de hoje. Ele garante, no entanto, que os “ideais revolucionários” ainda sobrevivem em alguns. O disciplinamento na realização de protestos também é uma medida que, destaca Sena, deve ser observada. “Não adianta o protesto acontecer sem motivação cabível”, fundamenta, destacando que a realização de discussões através de congressos e fóruns é a maneira mais propícia para a conquista dos objetivos.
O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFPE, Rafael Sena, concorda na apatia quase total dos estudantes de hoje. Ele garante, no entanto, que os “ideais revolucionários” ainda sobrevivem em alguns. O disciplinamento na realização de protestos também é uma medida que, destaca Sena, deve ser observada. “Não adianta o protesto acontecer sem motivação cabível”, fundamenta, destacando que a realização de discussões através de congressos e fóruns é a maneira mais propícia para a conquista dos objetivos.
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(*) Jornal do Comércio (PE).
(*) Jornal do Comércio (PE).
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